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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Narcisista do taekwondo

Narciso simbolizava a vaidade e a insensibilidade, visto que ele era emocionalmente entorpecido às solicitações daqueles que se apaixonaram pela sua beleza. Mas Narciso não simboliza apenas mera negatividade: "o mito de Narciso representa (senão para os gregos ao menos para nós) o drama da individualidade"; "ele mostra, isto sim, a profundidade de um indivíduo que toma consciência de si mesmo" em si mesmo e perante a si mesmo, ou seja, no lugar onde experimenta os seus dramas. humanos (Cf.Bibliografia, Spinelli, Miguel)

Tirado do Wikipédia

Saiba mais sobre o mito de Narciso, lendo um belo texto produzido em 2007 por José Afonso Nunes, no site Tkdlivre:
http://tkdlivre.com/index.php?option=com_content&view=article&id=274:poder-fama-e-narcismo-no-taekwondo-nacional&catid=19:artigos&Itemid=4

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Site retorna totalmente reformulado

Totalmente reformulado, o site Tkdlivre.com. está de volta, para ser mais uma voz ativa em favor da divulgação do taekwondo brasileiro.

O portal, que havia se retirado provisoriamente das polêmicas políticas, retorna com uma nova linha editorial e com atualizações diárias, levando ao leitor o taekwondo que rola pelo Brasil e pelo mundo em tempo real.


Em sua reestreia, entrando em seu oitavo ano, o Tkdlivre traz uma bela entrevista com o ex-técnico da Seleção Brasileira, Clovis Ayres, o descobridor de nossa medalhista de bronze, Natália Falavigna.


O articulador do portal, José Afonso Nunes, conversou comigo por telefone e disse, entre outras coisas, que ter saído do jogo por um tempo foi importante para fazer uma reavaliação de todo o trabalho ao longo destes sete anos. Afonso acredita haver muito o que trabalhar e crescer com o site.


Faça uma visita ao site




sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Pra não dizerem que os genéricos não ajudam

Outro dia um amigo meu, aqui do Rio, me perguntou se eu sabia de alguma academia de taekwondo próxima ao bairro onde ele morava. Ele queria colocar o filho para treinar a modalidade. Simplesmente, tive que lhe dizer que não sabia.

Ele então me solicitou um site para procurar. Eu novamente lamentei não poder ajudá-lo; disse-lhe que ele deveria procurar no Google. Inconformado, questionou-me sobre os sites da federação do Rio e da própria confederação. Meio sem graça novamente, disse-lhe que ambos não dispunham dessas informações. Aí, ele falou: é...então eu vou ter mesmo que colocar ele para fazer caratê; lá perto de casa tem.

Endereço das academias por todo o Brasil, dispostos no site da entidade nacional, é o mínimo que se deve fazer como meio de fomentar a modalidade. Não se pode falar em fomento, sem o BASICÃO.

O cidadão quer colocar o filho para treinar e não tem como localizar uma academia de taekwondo. Tá na hora de melhorar isso também.


quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Treinador colhe resultado de um belo trabalho

Frederico Mitooka e a atleta Helloraine Paiva

O trabalho realizado pelo técnico da Brazilian Taekwondo Team, de Piracicaba, Frederico Mitooka, começa a apresentar excelentes resultados. A equipe deste paranaense radicado em São Paulo foi a que conquistou o maior número de vagas na seleção titular da CBTKD, na seletiva final para a formação da Equipe Olímpica Permanente.
O resultado vem coroar o belo trabalho deste jovem treinador frente a equipe apoiada pela Prefeitura de Piracicaba. Dentre os atletas de mais destaque da BTT estão Helloraine Paiva e Débora Nunes, que neste ano se destacou conquistando o Mundial Militar.
Mitooka, durante o ano de 2011, realizou um trabalho todo planejado e o resultado não poderia ser outro. A conquista da vaga na seleção titular do Brasil de quase todos os seus atletas dá a exata dimensão de como as equipes devem ser priorizadas em detrimento de seleções estaduais anacrônicas. A formação de seleções por federações é um processo falido há anos, mas que ainda insiste em se manter vivo.
Vimos nesta seletiva fechada que os principais atletas que vão formar a Seleção Brasileira em 2012 fazem parte das equipes Brazilian Taekwondo Team, AMW, Madureira TKD, Lapa TKD, TKD Olimpic, AWA Brasília e Two Brothers Team.
Vejam o gráfico publicado no site taekwondonews, que demonstra os percentuais de cada equipe dentro da Seleção Brasileira de 2012. Clique aqui para acessar a página.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Programa Faixa Livre: você vai enxergar a política nacional de forma diferente

Marcus Rezende

Eu vou pedir licença ao leitor do Blog para não falar de taekwondo nas linhas abaixo, mas sim para recomendar um programa de rádio que pode ser acessado pela internet e que, em minha humilde opinião, é absolutamente essencial à vida de quem quer estar por dentro das entrelinhas da política e da economia nacional e internacional. Afinal de contas, entendendo a política dos homens que comandam a Nação, teremos mais facilidade para compreender a política dos homens que comandam o esporte.

O slogan do programa é: “ a verdade dos fatos sem o controle da grande mídia”. E é isso mesmo.

Por meio do site, você tem acesso a todos os programas, desde 2007. Há entrevistas excelentes e que normalmente você não vai encontrar na grande mídia.

Como exemplo, acesse o site e ponha no programa do dia 2 de Dezembro, do minuto 10 ao 35. O apresentador César de Oliveira entrevista o professor Nildo Ouriques, da Universidade Federal de Santa Catarina, que expõe competentemente a visão dele sobre algumas das principais notícias publicadas pela grande mídia. Ganhe estes 25 minutinhos e passe a compreender um pouco mais sobre o que corre por trás dos bastidores da política nacional.


www.programafaixalivre.org.br






quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Troca de técnico pode não adiantar se estrutura não mudar

Marcus Rezende


O site Tkdlivre deu publicidade a duas matérias que circularam pela cidade de Londrina. Uma na Rádio CBN de lá e outra no Jornal de Londrina. O motivo: a rota de colisão entre a maior expoente do taekwondo nacional, Natália Falavigna e o técnico da seleção brasileira, Fernando Madureira.


E, ao que parece, em questão de horas, a CBTKD deve anunciar o desligamento de Madureira da Seleção Brasileira de Taekwondo, pois de acordo com o que noticiou a rádio, foi o próprio técnico que pediu para sair.


A polêmica começou logo após a conquista da vaga olímpica para Londres. Natália fez declarações à imprensa desqualificando os treinadores brasileiros e o técnico não gostou. Quem quiser ler a integra do que foi noticiado, entre no site tkdlivre.com ou mesmo no taekwondonews.com.br


Em minha opinião, Natália teria razão se dissesse que Jean Lopez é mais bem qualificado que os treinadores brasileiros e que sua estrutura de treinamento está bem acima da que dispõe os treinadores daqui. Porém, não concordo com a premissa de que os treinadores brasileiros não consigam fazer campeões mundiais. A própria Natália conquistou dois títulos mundiais sob a batuta de brasileiros.


Nessa história toda, uma coisa é certa: se Madureira realmente sair, pouca diferença fará, pois o problema não está no técnico, mas sim na estrutura técnica da CBTKD. Madureira é um ótimo treinador. Já provou isso formando ótimos atletas. Se ele sair, qualquer outro que entrar vai também amargar os problemas estruturais que acabam levando atletas brasileiros a participações pífias em competições internacionais.


Enquanto acreditarem que um único homem e uma única mulher, em um país enorme como o Brasil, vão dar conta de treinar todos os atletas em nível de Seleção, teremos a cada findar de temporada uma nova troca de técnico.


Lógico que é muito importante que o técnico tenha visão estratégica, que tenha às mãos, na hora da competição, atletas preparados para executar técnica e taticamente o que lhe for designado. Porém, quem prepara este atleta não precisa ser necessariamente ele. E aí é que reside um dos grandes gargalos do taekwondo brasileiro: a vaidade daquele que é escolhido como o cara da hora.


O técnico inteligente jamais deixa ser picado pela mosca azul; o técnico inteligente interage com o treinador de origem do atleta; o técnico inteligente, se for o caso, auxilia o treinador do atleta, caso encontre algo que possa otimizar nele; o técnico inteligente não diz para o atleta dos outros que ele é quem sabe; o técnico inteligente tem consciência de que também tem falhas e que pode errar e que, portanto, na interação com os demais treinadores pode crescer ainda mais.


Em resumo, o técnico da Seleção Brasileira, já que não tem como modificar a estrutura já formatada, precisa ser, no mínimo, inteligente.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Tirando do ar a imagem de um campeão

Marcus Rezende

Esta semana recebi um e-mail do técnico da Seleção Brasileira, Fernando Madureira, no qual ele se mostrava bastante descontente comigo pelo fato de eu ter publicado uma matéria no blog expondo a imagem de um de seus alunos, o qual é um dos principais atletas da seleção juvenil do Brasil.
A imagem ilustrava a matéria abaixo que versava sobre a minha não concordância quanto ao atual sistema de escolha dos atletas mais jovens para uma seleção para um ano inteiro, alegando as transformações fisiológicas por que passam meninos nesta faixa etária.
Pedi desculpas ao técnico acrescentando que não tive a intenção de depreciar ninguém em particular, mas sim expor uma opinião sobre as regras criadas. Em hipótese alguma quis pôr em xeque o trabalho do técnico da seleção junto a seus alunos, muito porque Madureira tem um trabalho reconhecido nacional e internacionalmente.
De imediato retirei a foto do campeão do ar e encaminhei o pedido de desculpas. Assim sendo, só nos resta torcer para que o jovem ainda traga muitas alegrias ao taekwondo brasileiro.

domingo, 27 de novembro de 2011

Seleções para o ano todo também com os Juniores do Brasil

Marcus Rezende


Ao que parece, teremos mais um ano perdido para o taekwondo brasileiro, em vista do que foi divulgado pelo departamento técnico para as categorias Adulto e Junior. Além das mesmas fórmulas de escolha dos atletas, a cidade olímpica, o Rio de Janeiro, só terá um evento, pois o Open Cidade Maravilhosa, provavelmente não deve ocorrer mais uma vez. Pode ser que eu esteja errado. Mas acho que só acontece se a CBTKD entrar com a grana.



O esquema para a Seleção Adulta continua o mesmo, ou seja, com a velha fórmula que vai continuar trazendo as mesmas frustrações, tanto para atletas, quanto para os componentes diretores. Mas pra que mudar o que já está ruim, não é verdade?



No aspecto das categorias Junior, aí a coisa desanda mesmo. A CBTKD vai definir uma seleção brasileira já no início do ano que vem, sem levar em conta as mudanças fisiológicas de jovens entre 14 e 17 anos. Eu venho falando isso há muito tempo. Inclusive tive oportunidade de expor o que penso ao presidente da CBTKD em Maio deste ano. Disse a ele que não se pode tratar garotos em plena fase de desenvolvimento como adultos.



A escolha de uma seleção de garotos, logo no início de 2012, utilizando os ranqueados de 2011 não faz o menor sentido. Faria, sim, se esta seletiva fosse para definir quem receberia apoio financeiro para se desenvolver, independentemente da categoria que estivessem no momento. Aí, sim, eu aplaudiria. Mas definir precocemente em que peso cada um deles terá de lutar no decorrer do ano, e ainda fechar as portas da casa aos demais garotos brasileiros até o ano seguinte, é uma insensatez. Ou seja, o praticante Junior que quiser uma chance em 2013, que vença em 2012 e que, por favor, mantenha-se fisiologicamente da mesma forma, pois talvez precise se manter com a mesma estrutura física por dois anos: no ano em que luta pela chance da seletiva final e no seguinte, quando estará dentro da seleção.



Vou repetir, para esta categoria, as seletivas também precisam ser próximas às datas das competições internacionais. Devem ser abertas a todos os praticantes brasileiros. Às vezes, na simplicidade se atinge a eficácia.



Continuo a afirmar, ainda há tempo de mudar.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Natália Falavigna opina em entrevista ao Correio

Marcus Rezende

Quando eu escrevo que cada atleta é uma Seleção em particular, os homens do poder e outros que se encostam para usufruir das benesses, acham que não. Creem que o sistema atual tem de ser mantido como está e que o sucesso é uma questão de tempo. Vão envelhecer, os resultados não vão chegar e a distância, que hoje já é cavalar, vai aumentar ainda mais.
Esta semana, quem veio a público referendar de forma subliminar o que já venho falando há 11 anos, foi a maior expoente do taekwondo nacional, Natália Falavigna. Em entrevista ao Correio Braziliense, a medalhista de bronze nas Olimpíadas de Pequim falou o que pensa e desqualificou os treinadores que vem sendo escolhidos pela CBTKD, deixando claro que vai se preparar para Londres da mesma forma de sempre: COM SUA PRÓPRIA EQUIPE.
Natália, apesar de dizer que a CBTKD deveria ter técnicos mais bem qualificados, mostrou nas entrelinhas que em seu treinamento ninguém vai meter a colher. Então, por que a entidade nacional não aproveita a deixa e muda radicalmente essa estrutura fracassada e sem resultados dignos para o montante de dinheiro público investido? O técnico deve realmente ser alguém muito bem qualificado, mas isso não implica dizer que ele deva ser o responsável pelo trabalho em particular de cada um. Ele é alguém que, conhecendo bem todos os atletas, terá ótimas condições de auxiliá-los na hora dos combates.
Por que não aproveitam esta seletiva fechada para abandonar o velho sistema e escolher simplesmente aqueles que serão apoiados durante o ano de 2012, deixando que eles, com o aporte financeiro (e com outros apoios que venham a conseguir) escolham com que equipe vão treinar. Pode ser no Japão, no Nepal, no interior do Acre, não importa. Ou se consolidadam ou perdem espaço nas seletivas do calendário anual, onde teriam que participar. A própria Natália, teria que participar, se quisesse ser escolhida como a atleta da categoria para aquela competição específica.
Em paralelo, a confederação sairia à caça de quem pode ser preparado para 2016. Repito, não entendam o “PREPARADO” como responsabilidade de a entidade PREPARAR. Uma jovem, hoje, por exemplo, que não tenha chance de enfrentar uma Natália Falavigna, se tiver apoio para se dedicar aos treinamentos, pode ser que consiga vencê-la.

Ainda há tempo de mudar.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Levando protetores eletrônicos a todo o Brasil

O mestre Jorge Gonçalves, do DF, primeiro atleta a conquistar uma medalha para o Brasil em campeonatos mundiais, em 1991, se não for o único a possuir protetores eletrônicos de cabeça, é um deles.

São dois kits com coletes e capacetes eletrônicos Daedo (TK-STRIKE), os quais ele está pondo à disposição de quem costuma organizar competições. O capacete eletrônico ainda não é um aparato oficial reconhecido, porém, segundo Jorge, já faz grande sucesso nos EUA.

O mestre de Brasília também oferece treinamento para os árbitros e organizadores, no sentido de aprenderem a operar o equipamento, bem como às meias eletrônicas.

São:

10 Pares de meias

03 Pares de coletes números #2,#3 e #4

02 Transmissores

01 Receptor

02 Pares de Joisticks

02 Transmissores extra

domingo, 20 de novembro de 2011

Curso da Kukkiwon traz excelência técnica a professores e mestres brasileiros

Terminou neste domingo a maratona que envolveu dois dias de intenso treinamento de poomsaes com o renomado grão-mestre da Kukkiwon, Lee Chong Kwan, e com o exame de equivalência de dan dos mestres brasileiros, realizado no terceiro dia, pela banca examinadora da entidade internacional.

No primeiro dia, o grão-mestre corrigiu os movimentos dos poomsaes de Taekguk O'djang a Chungkwong. Com muita paciência e total atenção aos taekwondistas brasileiros, Lee fazia as observações pertinentes às técnicas que deveriam ser treinadas e apresentadas no dia do exame.

O grão-mestre, de 61 anos, e que já está aposentado (e que abriu uma exceção para vir ao Brasil) se mostrava entusiasmado. Ele procurava deixar claro que entendia a particularidade dos movimentos próprios de cada estilo desenvolvido no Brasil ao longo destes mais de 40 anos, mas que tinha a obrigação de mostrar e exigir que os examinandos apresentassem seus poomsaes da forma com que a Kukkiwon tem cobrado nos exames que realiza.

No sábado, o treinamento tornou-se mais intenso ainda. Lee não deu trégua a ninguém e os poomsaes foram repetidos exaustivamente. Houve quem dissesse: “treinei nesses dois dias mais poomsaes do que em toda a minha vida de taekwondo”. Presentes ao curso, pude verificar muita gente boa e praticantes ainda com muita dificuldade. Fiquei impressionado em particular com a qualidade técnica do casal Márcio Louzada e Manoela Pontual, do Rio, bem como também da menina Érica do Distrito Federal. A qualidade dos movimentos deles se destacavam e denotavam o quanto estão treinando as formas do taekwondo.

Não posso deixar de dar destaque também ao que apresentou o mestre Renato Ribeiro, do Rio, nosso representante brasileiro em todos os mundias de poomsaes. Ele interagiu muito com o grão-mestre da Kukkiwon, pedindo respostas sobre diferenças na execução de técnicas exigidas pela entidade, as quais a WTF cobra de forma diferente.

No Domingo aconteceu a equivalência da graduação de cada mestre inscrito. Os postulantes à validação de dan nacional se apresentaram para a banca examinadora com muito empenho. Diferentemente do que a entidade internacional costuma cobrar em seus exames, desta vez a banca examinadora resolveu exigir que os mestres lutassem entre si. Algumas lutas pegaram fogo, mas com muito respeito e maturidade de todos.

Além da parte técnica, todos os mestres 6º e 7º dans vão ter ainda de enviar à CBTKD, no prazo de uma semana, uma tese de 10 páginas. A grande preocupação ficou por conta da notícia de que a graduação nacional pode ser ou não convalidada. Pior, o Porta-Voz da entidade, o português César Valentin, disse que, dependendo do exame, o postulante ao dan pretendido pode não receber o certificado com a graduação que postulou, mas sim com uma inferior.

Agora é aguardar pelo resultado que deverá ser publicado no site da Kukkiwon.

Natália dá a volta por cima e se classifica para as Olimpíadas

Marcus Rezende

Natália conquista a vaga para as olimpíadas de Londres e prova mais uma vez o que venho falando desde 2002 aos gestores da CBTKD: o taekwondo é um esporte individual e como tal deve ser tratado. Assim sendo, os atletas devem treinar com os seus próprios treinadores.

A nossa menina de ouro, desde o começo de sua carreira desportiva nunca se prendeu aos planejamentos desorganizados da entidade nacional ao longo destes 10 anos. Ela sempre teve ao seu lado os técnicos que ela mesma escolhia. Nunca aceitou interferência de comissão técnica alguma da entidade nacional, que não estivesse no seu próprio planejamento. O resultado disso foram as conquistas ao longo destes 12 anos de carreira. Vamos citar somente três: o Mundial Juvenil de 2000; o Mundial adulto de 2005 e a medalha de bronze nas Olimpíadas de Pequim, em 2008.

Natália ficou dois anos parada e quando retornou aos dojans foi buscar no norte-americano Jean Lopez, um dos maiores técnicos do mundo, o suporte para a classificação olímpica. Tentou a medalha nos Jogos Pan-Americanos, mas ainda estava sem totais condições físicas. Perdeu em sua primeira luta. Viajou para os EUA com o novo treinador, Reginaldo dos Santos, visando a preparação para a conquista da vaga neste dia 20 de Novembro.

Desembarcou no México, venceu a fortíssima cubana Glehnis Horta e nem precisou fazer a final com a Mexicana Maria Del Rosário Spinoza, que se absteve de lutar, deixando o título para a brasileira.

O Brasil reedita em Londres os mesmos atletas das Olimpíadas de Atenas, em 2004: Diogo e Natália.

Vamos ver se a lição é apreendida ou se a teimosia continua.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Esperança da única vaga feminina nos pés de Natália

Márcio Wenceslau e Kátia Arakaki perderam a vaga para as Olimpíadas de Londres.

Bem longe das previsões que fiz, ambos foram surpreendidos por atletas da Colômbia e Guatemala, respectivamente.
Katia conseguiu passar pela canadense Ivett Gonda, porém não resistiu a Guatemalteca Elizabeth Zamora, a qual se sagrou campeã da seletiva. Com Zamora também se classificaram (na categoria até 49 Kg) a mexicana Janette Alegria e a argentina Carola Lopez.
Já Márcio, depois de perder para o Colombiano Oscar Munhoz (campeão da seletiva), tentou a terceira vaga (na categoria até 58 Kg) na repescagem contra o Mexicano Damian Villa. Villa também caíu frente ao costa-riquenho Heiner Oviedo, que ficou com a segunda vaga para Londres. A terceira e última vaga ficou com o mexicano.
A esperança agora recai sobre os ombros de nossa maior estrela, Natália Falavigna.
Ficamos na torcida

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Primeiras lutas da seletiva definidas

Direto do México:

O atleta Márcio Wenceslau pegou baia na primeira luta e vai esperar entre
El Salvador e Guiana. Ele tem 4 lutas.
Katia Arakaki vai fazer a primeira luta contra Ivett Gonda, do Canadá, parada duríssima. Mas vamos torcer muito. Natalia, por sua vez, pega Honduras.

22h20min. A informação ainda não está no site da CBTKD.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Nem tudo está perdido

Marcus Rezende

Apesar de um ano de resultados internacionais muito ruins para o taekwondo brasileiro, de decisões políticas pouco expressivas (no que tange ao marketing e ao fomento da modalidade) e da manutenção de um projeto de formação de seleção brasileira que há 10 anos vem dando errado, não podemos deixar de enaltecer o trabalho realizado, este ano, na organização administrativa da entidade. Um trabalho realmente de muito boa qualidade.

É importante que se diga que Isso se deve fortemente ao empenho de três profissionais muito competentes: o jovem Juliano Tomé, Superintendente Executivo (que tem organizado toda a documentação da confederação entre outros afazeres de grande relevância); Luiz Albulquerque, Gerente Administrativo (profissional inteligente, discreto, acessível e super-educado) e a recém-contratada, Carla Sofia Flores, excelente jornalista que vem desempenhando o papel de assessora de imprensa e mantendo o site da entidade atualizado com informações relevantes.

Para não dizer que a política ficou no vazio, destacamos como feito de relevância (apesar dos contratempos) a vinda dos examinadores da Kukkiwon ao Brasil, que estarão realizando neste final de semana um seminário de atualização das formas técnicas do taekwondo e referendando em um exame especial as graduações dos mestres brasileiros.

Vamos torcer para que em 2012 as decisões políticas da presidência e da direção técnica tenham a mesma expressividade das realizações burocratico-administrativas.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Seminário com técnico dos EUA deve ser cancelado

Steven Lopez e o irmão Jean, técnico, na conquista do quinto título mundial consecutivo

Para não pairar dúvida sobre a antecipação da informação, a notícia abaixo foi postadas às 23h do dia 14, após nenhuma constatação no site oficial.

Notícia de última hora. O Seminário Olímpico Internacional com Jean Lopez e o irmão Steven Lopez (penta campeão mundial e bi Olímpico), organizado pela CBTKD e programado para acontecer em Sergipe no final do mês de Novembro, ao que parece, não vai mais ocorrer.

Segundo informações de fontes confiáveis, Jean (técnico dos EUA) precisou assumir compromissos de última hora com a Seleção Norte-Americana.


Acreditamos que até o final desta semana a entidade nacional apresente uma nota explicando os motivos e a nova data deste grande evento.

Quem sabe ainda haja tempo de trazer o seminário para o Rio de Janeiro. Vamos torcer.

Comentários retirados

Comentário recebido, por conta de publicação anterior.

Marcelo disse...
Quero ver se o Marcus Rezende e o Ricardo Andrade serão homens o suficiente para falar isso na frente dos dirigentes da cbtkd.Podem aproveitar o curso do kukkiwon.Será que saindo de trás do pc eles são homens também?DUVIDO.

O sujeito acima é um veemente defensor do comando central do taekwondo brasileiro e não consegue entender que no contexto de um mundo tão violento em que vivemos, devemos primar pela máxima de que homens não brigam; as idéias sim. A incitação ao confronto por parte do sujeito que se denomina "Marcelo", me fez decidir retirar do blog, pelo menos por algum tempo, os comentarios, pois não vale a pena dar espaço a quem mistura o pessoal com o político.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Vivendo refém de uma política desastrosa

Marcus Rezende

O sistema que envolve o taekwondo brasileiro é simplesmente desastroso para o futuro competitivo do país. Já falei sobre isso algumas vezes aqui. Porém, nunca é demais repetir para ver se alguma coisa nova entra na cabeça de nossos dirigentes.

Tudo começa com a não existência de associações representativas. Sem elas não se consegue fazer valer a vontade dos taekwondistas. As poucas que existem no Brasil, em sua quase totalidade, são cartoriais. Ou seja, só possuem o CNPJ. E estão bem presas ao cabresto dos presidentes das federações. Se pudéssemos dar uma olhadinha no cadastro de praticantes federados no Brasil, constataríamos que quase todos treinam em academias. Isso porque as associações de papel, são realmente de papel.

Sendo assim, a base que deveria começar nas entidades filiadas às federações, começa erradamente na própria federação estadual. Dessa forma, sem ter quem possa pressioná-los nas eleições, os presidentes estaduais se mantêm no poder por anos e mais anos. Entronizados nos estados, passam a fazer pressão em cima do presidente da CBTKD, o qual (para permanecer no cargo) também acaba deixando de fazer a política correta, para realizar a mais conveniente aos que nele votam.

Um exemplo claro é a continuidade dos campeonatos brasileiros e copas do Brasil por seleções estaduais. Um anacronismo de mais de 30 anos que só faz o Brasil se distanciar das demais potências mundiais. Olhemos para as modalidades desportivas individuais e busquemos qual delas trabalha com a mesma perspectiva? Dificilmente encontraremos.

Refém desse sistema, os presidentes nacionais, ao longo de todos estes anos, se viram obrigados a ceder a tudo que os presidentes de federações reivindicaram, tanto no aspecto competitivo, como no marcial.

No primeiro, tiraram e continuam tirando a liberdade de o atleta escolher por onde quer desenvolver seu trabalho desportivo. Os poucos competidores que temos se veem obrigados a participar de etapas estaduais cuja finalidade é a simplória e tacanha formação de uma seleção do Estado. Já, na base falsa, o técnico do atleta é jogado para escanteio. Isso porque o presidente da federação é quem escolhe o sujeito que vai treinar aquela equipe.

No aspecto marcial, ganham de presente da CBTKD a chancela para se tornarem donos dos exames de faixa no estado. O conteúdo técnico-marcial, neste contexto, pouco importa.

o sobredito é apenas um resumo de algo bem simples de se resolver, mas que parece ser imensamente complexo à visão da maioria dos dirigentes brasileiros.

E quem pena com isso é o taekwondo brasileiro que, sem unidade, vai se distanciando das grande potências mundiais como modalidade esportiva. UMA PENA!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Brasil deve garantir as três vagas que faltam para as Olimpíadas

Marcus Rezende

Fazendo uma análise dos adversários que os atletas brasileiros Kátia Arakaki (até 49 Kg), Márcio Wenceslau (até 58 Kg) e Natália Falavigna (+ 67Kg) vão enfrentar na Seletiva Pan-Americana para os Jogos Olímpicos, percebe-se que a vaga está praticamente garantida para os três.
Com a ausência de Gabriel Mercedez (DOM), que já garantiu a vaga na Seletiva Mundial, o caminho para Márcio ficou menos complicado, pois ele terá como adversário mais difícil o mexicano Damian Villa. Porém, só se enfrentam na final, já com a classificação garantida.
Kátia Arakaki, por sua vez, tem duas adversárias complicadas: a mexicana Janette Alegria e a canadense Ivette Gonda. Gonda é mais alta e possui ótimo domínio da distância. Pode dificultar um pouco a vida da brasileira, que já deve estar trabalhando uma melhor estratégia para enfrentá-la. Quanto à mexicana, pelo histórico, a brasileira deve vencer.
No caso de nossa maior estrela, Natalia Falavigna, as coisas também se mostram na mesma condição, pois sua maior adversária é a mexicana Maria do Rosário Spinoza. Ainda assim, elas só se enfrentam em uma final, já com ambas classificadas.Em minha opinião, dificilmente o Brasil deixa de garantir as três vagas restantes, já que Diogo Silva (até 68 Kg) conquistou a sua na Seletiva Mundial. Sendo assim, o Brasil tem chances de pela primeira vez em uma Olimpíada levar quatro atletas, número máximo permitido a cada delegação.
Quando publiquei esta postagem, não havia visto ainda que a cubana Glenhis Hernándés, Ouro nos Jogos Pan-Americanos do México, estava entre as atletas. Neste caso, na disposição da chave, provavelmente, Natália enfrente-a antes da final. Parada duríssima!!
A seletiva acontece entre os dias 18 e 20 de Novembro em Queretaro (México).
Participação dos brasileiros em Olimpíadas:
2000
Sidney: Carmem Carolina (Até 57 Kg)
2004 Atenas: Marcel Wenceslau (até 58 Kg), Diogo Silva (Até 68 Kg) e Natália Falavigna (+ 67 Kg)
2008Pequim: Débora Nunes (Até 57 Kg), Márcio Wenceslau (Até 58 Kg) e Natália Falavigna (+ 67 Kg).

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Proposta de marketing para ontem

Marcus Rezende

O que coloco nessas poucas linhas não seria nenhuma novidade a quem tem um pouco de conhecimento de marketing. Porém, para os nobres amigos da CBTKD vai como uma ideia para uma reflexão e, quem sabe, para uma mudança de curso no período vindouro às ações de marketing até o momento equivocadas.
O Rio de Janeiro quer queiram ou não, até 2016, é a capital do esporte olímpico do Brasil. Qualquer evento de taekwondo tem que ser realizado aqui, em vista de uma mídia nacional e internacional focada na Cidade Maravilhosa. Isso é indiscutível.
Qualquer evento de taekwondo no Rio de Janeiro vai refletir positivamente em todo o Brasil.
Por mais bem organizado que seja um evento em qualquer outro estado, não vai alcançar a repercussão de mídia que teria em terras cariocas. É preciso que o presidente da CBTKD e os presidentes de federações entendam isto, se querem realmente ajudar a fomentar a modalidade.
Por mais que digam o contrário, só quero contribuir.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Endereço do curso da Kukkiwon em primeira mão

A informação ainda não é oficial, mas ao que tudo indica, o curso da Kukkiwon, programado para os dias 18, 19 e 20 de Novembro será realizado no Clube Militar da Lagoa.


Endereço: Rua Jardim Botânico, 391 - Jardim Botânico, Rio de Janeiro - RJ


21 2197-8770


Conheça as dependências do clube:



www.clubemilitar.com.br/sedes/esportiva.swf

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Justiça seja feita à Kukkiwon

Justiça seja feita. Ao acusar a Kukkiwon de desorganizada acabei cometendo uma injustiça, pois a desorganização mesmo foi da CBTKD quanto ao adiamento do curso e nevelamento de dans da Kukkiwon. Após traduzir o ofício pude verificar que a Confederação solicitou o curso e o nivelamento em 14 de Julho e a Kukkiwon aceitou fazê-lo, pedindo encaminhamento dos documentos dos pretendentes brasileiros até 20 de Setembro. O prazo não foi cumprido. No dia 23 de Agosto, pela manhã, puseram no site a divulgação do evento, mas retiraram horas depois de publicado. Nesta publicação, que pude printar e imprimir, constava como data limite para a entrega dos documentos o dia 12 de Setembro. Eu havia visto e fiz a propaganda aqui no Blog, inclusive fiz minha inscrição e recebi resposta positiva do senhor Cesar Valentin (que estava respondendo pela CBTKD) em 28 de Agosto. Porém, a divulgação oficial do evento só foi republicada no site da confederação em 16 de Setembro, já com uma série de exigências, difíceis de serem cumpridas em prazo tão curto. Umas delas (a qual a Kukkiwon não requer) era a da apresentação de certificados e registros das entidades estaduais como condição de se inscrever ao curso da Kukkiwon. O prazo para a apresentação de tudo era 28 de Setembro. O que ocorreu? Greve dos bancos. Mas também a greve não justificaria a não apresentação dos documentos, pois tudo foi pedido por e-mail.
E aí prorrogaram mais uma vez a data das inscrições para a semana seguinte, mas a realização do evento na primeira semana de Novembro já estava comprometida.
A conclusão clara a que chego é a seguinte. Se no dia 23 de Agosto não tivessem retirado do ar o que fora publicado e se não dificultassem a vida dos pretendentes com exigências de certificados inócuos, os brasileiros teriam feito suas inscrições e a CBTKD teria encaminhado tudo, tranquilamente, até a data requerida pela entidade internacional.
Minhas desculpas a Kukkiwon por, intempestivamente, tê-la acusado de desorganizada.

Kukkiwon muda a data? Simplesmente inacreditável.

A CBTKD se organiza toda para realizar um curso tão esperado por tantos mestres brasileiros, prorroga datas para que ninguém fique de fora, arruma local para o evento, deixa todos os brasileiros cientes da programação. ???????
Aí, vem a entidade internacional (Kukkiwon) e altera a data do evento, desorganizando a vida dos pretendentes ao curso e ao nivelamento, sobretudo os de outros estados, como se os participantes não tivessem que se antecipar à compra de passagens aéreas e reserva em hotéis.
Agora, qual seria a alegação da Kukkiwon para alterar a data deste evento? Cabe um e-mail aos representantes desta entidade, para que, ao menos, informem à CBTKD o porquê da alteração da data, podendo assim a entidade nacional divulgar uma nota explicando os reais motivos de tal adiamento por parte deles. Torna-se extremamente difícil para uma entidade se organizar se vem a outra e esculhamba o negócio.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Resultado do PAN: alerta para 2016

Marcus Rezende


Escrevo esta opinião antes mesmo de saber o resultado de Natália Falavigna no Pan. Isso porque, independentemente de a nossa grande campeã vencer ou não, ela não precisa provar mais nada a ninguém. Ademais está vindo de uma inatividade grande e, com certeza, seu foco está na vaga Olímpica. De Natália podemos esperar tudo. Só o fato de ela estar de volta já é lucro para o taekwondo brasileiro.


O resultado de nossos atletas nesta edição dos jogos Pan-Americanos é tão simplesmente consequência de um projeto fracassado que começou em 2003 e que continua até hoje. O Presidente da CBTKD, que eu conheço bem - afinal de contas começamos juntos no taekwondo, ele com 14 anos e eu com 16 – acabou mantendo o mesmo projeto, temperado com um investimento público jamais visto. Carlinhos sempre diz que não gosta de se precipitar. Ele preferiu deixar o barco navegar nas águas turvas da mesma centralização e agora tem mais condições para perceber que o projeto para atletas juvenis, sub 21 e sêniores não pode ser este que está em curso. Em algumas oportunidades pude lhe dizer o que pensava e o que achava do modelo atual. Acho que ainda há tempo de pôr o barco a favor da correnteza. A decisão está nas mãos dele.



As ideias que sempre defendi, na verdade não são minhas. São ideias para esportes individuais consolidadas em diversas outras modalidades, dentro de um país de tamanho de um continente. O Brasil não tem o tamanho de países menores, por exemplo, que alguns estados brasileiros. Neles a centralização é até possível. Mas esta receita de bolo não serve para nós.


Desde o ano 2000, já com o mestre Kim, alertava-o de que competições por federações tinham que acabar, pois entidades não são equipes. Tentava fazê-lo entender que melhor para o país seria se as competições fossem por clubes e academias. O ranking criado em 2001 (destruído em 2003) teria de servir tão somente para formação dos cabeças de chave e que os atletas pudessem ter seu próprio grupo multidisciplinar e realizar o próprio planejamento, tendo em vista a precedência de um calendário nacional e internacional.


Sobre os jovens até 17 anos, meu Deus, estão comentendo o mesmo erro. Não estão levando em conta diversos aspectos pertinentes a esta faixa etária, que não há como discorrer agora.


A ideia de sucesso com Seleção formada em ano anterior caiu por terra. É preciso fazer o que faz o México; é o mais adequado: seletivas próximas aos eventos e pronto. DamianVilla lutou contra o Ouro Olímpico Guillermo Perez, poucos meses antes do Pan e levou a vaga. Pronto, é ele quem vai representar o país.


Portanto, diferentemente do que muitos acreditam, o problema não estão nos técnicos escolhidos. Quando eram outros, a centralização era a mesma. No caso do Fernando, a critica que recai sobre ele está no fato de ser presidente de uma federação, o que realmente não fica bem.


Os formadores de atletas precisam ser valorizados e respeitados. Hoje eles estão desestimulados. Há novos técnicos surgindo. Mas quem conhece? Estão sendo colocados de lado por conta desta centralização que já mostrou seus resultados.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

De olho no Pan pela Record

A partir de amanhã, pela Rede Record, poderemos acompanhar a transmissão das lutas de nossos atletas e torcer por eles nos Jogos Pan-Americanos. A emissora terá um comentarista especial e a altura do evento, o ex-técnico da Seleção Brasileira Carlos Negrão, que estará presenteando o telespectador com informações precisas e análises técnicas apuradíssimas.

Segundo a programação, que estou copiando do site Bang, os horários serão os seguintes:

Sábado, dia 15 – 13h. na Rede Record e 19h na Record News;
Domingo, dia 16 – 14h. na Record News e as 20h. na Rede Record;
Segunda e Terça, dias 17 e 18 – às 14h. e às 20h. na Rede Record.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Analisando o resultado do Pan-Americano Juvenil

Marcus Rezende




Com todo o respeito à Comissão Técnica Juvenil da CBTKD, não posso deixar de fazer uma análise diferente e bem menos otimista em relação ao resultado da equipe brasileira juvenil que disputou o Pan-Americano da categoria neste mês de Outubro. O incentivo a estes jovens guerreiros (por meio de divulgação da imagem deles é bem positiva), porém não diminui o quão distantes tecnicamente estão de atletas mexicanos e norte-americanos, que arrebataram 18 medalhas de ouro das 20 possíveis.
Não conquistar nenhuma medalha de ouro neste campeonato das três Américas, dá à tese que há muito tempo defendo maior robustez. Continuo afirmando: atletas, sobretudo da categoria Juvenil, não merecem ter seus treinamentos (específicos, planejados e planilhados por seus treinadores) destruídos por conta dos confinamentos em locais distantes, por períodos inapropriados, para treinamentos ou campings. Estes jovens devem individualmente desenvolver, com o seu próprio treinador, a própria planilha de treinamento. A comissão técnica precisa entender que o acompanhamento é do treinador do atleta. Se realmente querem ajudar, não levem o jovem para longe de seu treinador, de sua família, de seus amigos, estudos etc. Agendem acompanhamentos e interajam com a equipe individual dele. Saiam da zona de conforto e viajem. Deem ao atleta e ao treinador o suporte logístico para melhor desenvolver o seu trabalho.
Eu vou além. O melhor mesmo seria pesquisar quantos jovens por este Brasil imenso são promessas do futuro, e não formar seleção juvenil antecipada. Trabalhem como olheiros, organizem competições abertas apenas para faixas-pretas desta categoria e facilitem a participação universal dos interessados.
No que tange definir a Seleção para as competições internacionais, pelo amor de Deus, usem seletivas próximas ao evento, pois jovens na idade de 14 e 15 anos, às vezes, em três ou quatro meses, se transformam fisicamente, ganhando peso e altura.
Em 2001, no Chile, quando o Brasil venceu o Pan-Americano de forma retumbante, nenhum atleta brasileiro se reuniu em campings ou treinamentos prolongados. Foram selecionados e partiram para a viagem. Todos os atletas trouxeram medalhas. Diversas medalhas foram de ouro.
O resultado deste Pan-Americano Juvenil deveria ligar o sinal de alerta merecedor de atenção diferenciada quanto à política atualmente em curso.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

EUA vencem Pan-Americano Juvenil

A Equipe Juvenil de Taekwondo do EUA foi a grande vencedora do Campeonato Pan-Americano de Taekwondo, que ocorreu neste último final de semana, em Las Vegas. Os jovens norte-americanos arrebataram 10 medalhas de ouro, duas de prata e quatro de bronze, nas 20 categorias disputadas. Um resultado fabuloso. Em segundo lugar ficou a seleção do México, também com um resultado expressivo: 8 medalhas de ouro e três de bronze. As outras duas medalhas de ouro ficaram uma com o Canadá (terceira colocada) e a outra com a Costa Rica. O Brasil ficou na quarta colocação.
Um dos destaques desta competição foi a mexicana, até 68 Kg, Jacqueline Sanches. Ela fez três lutas com placares avassaladores: 9 x 2 contra os EUA; 12 x 0 contra o Brasil e 13 x 1 sobre o Canadá.
EUA e México, dentro do continente pan-americano, têm desenvolvido trabalhos excelentes com atletas desta categoria. O resultado desta competição é, sem dúvida alguma, um prenúncio do que estar por vir com esta nova safra de atletas.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Tkdlivre não vai sair do ar

Esta semana estive conversando com um dos articuladores do site Tkdlivre, José Afonso Nunes, sobre a retirada do ar do canal de comunicação que dirige há sete anos. Ele disse que foram tantos os e-mails recebidos, pedindo que reconsiderasse a decisão de retirá-lo do ar, que resolveu mantê-lo.
Afonso disse que somente agora percebe a real dimensão que o site alcançou e o quanto o leitor consegue extrair de informação das entrelinhas dos fatos. “O leitor que se manifesta nos fez entender que o Tkdlivre é bem maior do que imaginávamos; tirar do ar um conjunto de artigos e matérias produzidos ao longo do tempo seria um desperdício”, ressalta o articulador, 3º Dan , que já foi professor da rede pública na década de 90, em São Paulo.
Segundo ele, a novidade é que a partir de agora o site deixa de lado a oficialidade do taekwondo. “O que muda é que saímos da perspectiva de fazer uma crítica sistemática às entidades que controlam o esporte no Brasil. Se eles preferem nos ver como inimigos, não daremos mais consultoria de graça”, diz, acrescentando que há muito o que se fazer no taekwondo brasileiro, sobretudo quando as políticas oficiais assumem perspectivas mais excludentes. “O taekwondo é muito maior que seus dirigentes. E há muito a ser mostrado e divulgado”.
José Afonso Nunes é formado em marketing, possui MBA em Gestão de Negócios e atua profissionalmente como técnico agrícola na cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Dois dojans diferentes; duas aulas distintas

Marcus Rezende

Tornou-se comum a afirmação, sobretudo no meio da mídia nacional, de que o taekwondo conhecido não é o marcial, mas sim o desportivo. Isso porque, a partir de sua ascensão à elite olímpica, as transmissões das competições tornaram-se mais constantes.
O que para praticantes, professores, mestres e dirigentes é uma variável complexidade de técnicas, ao público em geral, o taekwondo é tão-somente um esporte cujas técnicas são limitadas a regras impostas. Grande parte delas possui movimentos de velocidade de pouco efeito prático quando se pensa na modalidade enquanto arte marcial eficaz. Isso não quer dizer que o Taekwondo Desportivo não seja marcial. O é, haja vista as possibilidades de treinamento de técnicas complexas e contundentes objetivando o nocaute.
Porém, hoje chego a conclusão de que professores e mestres não estão conseguindo mais definir o que querem ou mesmo o que devem ensinar em vista dos anseios dos novos alunos. Em uma aula, dentro de uma academia, os que ensinam se obrigam a repassar a vasta programação inerente ao Taekwondo Marcial. Resultado: não ensinam BEM nem o marcial, nem o desportivo.
O praticante que inicia seu aprendizado por meio das técnicas primárias de son ki sul e bal ki sul é rapidamente envolvido também em um arsenal de técnicas de competições e discursos do que é ponto e do que não é; do chute proibido abaixo da cintura e do soco que obrigatoriamente deve atingir somente o colete do adversário. Esquecido ficou o discurso de que o corpo precisa se constituir em uma arma e, como tal, deve eliminar o adversário com um só golpe. O faixa-branca se vê levado para o lado competitivo sem mesmo ser questionado se é isso que ele quer.
Na verdade, o Taekwondo Marcial, que se ensina hoje, está embalado sistematicamente a compostos desportivos. Por outro lado, o praticante que se queda pelo olimpísmo acaba se obrigando a cumprir as formalidades marciais, objetivando os exames sofríveis de graduação, cuja programação, contraditoriamente, é tão-somente marcial.
Aos que escolheram o taekwondo competitivo como opção, a programação desportiva é tão extensa que acaba se tornando contraproducente aprenderem também o son ki sul, pommsaes, se bons e hambons. A estes, que optaram pela seara desportiva, a mudança de gubs deve ser concedida por meio de metodologia diferenciada. Ele chegaria tão-somente ao 1º Dan, credenciando-se à carreira desportiva competitiva, podendo ser, além disso, mais um braço a alavancar o fomento do Taekwondo Desportivo.
Portanto é chegada a hora, até mesmo pela urgência de se forjar novos talentos, de termos dois tipos de dojans independentes: o marcial e o desportivo.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Kukkiwon nos EUA em Outubro: como será?

O Teste de Promoção Especial de Dan do Kukkiwon nos EUA (que vai fazer a equivalência de graduações nacionais com as do órgão máximo do taekwondo mundial) ocorre na cidade de Chicago, de 28 a 30 de Outubro, dias antes da data marcada para acontecer no Brasil . Por lá, a entidade internacional estará aceitando, além do certificado nacional dos EUA, certificados de Escolas de taekwondo (Kwans) e de entidades privadas do taekwondo. Os mesmos critérios deveriam ser obedecidos aqui no Brasil, já que as regras são as mesmas.

O evento nos EUA contemplará praticantes faixas-pretas a partir do 3° dan. Um outro detalhe ainda não divulgado por aqui, é que a equivalência de certificados só terá validade aos emitidos até o ano de 2010. Por exemplo, quem se registrou como 6º Dan junto à CBTKD em 2011, não poderá requisitar esta equivalência à Kukkiwon. Deverá pedir a anterior desde que tenha sido requerida até o ano de 2010.Outra regra que deverá ser obedecida é quanto à idade mínima para obtenção dos certificados de dans superiores. O candidato a 6° Dan tem que ter no mínimo 35 anos e a 7º Dan, 41 anos.
A listagem dos que vão participar do evento, nos EUA, será divulgada no dia 22 de Outubro. O Curso e a equivalência de dans, organizado pela Kukkiwon, é uma iniciativa da União Mundial para Mestres de Taekwondo.

Programação para o Teste de Dan

3º Dan
Taegeuk 1-8, Koryo - 1 nomeado
Keumkang

4 º Dan
Koryo, Keumkang - 1 nomeado
Taebaek

5º Dan
Koryo, Keumkang, Taebaek - 1 nomeado
Pyongwon

6 º Dan
Taebaek, Pyongwon, Sipjin - 1 nomeado
Jitae

7º Dan
Pyongwon, Sipjin, Jitae - 1 nomeado
Cheonkwon

Representantes da Kukkiwon que estarão no Brasil:


Ki Hong Kim, Secretário-Geral

3141 Dundee Road, Northbrook, IL 60062
Tel: (847) 480-9224
Fax: (847) 480-9255
E-mail: khkim@oatc.net


Kang Jae-Won, Representante da Kukkiwon no continente Pan-Americano

Tel: 82-2-3469-0151
E-mail: jwkang@kukkiwon.or.kr

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Diploma estadual para fazer curso da Kukkiwon

Marcus Rezende

A CBTKD finalmente publicou as regras para a realização do Seminário da Kukkiwon para a respectiva equivalência de Dan. Porém, o que antes parecia uma facilidade criada pela entidade internacional, tornou-se uma dificuldade quase que intransponível capitaneada pela CBTKD. Tanto na nota da Kukkiwon como na NOTA PRESIDENCIAL havia o compromisso facilitador à inscrição com o seguinte quesito: “...poderão candidatar-se ao DAN Kukkiwon, os detentores da Faixa-Preta da CBTKD”. Ou seja, a qualquer entendedor, bastaria ao faixa-preta possuir o certificado da CBTKD. É o que basta à Kukkiwon.
Agora exigem que o candidato esteja em dia com a Confederação e a federação de seu estado, bem como possua, ainda, além do nacional, o certificado estadual. Para quê, se ele possui o da CBTKD? A Kukkiwon vai avaliar o certificado estadual de cada federação? Lógico que não. Seria como pedir o certificado do ensino médio para cursar a pos graduação. Um preciosismo que faz a gente acreditar que há interesses malévolos por trás de tudo isso.
Esta é uma exigência que inviabiliza a participação de centenas de faixas-pretas brasileiros que se registraram à CBTKD e que por um motivo ou outro não estão federados. É uma incoerência total já que os certificados estaduais e o nacional não mais vão existir.
É com muito pesar que escrevo esta nota e me solidarizo com os diversos mestres que vão deixar de realizar esta equivalência, simplesmente por conta de uma exigência sem propósito lógico.
Acessem o site da CBTKD para mais informações.

Retirei o link, porque não está abrindo direto na página da CBTKD.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Demora na divulgação de ficha de inscrição do Curso da Kukkiwon deve ser para não permitir que nenhum faixa preta fique de fora

Marcus Rezende

Bem, pessoal, o link para registro no curso da Kukkiwon que fora publicado no dia 23 de Agosto no site da CBTKD (retirado horas depois), pelo qual cheguei a fazer a minha inscrição e que republiquei aqui no blog, já não está mais habilitando. O mesmo link foi encaminhado pelo mestre português Rogério Costa e novamente coloquei no ar.

Quando publiquei no dia 23 de Agosto, o prazo limite para a inscrição era de 12 de Setembro. Na republicação, por meio das informações do mestre Rogério, que passou informações do representante máximo da Kukkiwon nas Américas, o Grão Mestre Jae Won Kang, a data já havia passado para 16 de Setembro. O presidente da CBTKD, Carlos Fernandes, no dia 6 de Setembro, em NOTA PRESIDENCIAL, no site da entidade, se comprometeu a publicar a ficha de inscrição: “Em breve colocaremos o formulário indicado para que seja enviado em tempo hábil, permitindo a realização do seminário de Homologação de Dans já na primeira semana de Novembro do corrente ano na cidade do Rio de Janeiro”, disse o presidente da CBTKD.

Portanto, como até o dia 15 de Setembro não havia nada no site, presume-se que a data para a inscrição deva ser alterada mais uma vez. Bem, eu fiz a minha parte no sentido de ajudar.

Acreditamos que o motivo do atraso resida no fato de o presidente estar procurando encontrar um caminho mais fácil para que nenhum mestre brasileiro perca esta oportunidade histórica. A entidade máxima do taekwondo brasileiro deverá dar ampla publicidade ao evento e facilitar o acesso universal de todos os taekwondistas aos certificados do Kukkiwon e à devida equivalência dos dans.

É o que espera toda a comunidade taekwondista, para o futuro do taekwondo brasileiro.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Tkdlivre sai do ar em Outubro

As opiniões semanais sobre os bastidores do taekwondo brasileiro cessaram. O site Tkdlivre encerra seus trabalhos e fica no ar até 10 de Outubro, quando, por tempo indeterminado (segundo o que consta em seu último editorial), sairá do ar.
O principal articulador do site, José Afonso, deu destaque à notícia, na última Terça-Feira. Na exposição de motivos Afonso escreve que o projeto editorial perdeu o sentido, em vista da desproporção de forças e pela falta de compreensão sobre os verdadeiros propósitos do portal alternativo que criou há sete anos.
“Nossa perspectiva nunca foi bem vista pelos nossos ilustres dirigentes que se aventuram na gestão de entidades, para gerir interesses de um coletivo de milhares de pessoas, entre os sonhos dos mais jovens, a ansiedade da juventude, o sonho olímpico e a crença de elevar o Brasil a um patamar esportivo mais respeitável. Todavia, não toleram ser vigiados ou criticados, mesmo fazendo bobagens. Mesmo que mantidos por verbas públicas”, externou em um dos parágrafos do editorial de 13 de Setembro.
A partir de hoje o Taekwondo brasileiro perde uma das vozes mais ativas na defesa de professores e mestres brasileiros. Uma pena.
O taekwondo de nosso país realmente ficou mais pobre.

sábado, 10 de setembro de 2011

Mestre português confirma Kukkiwon no Brasil

Notícia importante sobre a vinda do Kukkiwon ao Brasil. O mestre Português Rogério da Costa (foto), que está no Brasil, disse neste sábado, dia 10, que as inscrições para o seminário da Kukkiwon, no Rio de Janeiro, se encerram no dia 16 de Setembro. Porém, a informação ainda é extraoficial, dependendo de confirmação da CBTKD.

Ele adiantou que o custo do seminário será de 200 dólares, acrescido do valor do certificado de de dan aos que forem requisitar a equivalência. Eis os valores: 1° dan (50$); 2° dan (60$); 3° dan (80$); 4º dan (100$); 5° dan (200$), 6º dan (250$); 7º dan (350$).


O mestre português disse ainda que as informações são do representante máximo da Kukkiwon nas Américas, o Grão Mestre Jae Won Kang.


Ele ainda repassou o link de inscrição, que esta semana deve ser publicado também pelo site da CBTKD.





sexta-feira, 9 de setembro de 2011

TAEKWONDO OLÍMPICO X TAEKWONDO MARCIAL

Marcus Rezende

É preciso entender que já faz um bom tempo que o taekwondo passou a ser dividido em duas modalidades: a olímpica, amplamente divulgada, cuja maior expoente no Brasil chama-se Natalia Falavigna, e a marcial (ainda desconhecida da maioria da população) de cujas bases são retirados parte dos subsídios para o treinamento desportivo.
Para se ter uma idéia do preâmbulo, quando se pergunta ao profissional da mídia em geral sobre as bases e fundamentos da modalidade, a ampla maioria discorre sobre as regras de competição. Poucos sabem, por exemplo, que no taekwondo há saltos, poomsaes, sebons e hanbons e técnicas de defesa pessoal.
O mesmo ocorre com a população. Os que conhecem o taekwondo têm em mente um sujeito de colete, capacete e que luta desferindo bandal e soltando gritos. É certo que, de um tempo pra cá, com as novas regras de competição, com chutes no rosto valendo até quatro pontos, técnicas antes esquecidas (que ficavam somente na conta da marcialidade) saem do dojan marcial para o olímpico, dando novas cores à forma competitiva de lutar. Mesmo assim, é preciso que entendamos que ainda há muito por fazer para uma ampla divulgação do taekwondo marcial. A grande maioria não quer ser competidora, tampouco atleta e muito menos atleta profissional. E é aí que reside o grande erro por parte dos faixas pretas que começam a ensinar a modalidade. Eles partem direto para o ensinamento das bases desportivas do taekwondo, quando deveriam solidificar as da arte marcial. Sobre esta questão, defendo uma idéia que em outra oportunidade vou dividir com os amigos leitores. Por enquanto, quem vai a uma academia assistir a um treino, não consegue entender que a competição é somente uma das partes do aprendizado.
Estamos vivendo um paradoxo, porque por mais divulgação que ocorra com os nossos campeões, as academias continuam vazias. Muito mais vazias que nos anos 70 e início dos anos 80, quando a marcialidade conduzia a modalidade e as competições daquela época.
E é aí onde habita o grande problema a ser resolvido, pois sem praticantes (na base) não se pode falar em futuro do taekwondo competitivo.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Presidente da CBTKD confirma Kukkiwon em Novembro

O presidente da CBTKD, Carlos Fernandes, confirmou a vinda do Kukkiwon ao Brasil para a equivalência de dans dos mestres brasileiros que ainda não possuem certificados internacionais. Em breve estará publicando informações sobre as datas para a inscrição. De antemão adiantou que o evento acontecerá na primeira semana de Novembro. Leia o texto no site da Confederação.
http://cbtkd-com-br.web10.redehost.com.br/default.asp
NOTA IMPORTANTE DA PRESIDÊNCIA
Data: 06/09/2011

Prezados Mestres e Instrutores do nosso Brasil.Atendendo aos antigos desejos de todos os Mestres de Taekwondo no Brasil, comunico que efetuei diversos contatos com o Kukkiwon buscando o reconhecimento internacional dos faixas pretas brasileiros.No mês de julho, o Presidente da CBTKD e o presidente do Kukkiwon assinaram um Memorando de Entendimento prevendo uma estreita colaboração entre o Taekwondo brasileiro e a Casa-mãe do Taekwondo Mundial.Segundo este acordo, a CBTKD e a Kukkiwon conduzirão uma série de iniciativas que culminarão na homogeinização do Taekwondo brasileiro com os padrões internacionais, principalmente em relação às técnicas, nomenclatura e sistema de graduação de faixas.O Kukkiwon realizará uma única vez, um seminário de homologação de faixas, permitindo aos detentores de Dans emitidos pela CBTKD a sua equivalência para a mesma graduação no Kukkiwon. O Memorando de Entendimento permite ainda que este processo tenha custos reduzidos para os Mestres e Instrutores Brasileiros. O custo da homologação é substancialmente mais barato que a tabela de exames Kukkiwon e, sendo o seminário efetuado em território nacional, não existem os custos de deslocamento à Coréia do Sul. Todos os interessados em participar do seminário deverão ficar atentos e se posicionar sobre a realização do mesmo. Em breve colocaremos o formulário indicado para que seja enviado em tempo hábil, permitindo a realização do seminário de Homologação de Dans já na primeira semana de Novembro do corrente ano na cidade do Rio de Janeiro.Poderão candidatar-se ao Dan Kukkiwon, os detentores de Faixa Preta da CBTKD; detentores de Dan Kukkiwon que pretendem a equivalência do certificado de Dan inferior; atletas 1º Gub que pretendam ser examinados para 1º Dan Kukkiwon; portadores de outros certificados de Dan de Taekwondo.Lembramos aos interessados que esta ação será realizada excepcionalmente e não será repetida no futuro. Orientamos os senhores candidatos para que tenham o devido cuidado e não se deixem levar com informações enganosas e meias verdades, colocadas em alguns sites particulares genéricos, escritos por pessoas rancorosas e desorientadas que tentam a todo custo tumultuar todo o processo de crescimento do Taekwondo brasileiro.Não tenho dúvidas que essa ação beneficiará muitos Taekwondistas e tenho certeza que essa gestão esta buscando o que é de melhor para nós brasileiros.A direção da CBTKD logo estará a disposição de todos Taekwondistas para esclarecer quaisquer dúvidas.


Saudações Taekwondistas,


Carlos Fernandes


Presidente da CBTKD

terça-feira, 23 de agosto de 2011

CBTKD e Kukkiwon selam equivalência de dans entre as entidades

A Confederação Brasileira de Taekwondo vai graduar todos os faixas-pretas que não possuem certificados da Kukkiwon.
A iniciativa já vinha sendo tentada desde 2007, mas agora, ao que parece, vai sair.
Acesse o link abaixo e faça sua inscrição.




Ao acessar novamente o site da CBTKD não encontrei mais a informação publicada. Portanto, é importante que fiquem atentos, pois podem ocorrer modificações relativas as datas.


Novo link acima para inscrição
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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Seletivas para cada competição internacional

Marcus Rezende

Ao ser desclassificada da Copa América, a Seleção Brasileira de futebol de imediato foi desfeita. Nos cargos ficaram apenas os profissionais da Comissão Técnica escolhidos pela CBF, como é de praxe. Cada um dos jogadores da seleção retornou a seus clubes para dar seguimento aos jogos do Campeonato Brasileiro em curso, ficando a espera de uma nova convocação, como a que ocorreu recentemente, quando sete novos jogadores foram chamados para formar o plantel que enfrentaria a Alemanha.
A Comissão Técnica, porém, em períodos de recesso, continua desenvolvendo outros tipos de trabalhos e ficam no aguardo de uma nova oportunidade para se reunirem com os jogadores de uma nova convocação.
Se no futebol, que é um esporte coletivo, é assim, porque no taekwondo brasileiro tem que ser diferente?
A equipe brasileira, pelo certo, deveria ser definida por meio de seletivas próximas às competições-alvo. Os atletas vencedores não têm de ser preparados técnica e fisicamente por técnicos da CBTKD; eles normalmente já chegam preparados, pois já saíram vitoriosos de uma seletiva. Não é a Comissão Técnica que vai deixá-los em condições de vencer uma competição internacional. Os técnicos da Seleção, em verdade, vão auxiliá-los nos momentos que precedem imediatamente à competição, bem como na hora do combate, porque preparados técnica e fisicamente, em tese, presume-se que eles já estejam. Aliás, desde 2002 defendo a ideia de que os treinadores de atletas da Seleção deveriam receber o status de Treinador Nacional. Seria o mínimo de reconhecimento aos que preparam os representantes do país.
Vejo que outra grande dificuldade ocorre quando setores externos à entidade obrigam que a confederação crie um agrupamento de atletas para representar o Brasil durante todo o calendário anual (o qual não pode ser alterado) com a justificativa de que estarão recebendo salários para isso.
Esse é o grande erro. O recebimento pecuniário que chega ao atleta por meio de verbas públicas é um incentivo independente que não pode estar atrelado ao fato de ele ser ou não da Seleção escolhida para o evento específico. A vaga deve ser conquistada em uma seletiva tão somente para aquele fim. A verba disponível ao atleta, na verdade, tem uma finalidade clara: dar a ele condições propícias para que trabalhe com mais tranqüilidade em parceria com o seu treinador, preparador físico e outros profissionais que compuserem seu grupo multidisciplinar.
Aí, podem me perguntar: Mas se houver uma seletiva no início do ano para uma competição específica e acontecer de outro atleta se classificar no lugar de quem é remunerado, como fica a situação deste atleta que ganhou, já que não recebe para representar o Brasil? Ora, eu respondo: o classificado vai vestir o uniforme da Seleção Brasileira, vai disputar a competição e pronto. Ele não tem que começar a receber por causa disso, tampouco aquele que perdeu vai deixar de receber por não representar o Brasil naquela competição.
O vitorioso da seletiva, novo componente daquela seleção (naquele momento), naquela competição específica, vai aguardar a chance de também ser agraciado com o dinheiro público no momento oportuno.
Atualmente a Petrobrás vem exigindo da CBTKD a formação de um agrupamento de 24 atletas, os quais por meio de contrato firmado recebem salários. Perfeito seria se em meio a tais exigências não houvesse aquela que obriga a entidade a manter os mesmos 24 como representantes do Brasil em todas as competições internacionais durante a vigência do contrato anual.
Pode ser muito bonito ver uma Seleção Brasileira reunida, treinando com técnicos específicos, durante períodos anuais. Mas o resultado é questionável e absurdamente desmotivador, tanto para os demais atletas não agraciados (que vão precisar aguardar o final do ano seguinte para tentar a chance), como para os treinadores de todo o país que se desmotivam a preparar atletas de alto rendimento.


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

OPINIÃO: Busca de informação deve ser decisão de cada profissional

Ricardo Andrade


O ressurgimento da questão da filiação ao sistema CONFEF/CREF, dos professores de artes marciais, yoga e dança, pode ser comparado ao enredo do clip de Michael Jackson, que arrebatou tantos prêmios - Thriller, onde os mortos-vivos (zumbis), emergiam da terra, para assombrar/assustar a mocinha em cena. E o Sr. Otávio Leite está capitaneando esse levante.
Acontece que os profissionais de artes marciais, yoga e dança, nem de longe se assemelham à mocinha do clip, pois ela tinha pavor do inusitado e assustador. Esses profissionais, há 13 anos vêm, sistematicamente apresentando suas razões, fundamentadas em preceitos legais e invocando conceitos legítimos, o que gerou decisão judicial favorável a esses profissionais.
A busca por informações, deve ser decisão de cada profissional, no intuito de aumentar seu conhecimento e seu currículo, procurando dessa forma, se diferenciar no mercado de trabalho.
Essa qualificação, seja na área de Educação Física, Saúde ou qualquer outra pertinente, pode também ser tutelada pelas entidades de artes marciais, yoga e dança, objetivando melhorar o nível de seus filiados, através de convênios com profissionais ou instituições de ensino.
Algumas questões, já levantadas em outras oportunidades, valem o registro:
1. Os mestres coreanos, chineses e japoneses não seriam capazes de passar o conhecimento do taekwondo, hapkido, kung fu, judô e karatê?
2. Ana Botafogo e os grandes mestres da dança, também não teriam capacidade de ensinar os primeiros passos, além das tão complexas coreografias?
3. Mestre Hermógenes e outros grandes nomes, precisariam de tal registro para propagar a filosofia e ensinamentos da yoga?
4. E o que falar dos grandes nomes da capoeira, também não teriam capacidade de transmitir os segredos dessa luta-dança brasileira?
5. E o sistema CONFEF/ CREF, porque cobra dos provisionados o mesmo valor de anuidade pago pelos graduados? Pois os provisionados só podem atuar naquela modalidade específica, enquanto os graduados, podem atuar em qualquer modalidade esportiva ou atividade física.
Vale ressaltar que o ressurgimento dessa fiscalização, se deve em grande parte à omissão em muitos casos, e a conivência em tantos outros, onde associações, federações e seus respectivos gestores, se locupletam de alguma forma, firmando convênios e baixando normas, que conseguem ser muito mais imorais do que inconstitucionais.
Finalizando, vamos retomar a analogia com o sucesso do "Rei do Pop", onde um dos trechos da letra diz: "E algo maligno está te espreitando no escuro, sob a luz da lua / Você tem uma visão que quase para o seu coração, você tenta gritar / Mas o terror toma o som antes de você fazê-lo, você começa a congelar / Enquanto o horror te olha bem nos seus olhos, você está paralisado!"
("Something evil's lurkin' in the dark, under the moonlight / You see a sight that almost stops your heart, you try to scream / But terror takes the sound before you make it, you start to freeze / As horror looks you right between the eyes, you're paralyzed")
Deixo para os leitores a substituição do trechos afins. Mas posso garantir que os profissionais em questão não assumirão a postura de apavorados ou acuados, lembrando sempre que em nosso país, infelizmente, existe o hábito de se criar dificuldades, para se vender facilidades.


Ricardo Andrade é faixa-preta de taekwondo do Rio de Janeiro, mestre 4º dan, formado em Educação Física e pós-graduado em treinamento desportivo.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Artes Marciais tem novo inimigo



Este aí é o Deputado Federal Otávio Leite do PSDB do Rio de Janeiro. Simplesmente o nobre deputado resolveu agora dar um cheque em branco ao Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) e seus Conselhos Regionais (CREFs).


Ele está fazendo tramitar no Congresso Nacional um Projeto de Lei no qual concede aos CREFs poder de fiscalizar todos os estabelecimentos que ofereçam qualquer tipo de atividade física. A desculpa desavergonhada é a de que estarão verificando as condições físicas do ambiente e se o local possui todos os requisitos para funcionamento.


Leia abaixo o disfarce da insensatez:


Os Crefs deverão estabelecer procedimentos de avaliação e inspeção, a fim de assegurar qualidade da prestação do serviço e a segurança e a higiene dos estabelecimentos. O estabelecimento que estiver com as atividades em dia deverá expor em local visível ao público o certificado expedido pelo conselho regional”.


Qual o tolo que não enxerga que, na verdade, supostamente querem pôr em prática o plano de impedir todo aquele que não for registrado nos Conselhos de atuar profissionalmente.


Ou seja, o deputado Otávio Leite está simplesmente rasgando a Constituição Federal, mais precisamente o artigo 5º, que define em seu inciso XIII:


É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;


O final do inciso é claro: “...que a lei estabelecer”. Dança, yoga e artes marciais ainda não estão estabelecidos em Lei, portanto não podem ser fiscalizados por Conselhos Regionais de outras profissões.


Mas os professores e mestres de taekwondo do Estado do Rio de Janeiro vão marcar este deputado em cima. O primeiro passo é mandarmos para ele toda a nossa indignação enquanto profissionais que merecem respeito e a independência de escolha de se registrarem ou não.



domingo, 24 de julho de 2011

Analisando os resultados dos Jogos Mundiais Militares

Marcus Rezende

Fazendo uma análise sobre a participação dos atletas brasileiros na edição de número cinco dos Jogos Mundiais, pudemos perceber que a competição trouxe atletas fracos e outros de excelente nível técnico, o que acabou tirando de cena, logo de cara, alguns bons atletas brasileiros. Logo no primeiro dia, o Michael Soares (54 kg) e Josiane Lima (57 kg) pegaram de cara um iraniano e uma chinesa. Ambos foram os campeões de suas categorias. Restou aos dois brasileiros lutar pelo bronze e conseguiram. Diogo Silva (68 kg), por sua vez, confirmou sua melhor forma e detonou todos os seus adversários. Fernanda Mattos (49kg), apesar de ter somente cinco atletas na chave, tinha nesta competição de um lado uma chinesa e, do outro, a francesa Yasmina Aziez, 7ª do ranking da WTF. Talisca Reis (57 kg), nesta competição, mostrou que tem tudo para ser uma grande atleta, da mesma forma que Rafaela Pereira (até 67kg). Ambas possuem a perna muito solta e dominam algumas técnicas importantíssimas. Porém, precisam melhorar a condição atlética. Talisca venceu uma marroquina, uma alemã, mas parou na chinesa. Rafaela, com 10 atletas na chave, venceu facilmente uma venezuelana e uma bielorussa. Todavia, sofreu uma derrota fragorosa de 11 x 1 da marroquina Hakima el Meslahy (7ª do ranking mundial).

Aparecida Santana (62 kg), dentro de suas limitações técnicas, demonstrou grande obediência tática, ouvindo e executando o que pedia o técnico Vander Valverde, aliás, um excelente técnico. Ela venceu uma polonesa facilmente e uma grega com mais dificuldade. Mas quando pegou a chinesa Hua Zhang (5ª do mundo), não havia o que fazer. Os maiores méritos dessa competição cabem a Débora Nunes (73 kg), que lutou na categoria de cima e não se intimidou. Derrotou uma eslovena e uma alemã, para, em seguida, ganhar a medalha de ouro em cima da chinesa Yingying Han, campeã do mundo de 2009 e 5ª no ranking mundial. Já Hellorayne Paiva (+73 kg), enfrentou de cara a francesa Gwladys Epangue, bi campeã mundial, mas não fez feio. Tem que trabalhar para evoluir, mas tem um grande treinador ao lado para ajudá-la, Frederico Mittoka, da BTT de Piracicaba.

Kátia Arakaki (46 kg), apesar do talento e de uma bela técnica, tem como adversárias no circuito internacional atletas excepcionais. Nesses Jogos ela foi bronze em uma chave com seis competidoras. Dentre elas, duas conhecidas do cenário internacional, Ivette Gonda (CAN) e Zhaoyi Li (CHN), campeã e vice, respectivamente. Kátia conquistou a medalha vencendo a alemã Sumeyye Manz. A brasileira está muito bem. Mas precisa trabalhar mais a velocidade.


Marcel (63 kg) pegou um iraniano que sabia explorar muito bem o colete eletrônico. Os pontos feitos pelo iraniano eram imperceptíveis. Mesmo aplicando dois tui tchaguis fortes, Marcel não conseguiu pontuar. Ele foi para o golden point e deixou a lateral esquerda desguarnecida de bloqueio e recebeu um bandal de direita. Não seguiu na busca do Bronze, porque o iraniano perdeu em seguida. Rafael Cruz (74 kg) perdeu para o atletas da seleção principal da França, Mokdad Ounis. O francês tem sua força na perna esquerda, mas possui limitações. Porém, Rafael não conseguiu vencê-lo. André Bilia (80 kg), caiu frente ao chinês Guo Zhu (25º do ranking), logo na primeira luta e não pode seguir em frente. Douglas Marcelino (87 kg) também caiu frente a um iraniano, curiosamente o 123ª do ranking mundial. Já Leonardo Santos (+87 kg), mesmo fora de forma, mostrou que, em alguns momentos é preciso raça e mais raça. Voltando de uma lesão no joelho, venceu na semifinal o coreano e quase apagou o iraniano com um tolho tchagui de direita no queixo a 30 segundos do final.

Márcio Wenceslau (58 kg) foi perfeito. É um grande atleta. Surpreendente. Diria somente que precisa trabalhar a ansiedade quando está vencendo uma luta difícil. Nessas horas, Márcio sempre busca travar o combate para o tempo passar, o que o faz receber muitas advertências. Nesta competição, seria Ouro, se não fosse prejudicado pela arbitragem. Estava muito bem, poderia ter detonado o coreano se a estratégia tática fosse diferente. Foi dono do melhor nocaute da competição. Vejam no link abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=hIRNwkva1c8

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Fluminense abre as portas para o Taekwondo

A Escola de Taekwondo de Niterói, HighwayOne, dirigida pelo mestre Ricardo Andrade e supervisionada por mim, está chegando às Laranjeiras com o professor José Paulo Gurgel. A madrinha desta nova empreitada para a modalidade no Rio é a nossa medalhista de Bronze nas Olimpíadas de Pequim, a atleta Natália Falavigna. No site oficial do clube, o professor disse que a expectativa é a melhor possível: “Temos um grande clube, em uma grande cidade, com uma grande madrinha. No médio e no longo prazo já poderemos formar praticantes e atletas de futuro”, previu o jovem professor, 3º Dan, que torce para o time tricolor.

Leia a matéria por inteiro no site do Fluminense Futebol Clube

http://www.fluminense.com.br/site/olimpico/noticias/1988/flu-e-o-primeiro-grande-clube-do-rio-a-oferecer-escolinha-de-taekwondo/

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Analisando a final entre Bagheri e Tazegul

























A esquerda

Mohammad Bagheri (quando venceu os Jogos Asiáticos 2010)
e Servet Tazegul (na conquista do Mundial 2011)


Quem viu a luta do iraniano Mohammad Bagheri contra o turco louco Servet Tazegul, na final da Seletiva Mundial para as Olimpíadas de Londres, no início deste mês, pode perceber por parte do iraniano uma significativa mudança de estratégia em relação a que manteve na final do Mundial, no início de Maio, contra o próprio Tazegul, quando perdeu de virada. Levando-se em conta que ambos já estavam classificados quando fizeram a final da Seletiva Olímpica, assim mesmo nenhum dos dois quis abrir mão da primeira colocação. Em Seletivas Olímpicas Mundiais passadas, houve finais que não ocorreram, pois um dos finalistas deixava de lado o primeiro lugar.
A luta, apesar de não ter sido nem sobra da empolgante final do Mundial deste ano, mostrou contornos táticos diferentes, os quais merecem uma análise cuidadosa por parte da Comissão Técnica da Seleção Brasileira e dos treinadores de Diogo Silva.
Bagheri, desta vez, não deu espaço para que o turco louco decolasse. Manteve-se próximo o tempo inteiro, clinchando logo na raiz do movimento inicial.
Rápido e de técnica apuradíssima, o iraniano, que é também um dos favoritos ao Ouro Olímpico, soube neutralizar a maior parte dos movimentos pliométricos do turco. Porém, Tazegul, medalha de bronze nas Olimpíadas de Pequim, mais maduro e consciente, não foi tão louco quanto das outras vezes. Ele soube atender aos pedidos do técnico que percebeu taticamente que o caminho da vitória teria de ser sem o espetáculo que todos queriam assistir. Nesta luta, o turco louco também provou que está preparado para combates mais táticos.

sábado, 2 de julho de 2011

O adeus de um amigo

Peço licença para prestar uma homenagem a um amigo fraterno que faleceu no último dia 29 de Junho e que me causou enorme tristeza. Paulo Sérgio Baptista Gil.

Para os taekwondistas da Moo Duk Kwan do Rio de Janeiro, o Paulinho; para os profissionais da tatuagem, simplesmente “Pause”.

Paulinho foi meu amigo de infância. E Quando digo amigo fraterno é porque tinha por mim uma enorme consideração, pouco encontrada em alguns que dizem ser amigos, mas que na verdade...bem deixa pra lá.

Eu o conheci aos 13 anos. Ele tinha a mesma idade. Quando iniciei no taekwondo, foi quem muito me motivou a montar a própria academia. Ele mostrava-se mais entusiasta do que eu mesmo. Sempre me dava força para aprender as técnicas daquela novíssima arte marcial. Aos 18 anos, quando montei minha academia no bairro onde morávamos, ele foi o primeiro a se matricular. Daí por diante, além de amigo, tornou-se um grande parceiro.

Filho único, ainda jovem perdeu a mãe e teve que caminhar sozinho. Formou-se em Educação Física e Faixa Preta de Taekwondo. Começou a dar aula na AABB Tijuca tanto de Taekwondo como de Musculação.

No início da década de 90, quando eu estava trabalhando na Federação do Rio de Janeiro, organizando todas as competições estaduais, era ele quem acordava cedinho para me ajudar a montar as quadras e posicionar mesas e cadeiras, para o evento.

Em meados da década de 90, quando sofri grande injustiça na comunidade Moo Duk Kwan - o que quase me fez largar o taekwondo -, foi ele quem se mostrou solidário, dando-me total razão aos problemas que enfrentei.

Em março de1996 nascia sua filha, quatro dias depois a minha. Ficávamos, naquele ano, apostando quem teria primeiro o prazer de ter nas mãos a maior razão de nossas vidas.

Nos últimos quatro anos vinha sofrendo com a diabetes. Na última conversa que tivemos, no entanto, estava feliz, pois havia feito seu exame para 4º Dan. Brinquei com ele dizendo que estava mais do que na hora.

Teria muito que falar desse grande amigo. Mas deixo essa pequena lembrança para registrar a saudade que esse cara vai deixar.