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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Nova Assembléia para afastar presidente da CBTKD


CLIQUE NA IMAGEM E VEJA O TEOR DO NOVO EDITAL

Apesar de ter sido publicado, o Edital de convocação de uma Assembléia Geral Extraordinária foi retirado do site da CBTKD, logo após o retorno à entidade (por decisão judicial) do grão-mestre Jung Roul Kim. Todavia, a AGE está oficialmente marcada para o dia 24 de novembro, às 9h.
Desse vez, o grupo de presidentes que quer o afastamento do presidente, para que a auditoria interrompida seja finalizada, vai ratificar a decisão. Os auditores querem concluir se houve ou não gestão temerária por parte do presidente.
O edital anterior que afastara o presidente continha um erro material. O fato foi levado à Justiça pelos advogado do grão-mestre Jung Roul Kim e a decisão de retorno imediato foi aceito. A juíza que analisou o caso explicou em sua decisão que o edital anterior não deixou claro que o objetivo da Assembléia era também o de afastar o presidente.
Dessa vez, a Ordem do Dia explicita o que se pretende fazer.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

As capitanias hereditárias do taekwondo brasileiro

Marcus Rezende

Caso Carlos Fernandes realmente assuma a CBTKD, há um assunto do qual terá que posteriormente se debruçar para resolver com lucidez. Trata-se do poder dos mestres brasileiros examinarem seus faixas pretas, independentemente do aval da federação a que pertença ou de outro estado. Se será necessário um regulamento para isso, que fique claro tal liberdade. Não é possível que a situação dos estados seja vista como se vivêssemos ainda em capitanias hereditárias. Ou seja, um mestre precisar pedir autorização a uma federação para poder examinar dentro de outro estado é ilegal, imoral e se configura em enorme retrocesso.

Há quem defenda que os exames devam ser monitorados pelas federações. Pois bem, respeito quem assim pensa. Todavia, para mim isso é utopia; monitorado ou não, bons e maus profissionais sempre vão existir em todas as áreas. As entidades têm mais em que se preocupar. Não podem despender tempo em fiscalizar se o sujeito está apto ou não a ser faixa preta. Se o camarada sabe ou não sabe executar um AP KUBI PALMOK ARE MAKI.

Vamos a um exemplo. Fulano é mestre 6º Dan e ensina no Espírito Santo. Possui mais de 300 alunos. Tempos depois, quatro deles (1º Dan) se mudam para outros estados e começam a ensinar taekwondo. Montam suas academias e obtêm bastante sucesso. Ao final de seis meses constituem um grande número de alunos e vão precisar examiná-los. Como ainda não são mestres, não podem fazê-lo. Quem deve ter o direito de examinar estes alunos? As bancas examinadoras das federações daqueles estados ou Fulano? Eis o gargalo.

É lógico que Fulano, pois além de ser mestre, possui o vínculo legítimo e direto com seus discípulos, não importando em que estado seja. Portanto, o fato de um mestre ir a um estado fazer exames deveria, já, há bastante tempo, ser encarado como algo normal, porque ANORMAL é o impedimento com a pecha de ILEGAL.

É como se o CERTO fosse o mestre dizer ao discípulo: “Olha, meu filho, você treinou comigo por todos estes anos e agora que está ensinando em outro estado, o seu mestre será aquele que o presidente da federação lhe indicar” .

Agora eu pergunto: se os presidentes das federações fossem trocados, os atuais, fora do poder, levariam seus alunos para serem examinados por uma banca escolhida pelo novo presidente?

É a velha máxima: pimenta nos olhos dos outros é refresco.



terça-feira, 9 de novembro de 2010

Milclei Matos promove novos Faixas Pretas

Da esquerda para a direita: Eu, Eduardo Lopes (destaque do exame), grão-mestre Milclei, mestres Valter e Josinaldo, que também compuseram a banca de examinadores.

No último dia 7 tive o prazer de fazer parte da banca examinadora de um grande amigo, o grão-mestre Milclei Matos. Ele promoveu à faixa-preta nove alunos, bem como graduou ao 2º e 3º Dan mais três. Dentre eles Eduardo Lopes, aluno antigo, que fez um belíssimo exame. O evento ocorreu em Vila Valqueire no Centro Comunitário do Deputado Estadual Marcelino D’Almeida, local onde o grão-mestre ensina gratuitamente.

Antes do exame dos faixas-pretas, diversos alunos foram examinados para as faixas coloridas em uma grande festa.

No discurso, agradeci pelo convite, parabenizei os participantes e disse que para largar a família no final de semana, só mesmo para atender a um convite de um grande amigo. Lembrei do exame que realizei com o mestre Ricardo Andrade, em Niterói, no qual Milclei se fez presente sem nada cobrar por isso.

E, da mesma forma, sempre que convidado pelo amigo, a reciprocidade é a mesma, dentro desta grande amizade marcial.

Não faz muito tempo que mestres do Rio de Janeiro sofriam para poder examinar seus próprios faixas pretas e receber integralmente os devidos e merecidos honorários, sem precisar repassá-los a um grão-mestre ou a um presidente de federação. Depois que Carlos Fernandes assumiu a Federação do Rio, esse problema acabou. Hoje, com nova administração, mesmo com as dificuldades ainda existentes, o sistema de liberdade para os mestres cariocas examinarem seus alunos deveria servir de exemplo para presidentes de federações de outros estados.