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domingo, 29 de janeiro de 2012

E agora, José?

Marcus Rezende

O resultado da Seletiva Fechada, que ocorreu neste final de semana em Aracaju, para a escolha dos dois atletas (de cada categoria) que formarão a Seleção Brasileira de 2012, acabou não confirmando o atleta Márcio Wenceslau, no peso até 58 Kg, que perdeu na semifinal para Guilherme Dias, de Brasília. Guilherme foi o campeão da categoria ao derrotar o catarinense Arnoldo Bevenuti.
Com o resultado, Márcio acabou perdendo a vaga dentro da seleção, justamente no momento em que mais precisava, pois CBTKD briga junto ao Comitê Olímpico Internacional para que o paulistano vá às Olimpíadas por meio de um dos dois convites cedidos pelo COI a países sem tradição na modalidade olímpica. A Confederação tenta sensibilizar os homens fortes do COI provando por imagens contundentes que o brasileiro fora prejudicado acintosamente na luta pela terceira vaga olímpica panamericana contra o mexicano Damian Villa.
Esse tipo de situação só confirma o que venho dizendo há anos: formação de seleção brasileira fechada para um ano inteiro só traz benefícios àqueles que conquistam a vaga. Aos demais atletas do país, somente traz desestímulo.
Márcio, em minha opinião, será mantido na seleção sob a alegação de que precisa da estrutura da entidade até a decisão do COI. Além disso, há que se considerar que Márcio não poderia estar no melhor da forma física, tampouco psicológica. Isso pode ter sido determinante nesta seletiva fechada.
Agora nas mãos da CBTKD está essa “batata quente”. Se mantém o atleta como o terceiro na categoria até 58 Kg, pode desagradar aos que acham que a regra deve ser para todos. Agora, se o tira da Seleção, confirma o quão injusta é esta forma anacrônica de selecionar atletas para a seleção brasileira de taekwondo.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Matéria completa do Sensei SporTV sobre o mondolho tchagui de Edson Barboza

Já está disponível no site do SporTV a matéria completa com Edson Barboza, lutador de Muay Thay, que proporcionou ao mundo do MMA o mais lindo nocaute da história do UFC. E a técnica foi um Mondolho Tchagui.
Peço atenção às imagens de Edson aos oito anos, sendo treinado por Márcio Monnerat, mestre de taekwondo que enveredara para o Muay Thay naquela década.

Veja a matéria aqui

Participe da enquete do Sensei SporTV



quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Não há como compreender certas coisas


Marcus Rezende

A gente tenta até ter dar uma força à CBTKD. Porém, a entidade, às vezes, não ajuda. Estamos há menos de duas semanas do divulgado Curso Internacional com um dos maiores técnicos do mundo, Jean Lopez e seu irmão multicampeão, Steven Lopez, e ainda não temos definido o local do evento.
Daí, logicamente, a insegurança é gerada e quem se inscreveu acaba não confirmando o pagamento. Mas por quê? Porque as pessoas precisam se planejar.
A entidade nacional, até que vai indo bem em alguns aspectos. Todavia, em outros, está em total descompasso com ações básicas de uma administração desportiva minimamente organizada. No caso deste seminário, nada justifica a não publicação do local de onde o evento irá acontecer, aqui no Rio, no dia 3 de Fevereiro. Este tipo de coisa tira a credibilidade da entidade. As pessoas ficam com medo de pagar por algo que pode não acontecer.
Como exemplo desta falta de informação, peguemos a ausência total e completa de notícias sobre o Curso ministrado no dia 20 de Novembro do ano passado pela Kukkiwon, no Rio de Janeiro, oportunidade em que dezenas de mestres brasileiros fizeram o esperado exame de equivalência de dan nacional com o internacional. Até hoje sequer uma nota foi publicada. Isso é normal? Se for, me perdoem a crítica. Mas pra mim, configura-se em falta de consideração com diversos mestres de todo o país.
E vejam que só para o curso pagou-se R$ 250,00, somados ao valor do certificado internacional. Os que fizeram para 7º Dan, tiveram que dispensar R$ 1.100,00 só do certificado, fora os gastos com transporte, estadia e alimentação.
Continuo afirmando, tem gente dentro da confederação que está desenvolvendo um ótimo trabalho em setores da burocracia interna. Porém, é só.

Até às 20h; do dia 25/01/2012 não havia nenhuma publicação sobre o local do Seminário dos irmãos Lopez, aqui no Rio.
Que bom. Local publicado no dia seguinte.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Sensei SporTV debate neste sábado o Mondolio tchagui de Edson Barbosa

Na foto, Márcio Monnerat, no final dos anos 70, aplicando um tio sambal aptchagui (marciomonnerat.com.br)



Marcus Rezende


Neste sábado a meia noite e meia, no programa Sensei SporTV, estarei dando um depoimento sobre o chute aplicado pelo lutador Edson Barboza, que nocauteou o inglês Terry Etim, no UFC 142. Edson afirma que o chute vem do Muay Thay, porém, a técnica conhecida no Taekwondo como Mondolio tchagui não é do Muay Thay, mas sim aplicada por esta e outras modalidades de luta em pé faz um bom tempo.



O grande lutador, após a grande vitória, explicou que a intenção era, na verdade, aplicar no adversário um TUI TCHAGUI. Opâ!! ele disse o quê? TUI TCHAGUI. Mas este é um chute do Taekwondo. Será que quem ensinou o Edson a lutar Muay Thay, antes treinava taekwondo?



Foi fácil entender o porquê de um lutador de MuayThay aplicar com tamanha eficácia um chute característico do taekwondo. Edson foi aluno de Márcio Monnerat, que iniciou-se na modalidade nos anos de 1970 com o grão-mestre Jung Roul Kim e iniciando sua carreira marcial como professor de taekwondo na cidade de Nova Friburgo ainda naquela década. O Muay Thay ele passou a ensinar nos anos de 1990.



Na década de 1980, Monnerat tinha uma equipe de taekwondo cujos lutadores eram exímios aplicadores do mondolio tchagui. Os nocautes eram frequentes nos confrontos com atletas de outras academias.



Quando resolveu enveredar para o Muay Thay, já nos anos de 1990 - da mesma forma que fizeram outros professores de taekwondo como Wellington Narani, Flávio Molina e Luís Alves nos idos dos anos 80, – Monnerat não prescindiu desta técnica, nem de outras com raízes no Taekwondo, enriquecendo o Muay Thay que ensinava.



Os praticantes mais novos podem não saber disso, mas se pesquisarem um pouquinho verão que os precursores do Muay Thay, Kicking Boxing, Box Thay e outras, são, quase todos, ex-lutadores de Taekwondo.



terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Jean Lopez no Rio: Seminário muito importante a todos

Foto: usa-taekwondo.us
Marcus Rezende

O Seminário Olímpico Internacional com os irmãos Jean (foto), Steven e Diana Lopez, que acontece no Rio de Janeiro, no dia 3 de fevereiro, é oportunidade única que não deve ser desperdiçada por mestres, professores e mesmo por praticantes já em vias de pegar a faixa preta. Sobretudo por conta do módico valor de R$ 97,00.
Jean Lopez (técnico da Seleção norte americana de taekwondo) é treinador e técnico de seus três irmãos mais novos: Diana, Mark e o mais proeminente deles, Steven (penta campeão mundial e bi olímpico).
Em 2005, Jean conquistou um feito inédito: levou os três irmãos ao título mundial, na Espanha.
No que se refere a universalização de acesso ao que de mais moderno no mundo tem se aplicado em competições de alto nível, trazer o Seminário com Jean Lopez para o Rio de Janeiro foi o primeiro ato realmente significativo da atual administração da CBTKD. Ademais, isso facilitará a participação de taekwondistas do Sudeste e do Sul do país. Em meados dos anos 90, Yong Min Kim trouxe ao Rio o tetra campeão mundial, Kook Hyen Jeong. A diferença é que o coreano era um fenômeno como atleta e não um reconhecido treinador. Em 2000, foi a vez do renomado treinador espanhol Ireno Fargas. O seminário foi muito bom e de grande valia aos que participaram.
Porém, desta vez, teremos um dos melhores treinadores do mundo ao lado do maior nome do Taekwondo mundial de todos os tempos, Steven Lopez. Jean já esteve aqui, em 2008, no evento SOLIDARIEDADE OLÌMPICA, mas a participação foi restrita a poucos participantes. Na ocasião, Jean já alertava para as novas técnicas que deveriam ser treinadas, em vista da utilização dos coletes eletrônicos e da pontuação diferenciada dos chutes no rosto.
Esperamos agora que a CBTKD divulgue com celeridade o local do evento e que, a partir deste ano, no âmbito do fomento, consiga realizar alguma coisa que faça o taekwondo (arte marcial) sair das quatro paredes e cair na boca do povo, pois até o momento, nesse aspecto, nem a gestão anterior, nem a atual fizeram nada, tampouco se deram ao trabalho de pensar em algo. E olha que tem é coisa a se fazer. Vamos esperar.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Competições de taekwondo e arquibancadas vazias

Marcus Rezende

Se formos fazer uma avaliação das atividades de fomento promovidas pelas entidades de administração no Brasil, veremos que, com raríssimas exceções, as únicas coisas que promoveram ao longo de tantos anos foram somente as competições estaduais. Invariavelmente com ginásios vazios. Nas arquibancadas, somente a família e os colegas dos atletas, bem como os próprios competidores a esperar por suas lutas.
O resultado deste desleixo ao longo de todos estes anos é a sociedade não conhecer o taekwondo arte marcial e, muito pouco, o taekwondo olímpico.
Chutes como o Ap (frontal), yop (lateral), nerio (por cobertura de cima para baixo) e mondolho tchagui (giratório), são famosos desconhecidos de quem só conhece o taekwondo pelo nome. Mas também daqueles que conhecem a modalidade por conta de transmissões desportivas pela TV.
A conseqüência desta falta de divulgação, paralelamente a ascensão do MMA, criou uma situação curiosa e um tanto esdrúxula: os chutes desferidos pelos lutadores no octógono do MMA estão sendo creditados tão-somente ao Muay Thay.
Culpa dos jornalistas, narradores e comentaristas? Não. A culpa é de quem nunca pensou em levar o taekwondo onde o povo está. A culpa é de quem esperou que a sociedade subisse as escadas das academias para assistir a uma aula de taekwondo e depois se matriculasse. A culpa é de quem achou que organizando somente competições de taekwondo estaria fomentando a modalidade. A culpa é de quem à frente de uma entidade de administração, só se preocupa com as seleções de atletas.
O taekwondo, durante todos estes anos, não saiu das quatro paredes das academias, tampouco das sedes das entidades.
Nas Olimpíadas de 2004, quando eu fiz os comentários pelo SporTV (na época, o chute no rosto valia só um ponto a mais que o bandal no colete), em um dos intervalos, o narrador virou-se para mim, um tanto entediado com aquelas trocas contínuas de bandal e me perguntou: “o taekwondo é só isso?”. Não havia tempo para lhe explicar que era muito mais que aquilo.
Hoje, as redes sociais estão de certa forma fazendo o que as administrações desportivas deveriam ter feito. Professores, alunos, mestres começam a divulgar o taekwondo em todos os seus aspectos.
Atualmente, as novas regras de competição começam a resgatar uma beleza que estava escondida. Com os chutes no rosto valendo 3 ou 4 pontos, as coisas começam a voltar ao seu devido lugar.
Para fechar, para quem viu, ficamos com a beleza do chute de Edson Barbosa, na luta contra o inglês Terry Etim, no UFC do Rio, ocorrido nesta madrugada de sábado para domingo, dia 15 de Janeiro, demonstrando o poder do giratório do taekwondo: o mondolho tchagui.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

WTF dá sinais de fumaça

Por José Afonso


A mensagem de fim de ano do Presidente da WTF, Sr. Chungwon Choue, de alguma forma nos fornece dicas importantes para as linhas gerais que a entidade máxima do taekwondo mundial propõe e espera de suas afiliadas espalhadas pelos 4 cantos da Terra.

Politicamente correto ou não, este dirigente mundial, desde que assumiu a WTF, sucedendo o questionável Un Yong Kim, vem mantendo um discurso coerente, pois já no início do seu primeiro mandato, definia que o Taekwondo Marcial, o Taekwondo Olímpico e o Taekwondo Social seriam os pilares da sua gestão frente à entidade.

Recentemente, em sua mensagem de ano novo, voltou a lembrar à comunidade taekwondista mundial de suas intenções e dos propósitos da WTF: olhar e cuidar da juventude. Notem que ele deixa muito claro a necessidade de tratarmos como prioridade os sonhos da juventude, principalmente em criar condições a todos de sonharem de forma possível, bem como de vislumbrarem o sonho olímpico.

Desta forma, a dúvida que surge é saber como suas filiadas, que se dizem oficiais no controle do esporte olímpico poderão ajudar, para que se ponha em prática o ideal da Federação Mundial de Taekwondo em 2012, e que políticas devem ser implementadas para o alcance deste objetivo. “Espalhando sonhos e esperança para a juventude do mundo". Fora isto, se “essas esperanças e sonhos são um direito de cada jovem ao redor do mundo”, quais ações seriam necessárias para uma mudança na cultura política das entidades que gerenciam o esporte no Brasil, para que cada dirigente contemple isto na prática.

Na realidade, quando o Presidente Choue define a prioridade, ele chega a citar os desalojados e menos favorecidos da sorte, ou seja, os excluídos. Isto nos remete a um ponto relevante: quais ações taekwondistas estão adequadas como ferramenta de inclusão social e como instigamos o interesse dos jovens à prática do taekwondo?

Ainda que alguns trabalhos existam, feitos de forma isolada ou desarticulada, além das possibilidades que o Programa Mais Educação oferece, pouco observamos nos discursos dos nossos dirigentes alguma disposição neste sentido.

A cultura política que norteia as ações em nossas entidades ainda precisa de um choque de propósitos. Muitos dos nossos dirigentes precisam perceber a relevância de suas funções, seu papel como agente social e o significado de ser altruísta. E mais: precisam de maior conexão com os propósitos e campanhas da entidade mundial.

Gerenciar um esporte olímpico deve ir além da perspectiva míope da média dos nossos cartolas desportivos. O que seria, por exemplo: “e ajudar a retirar crianças da rua e conduzi-las a um estilo de vida disciplinada e orientado por objetivos”.

Além disso, se:

Os Jogos Olímpicos trazem um espírito de desportivismo, triunfo e glória a todos que já tenham assistido ou testemunharam sua grandeza. Mas isso só pode ser alcançado pela esperança que é instilada dentro de nós de que é possível alcançar, e isto começa no coração dos jovens. Este ano, começamos um esforço maior para espalhar essa esperança e sonhos para a juventude. Mesmo que cada ser humano tenha o direito de tê-los em suas vidas, certamente são os nossos jovens que urgentemente mais necessitam disso hoje. Os jovens de hoje são os campeões de amanhã!

Qualquer ação política que os órgãos responsáveis pelo taekwondo, vinculados a WTF, queiram vislumbrar para este ano, passa por um redirecionamento agregador, principalmente àqueles que venha a esboçar sonhos e esperanças com o esporte olímpico.

Num país onde tudo é possível, quem sabe não nos deparamos com um cenário mais animador.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Taekwondo: dos ringues para as quadras


Por: Mestre Jair Queiroz

Imagine o seguinte diálogo entre um leigo e você, praticante de taekwondo.

L - Qual arte marcial você pratica?

Vc - Taekwondo.

L – Ah, sim! Aquela luta das olimpíadas, da Natália e do Diogo Silva, não é?

Vc - Não, aquele é o esporte que se originou da arte marcial taekwondo.

L - Como assim? Não é a mesma coisa?

- Não. O taekwondo olímpico segue uma regra própria e envolve apenas um aspecto do taekwondo, que é própria luta competitiva. Usam-se diversos protetores para preservar a integridade física do atleta. O taekwondo só se tornou olímpico no ano de 1988 e blá,blá, blá... Já a arte marcial é mais completa e complexa. Envolve a prática dos poonsaes, ho shin sull, kiocpá, além de aspectos históricos e filosóficos. Tem mais de duas mil e oitocentas técnicas de ataques e defesas com as mãos e os pés e blá, blá, blá...

L – Mãos??? No taekwondo se usa as mãos?

Vc – Sim, aliás, a palavra taekwondo significa “luta com os pés e com as mãos” e blá, blá, blá...

L - Então é muito melhor!?

Vc - Na verdade não há melhor nem pior. Cada qual segue sua linha e (mais uma vez) blá,.. blá, blá...

Depois de muito blá, blá, blá, o leigo sai mais confuso do que quando iniciou a conversa. Dentre suas dúvidas mais atrozes certamente estão: Ora, se tem tudo aquilo no taekwondo, então por que não usam na competição? Se não usam, então por que treinam? Uma luta tão completa, que até se assemelha ao MMA, não é mais eficiente do que uma em que o lutador marca pontos num colete eletrônico? Onde está a marcialidade nisso? E aquele grito do “guerreiro” (kihab) que serve para concentrar a energia e desconcentrar o adversário no momento do golpe fatal. Como é possível fazê-lo mordendo um protetor bucal?

Enquanto isso você fica amargando uma sensação de que jogou conversa fora e não conseguiu explicar nada. Ou até explicou, mas não convenceu. Mas, não fique chateado por isso, pois realmente não é tão fácil assim e todos nós já passamos por situações semelhantes e, mais do que isso, muitas vezes também nos pegamos confusos. Afinal, ensinamos o taekwondo marcial ou o olímpico?

Há, de fato, uma dicotomia no taekwondo moderno a começar pelos dois órgãos que o administram em nível mundial, a World Taekwondo Federation e a Kukkiwon. O primeiro cuida do taekwondo desportivo, da organização e execução das grandes competições etc. O segundo se dedica a arte marcial.

Isso equivale a dizer que tudo aquilo que não é diretamente ligado à competição, mas à estrutura da modalidade, suas bases, formas, nomenclatura, formação de mestres, graduações de faixas e seus respectivos registros, são de competência da Kukkiwon. Mesmo os atletas olímpicos devem antes ser registrados na Kukkiwon que controla o cadastro de todos os detentores de dans. Opa! Mas se são atletas olímpicos, porque são registrados no órgão que cuida da arte marcial?

Como eu disse antes, não é tão fácil explicar essa lógica surreal, por isso, vou ficando por aqui. É melhor descansar que amanhã tem treino. Marcial ou olímpico????

Mestre Queiroz, 5º Dan – Psicólogo, psicopedagogo e pós graduado em Segurança Pública, com foco em Polícia Comunitária - Londrina – PR

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Recesso do futebol novamente não aproveitado

Mais um ano se passou sem que se aproveitasse o espaço deixado pelo futebol brasileiro no mês de Dezembro para dar mais visibilidade ao nosso já tão combalido taekwondo.
Com o futebol de férias, o taekwondo teria enormes possibilidades de marketing. Porém, o espaço na mídia foi bem aproveitado por quem soube se planejar, sabendo que competir com o futebol em tempos de calendário ativo é tarefa árdua.
Nos dias 26 de Dezembro e 1º de Janeiro, por exemplo, pudemos ver o programa Esporte Espetacular transmitir um evento chamado “Nas Ondas”. Dois grupos de competidores (protagonizados pelo modelo Paulo Zulo e o ex-BBB Diego Alemão) travando uma disputa em Itacaré, na Bahia, com provas de surf, trilha, arvorismo etc.
São tantas as possibilidades existentes para o taekwondo, que não seria eu, aqui, que iria sugerir. Todavia, fica novamente o registro já feito em outras oportunidades.
O problema é que no aspecto PLANEJAR PARA O FUTURO a turma é resistente e não enxerga as enormes possibilidades de marketing para a nossa arte marcial.
Porém como este é um ano de Olimpíadas, os espaços, mesmo que esparsos, aparecerão em torno de nossos atletas olímpicos. Mas ainda é muito pouco.