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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Tempos da Inquisição na versão da nova CBTKD

Marcus Rezende


O que me deixa mais estupefacto não é o fato de o Presidente provisório da CBTKD, sr. Carlos Fernandes, sair desfiliando federações e respectivos presidentes; dirigentes e mestres independentes sem a autorização do STJD da entidade. Não! O que me deixa provisoriamente aflito é o fato de os punidos (por um conselho ilegítimo formado pelos presidentes das federações e amigos do altíssimo com procurações) nada fazerem para impedir esta situação. De não irem à Justiça cobrar todos os danos morais causados pela exposição das aberrações dos últimos dias. De não pedirem liminarmente à Justiça o desfazimento deste ato ilegal sem precedentes na história do esporte nacional.
Como pode um dirigente de uma entidade nacional criar uma legislação própria, desconsiderando a legislação desportiva que diz que qualquer penalidade de desfiliação de atletas, dirigentes, entidades, precede obrigatoriamente do crivo do STJD, orgão independente da CBTKD cuja função é justamente julgar e punir as infrações tanto de atletas, membros registrados e os próprios dirigentes? Jogou esta atribuição às costas dos presidentes das federações, alguns deles escandalosamente recebendo benesses (advindas da Lei Piva e do Ministério dos Esportes) e achando que estão fazendo a coisa correta.
A punição dos dirigentes Marcelino Barros (vice-presidente da Federação de Taekwondo de Minas Gerais) e de Yeo Jun Kim (Presidente da Federação de São Paulo), bem como a desfiliação das duas Federações (por meio de voto em Assembleias Ordinárias e Extraordinárias) é tão absurda que as consequências deste ato insano PODERIAM, e talvez possam, DETONAR a combalida gestão da CBTKD. Para isso, basta que os caras se mexam, ora.
É triste ver dirigentes de entidades tão significativas no cenário taekwondista brasileiro aceitarem passivamente o golpe ilegal e ficarem quietos e calados, sem ao menos gritarem à imprensa que há um ditador cometendo diversas ilegalidades no taekwondo brasileiro, rasgando as leis desportivas do país e se respaldando tão-somente no voto dos presidentes das federações, uns até detentores de cargo dentro da confederação, remunerado com dinheiro público.
De nada adianta demonstrar por meio do “you tube” que se tem força dentro do estado. É preciso mais contundência. Por exemplo: pegar os discípulos e um grupo grande de filiados, paramentados de dobok. Posicionar todos à porta de um grande jornal. Comunicar a outros órgãos de imprensa sobre a manifestação que irão fazer e mandar ver na denúncia do que está acontecendo nos bastidores do taekwondo brasileiro. Fazer cartazes em prol da legalidade desportiva. Fazer que a imprensa tenha de perguntar ao Rei: POR QUE isso? POR QUE aquilo? Ele terá de dizer que rasgou a lei e usou o estatuto da entidade e que o estatuto dele não precisa respeitar a lei maior.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Entramos em 2013 com os vícios de 40 anos atrás

Marcus Rezende


Estamos entrando em 2013 e até hoje, passados mais de 40 anos de implantação do taekwondo no Brasil, continuamos a vivenciar aberrações praticadas por dirigentes do nosso taekwondo relativas aos exames de faixas, sobretudo aos de dans.
Quando revestidos da capa de autoridade administrativa, quase a totalidade dos dirigentes de nosso taekwondo obrigam a que professores e mestres entreguem seus alunos a uma banca promovida pela entidade (ou melhor, por eles). Causa-me asco verificar que os ingênuos formadores de praticantes e atletas atendem a este chamado obrigatório sem questionar tal legalidade. Mais asco ainda sinto quando os dirigentes (revestidos de seus dans) sustentam suas famílias e compram seus bens materiais com o dinheiro auferido nestes exames de faixas. Renda retirada de praticantes que eles nunca viram na vida. E fazem isso como se fosse algo legal. O LEGAL que eles criaram para ganhar dinheiro. VERGONHA!!!!
Uma entidade de administração deveria primar sobretudo pelo fomento da modalidade e a consequente filiação de parte destes praticantes às entidades de administração desportivas estaduais e nacional. A primazia: desenvolver a modalidade na seara desportiva, dando subsídios publicitários para que professores e mestres consigam ter um quantitativo de alunos condizente com a nova ordem mundial desta modalidade. Os exames de faixa? Isso é e sempre deveria ter sido competência de cada Kwan (escola) e de seus respectivos mestres.
Porém, além de nada fomentarem, e alheios ao que está na Constituição Federal, obrigam aos poucos praticantes que existem, que sejam registrados. Na ignorante avaliação desta gente, praticante não registrado é considerado por eles como praticante ilegal.
Os que ainda possuem um pouco de conhecimento da lei, não dão guarida para essa gente descomprometida com o que é correto. Realizam o trabalho próprio na seara marcial, sem se preocupar se terão atletas campeões estaduais, brasileiros ou olímpicos. Acabam não fomentando, entre os alunos, a vontade que poderiam ter de competir. E isso é ruim para o Brasil. Todavia, em nada atrapalha o trabalho de quem ensina a arte marcial.
Mas quem disse que essa turma de dirigentes está se importando com isso. Enquanto os recursos dos exames de faixa estiverem sendo desviados de quem realmente merece recebê-los, pouco importa se o número de atletas cresce ou não no Brasil.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Atleta da Seleção Brasileira testa novos faixas pretas de Niterói

O atleta da Seleção Brasileira de Taekwondo, Douglas Marcelino, foi a grande estrela do último exame de faixa do ano da Escola de Taekwondo Highway One, de Niterói (RJ), dirigida pelo mestre Ricardo Andrade. O teste ocorreu neste sábado, dia 22, e Douglas foi convidado a participar da última parte do exame de três integrantes da Escola HO, que foram examinados à faixa preta.

João Paulo Ribeiro, Caio Falcão e Bruno Barcelos (na foto, respectivamente da direita para a esquerda) foram testados pelo atleta da elite do taekwondo brasileiro na hora do combate obrigatório. Eles puderam sentir na pele o quão difícil é lutar com um atleta de nível internacional e perceber que o caminho a ser trilhado por quem quer ser competidor de alto nível não é tarefa fácil.
    Douglas foi treinado por Ricardo Andrade por muitos anos. Além de diversos títulos nacionais e internacionais, ele tem no curriculo, como um dos grandes momentos da vida como atleta, a vitória (em 2001, no Mundial da Coreia) sobre o atleta do país anfitrião, feito inédito entre os homens do Brasil.




    Na oportunidade, também, a banca examinadora graduou dois faixas pretas ao terceiro dan (Arialdo Félix e Sérgio Garritano) e formou o seu primeiro mestre, José Paulo Gurgel, que, após 20 anos de treinamento, pegou o 4º Dan.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Presidente da CBTKD revela toda a sua mágoa com as mídias que o criticam

Marcus Rezende

Tem sido generalizada a opinião de que o taekwondo brasileiro ainda não entrou nos trilhos da evolução desportiva, mesmo com todo o investimento público dispensado à entidade desde o advento da Lei Agnelo Piva, em 2002, superdimensionado com a entrada da Petrobrás no jogo ano passado. O que podemos observar de verdade é um “NADA ACONTECE”, no quesito resultados e, sobretudo, transparência administrativa. 
  Confetes e serpentinas são disparados às mídias que apoiam o mandato do atual Presidente Provisório em Exercício, na tentativa de jogar uma cortina de fumaça em uma administração envolta em suspeições gravíssimas de desvios de verbas públicas e que foram divulgadas em algumas mídias jornalísticas. Exemplo: Leia em Aracaju Virtual.
E o provincianismo desta gestão ficou latente, quando o atual presidente concedeu uma entrevista ao portal BANG. Eu simplesmente não acreditei no que estava vendo e ouvindo. O entrevistador fez algumas perguntas iniciais. Depois do oitavo minuto, ele ficou parado ouvindo somente o presidente falar, sem intervir. Teria sido melhor que dissesse ao presidente que fizesse uso da palavra da maneira que quisesse.
Francamente...eu cheguei a dar umas boas gargalhadas, pois fiquei imaginando pessoas bem formadas e informadas, alheias à crise taekwondistas brasileira, olhando aquilo.
Ele agradece o espaço do site e diz que não tem direito de resposta em mídias que o criticam. O entrevistador pede que ele avalie os dois anos de gestão. Diz que entre as cobranças e vitórias e conquistas, teve mais vitórias. E dai por diante diz que as mídias não atacam a CBTKD, mas sim a pessoa do presidente. Dai diz que o trabalho tem sido bem positivo. Em seguida, de forma breve, diz que desenvolveu um trabalho de igualdade entre as federações a começar pelo ranking. Ora...o que uma coisa tem a ver com a outra? Mas vamos lá. Em seguida, junta a ideia de DIREITO de todos os atletas, dizendo que no passado uns eram mais favorecidos que os outros. Aí complementa afirmando que quatro ou cinco estados é quem estavam “comendo e o resto do Brasil servindo de plateia” e repete que esse é o grande diferencial da gestão dele. Ou seja, ele acaba não dizendo nada.
Em seguida o repórter pergunta como ele pretende continuar em 2013 seguir o lema de apostar nos mais jovens e equipar as federações. Aí, é preciso colocar na íntegra, pois não sou eu quem estou inventando. As palavras são dele: “olha, o Brasil está passando por um momento olímpico...2016 tá aí...O Brasil acordou tarde, mas acordou. Outras países já estão com este trabalho já sendo desenvolvido há praticamente 20 anos. Eu acho que nós temos que agora, já que a CBTKD começou com esse trabalho de igualdade para todos os estados. Eu acho que chegou a hora de nós começarmos a apostar nos novos valores. Eu acho importante também a presença dos atletas experientes...mesclar..né?...os atletas novos com os atletas experientes”...
BEM PROFUNDO!!
E continua na mesma linha de falar e não dizer objetivamente nada de concreto e preciso.
Daí, o repórter dá a senha para o grande final, lieralmente falando. E que final. O repórter faz a afirmação de que HÁ UM PEQUENO GRUPO CRITICANDO a atual gestão. Daí por diante, o leitor não pode deixar de assistir as pérolas iniciadas assim: “amigo, essa pergunta é uma pergunta muito interessante, que eu faço até questão de responder:

sábado, 10 de novembro de 2012

Grão- mestres desfazem boato

Sobre o que foi publicado nas redes sociais - quanto ao que se conversou na CBTKD no dia 30 de Setembro entre o presidente provisório da entidade nacional, Carlos Fernandes, e os sete grão-mestres do Rio de Janeiro – por ocasião da criação da nova federação de taekwondo do Rio de janeiro, pude confirmar que a notícia relacionada a obrigatoriedade de presença de um dos grão-mestres em todo e qualquer exame de faixa no Rio de Janeiro, não passou de um boato.
Milclei Mattos e Hernandes Marques disseram que nada sobre o tema foi discutido e que tão-somente um dos grão-mestres presentes tocou neste assunto, o qual sequer, segundo Hernandes, foi levado adiante.
Segundo Milclei, a intenção do encontro era o de travar um diálogo com o presidente da nova federação, porém ele não compareceu. Restou então a oportunidade ouvir o que tinha a dizer o presidente da CBTKD quanto ao que se pretende para o taekwondo nacional.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Grão-mestres podem ser mal interpretados

Marcus Rezende

Estou afastado do blog por questões profissionais e impedido de publicar as novidades do nosso taekwondo. Porém, abri espaço em meus estudos para tecer considerações sobre um fato atípico ocorrido agora no Rio.
Recuso-me a acreditar que alguns dos meus prestimosos amigos do Rio de Janeiro estejam realmente de acordo com as maluquices criadas pela confederação esfacelada e desmoralizada, a qual destituiu a federação mais antiga do Brasil e capitaneou a criação de uma outra genérica.
Apesar destes amigos cariocas terem participado de uma reunião dentro da entidade para conhecerem as vantagens que a nova nova federação supostamente dará aos praticantes fluminenses e educadamente também se deixarem fotografar para serem usados para a propaganda particular do detentor provisório do trono, tenho absoluta certeza que alguns deles jamais se utilizarão de de 7º Dan que possuem para auferir lucro em exames de faixa de professores que nada tem a ver com eles.
Está sendo divulgado que nenhum mestre poderá examinar faixas pretas e coloridas no estado sem a presença de um dos grão-mestres que aparecem na foto da entidade, a qual não publico para não gerar problemas jurídicos com os que desconhecem o sentido da palavra democracia. Tenho certeza de que os grão-mestres Milclei Mattos (ao fundo de camisa listrada); Hernandes Marques (à frente e de camiseta vermelha) e José da Silva (a esquerda de blusa branca estampada), não vão se aproveitar dessa ideia doida e ilegal, cujo conteúdo só pode ter saído da cabeça de quem não tem o mínimo de respeito aos verdadeiros responsáveis pelo fomento do taekwondo: o professor.
Até que me provem o contrário, continuo acreditando no caráter destas pessoas, as quais conheço há mais de 30 anos.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Alerta Geral!! Tsunami devastará o “castelinho de areia”

 
Jair Queiroz

Autoridades do Observatório de ALERTA DE TSUNAMI, estiveram reunidos mais uma vez para analisarem os efeitos que deverá advir da nova entrevista a ser apresentada pelo Canal ESPN e concluem sobre a ocorrência de um tsunami que deverá devastar as estruturas do taekwondo brasileiro nos próximos dias.
Trata-se de um fenômeno natural e está sendo atribuído ao calor intenso gerado pela teimosia das autoridades constituídas - ou quase constituídas - que insistem em dizer que tudo vai bem, apesar de tantas evidências contrárias. O sinistro deverá acontecer até o final de outubro e deixará a vista muita sujeira que atualmente se encontra oculta embaixo dos tapetes da entidade nacional.
Esse abalo sísmico será mais forte que o primeiro ocorrido no mês passado após a entrevista levada ao ar na 2ª matéria da série de reportagens intitulada “No mundo encantado do COB”. Disse um observador que o “chão irá tremer em escala máxima” e certamente abaterá rei decadente e seus vassalos.
Outra informação é de que desta vez os abalos não virão de apenas uma fonte, mas de outras que estão sendo mantidas em segredo para não alarmar muito a comunidade. Na sequência do tremor, ondas gigantes deverão devastar para sempre a carcomida estrutura do poder central. Afinal as práticas antiéticas, ilícitas, antidemocráticas e inconstitucionais de seus dirigentes diretos e que agora estão vindo à tona, estão no epicentro do tremor.
Embora seja uma tragédia sem precedente na história da entidade, os analistas são enfáticos em afirmar que “depois da tempestade virá a bonança”. Referem-se à nova dinâmica que será instaurada no reino, proporcionando a abertura política, respeitando e oportunizando a participação de todos, sem pressões e retaliações, interrompendo o ciclo das perseguições, modernizando a administração, dando transparência aos atos financeiros, priorizando o bem coletivo e não mais os interesses de alguns.
Aqueles dirigentes que foram coagidos a “participar do jogo nefasto do corta cabeças”, poderão, enfim, respirar aliviados e livres para exercerem sua liderança positiva em prol do taekwondo. Uma nova era está por vir.
Aguardem que em breve estaremos divulgando dias e horários dos novos abalos. Quem quiser consultar as fontes vejam o site www.fetron.com.br, no Facebook e em toda a mídia alternativa e livre que monitora as ações políticas da CBTKD.
Mestre Jair Queiroz – Londrina/PR.


sábado, 29 de setembro de 2012

Em programa do ESPN, ex-dirigente da CBTKD apresenta provas de ilucitudes cometidas pela atual gestão da entidade

Na foto, Marcelino (esquerda) apresenta ao repórter Marcelo Gomes,
do ESPN, alguns documentos que comprovam ilicitudes 
da atual gestão da CBTKD 


O ex-vice presidente técnico da Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD), Marcelino Barros, vai dizer tudo o que sabe no programa “História do Esporte” do canal ESPN. Entrevistado pelo repórter Marcelo Gomes, o mestre 6º Dan, que comandou a área técnica da confederação de 2003 a 2008, assegurou que vai revelar fatos que vão abalar a estrutura do taekwondo brasileiro. Ele não quis adiantar nada. Porém afirmou que são denúncias gravíssimas, e todas com apresentação de provas comprobatórias. As acusações graves, segundo Marcelino Barros, vão deixar em xeque a atual gestão da entidade nacional.
A matéria está prevista para ir   ao  ar no próximo sábado, dia 06/10, às 21h. Fiquem ligados na programação da emissora.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

O homem que vendia ilusões


Mestre Jair Queiroz
Num certo reino decadente havia um homem que se apresentava como vendedor de ilusões. Tinha um porte altivo e uma verve invejável, embora fosse um tanto bronco e nenhum pouco dado a erudições. Tudo o que sabia fazer era vender ilusões.
Muitos o admiravam e adquiriam o produto que ele lhes oferecia sem nenhum questionamento. O argumento que ele empregava para convencê-los era basicamente o seguinte: “Ninguém vive sem ilusão, pois ela é o reflexo dos nossos desejos. Quanto mais desejamos, mais nos iludimos e iludidos corremos atrás da realização dos nossos sonhos. Se não temos ilusão é porque não desejamos e se nada desejamos, nada realizaremos”.
Era convincente o bastante e as vendas se multiplicavam. Chamavam-no, por isso, de “O Mago das Ilusões”, um verdadeiro bruxo, capaz de vender o invisível.
Porém o grande mago das vendas não dava garantias da eficácia daquilo que vendia, dizendo que isso faria com que os iludidos se tronassem pragmáticos, analíticos, o que tornaria a ilusão uma mercadoria sem valor. “Se vocês destruírem a fantasia das ilusões ela perderá o efeito – dizia - então é primordial que continuem sonhando, acreditando e se iludindo. Só assim terão a energia para continuar apostando que um dia tudo será melhor”.
Com o passar do tempo, muitos dos compradores de ilusões foram perdendo as esperanças, pois a prometida realização não vinha. Passaram a desconfiar das suas promessas grandiosas, mas que não lhes ofereciam qualquer segurança.
Consultaram então um sábio local e lhe disseram. “Ele nos vende ilusões dizendo ela poderá nos redimir dos fracassos do passado, mas não vemos resultados concretos. O rombo financeiro aumenta, as perseguições continuam e as denúncias de má gestão de dinheiro público se multiplicam. O que nos falta compreender? – perguntaram.
O sábio, vendo o desespero no olhar daqueles, meditou, e, no fim, lhes disse: “É preciso que removam a venda que lhes escurecem a visão. A ilusão se aproveita da escuridão e a escuridão conduz ao abismo. São mágicos os que dizem criar realidade do nada absoluto e os mágicos são apenas artistas que usam truques para falsear a realidade. A verdade, senhores, é mais dura, porém é a única maneira de se chegar ao sucesso. Requer planejamento, senso administrativo e sabedoria no trato com as pessoas. Além disso, ela não é vendida, mas oferecida graciosamente aos que tem senso de justiça, equidade e discernimento e pensam não apenas no próprio e imediato sucesso, mas no bem coletivo e duradouro”.
E assim, aos poucos, seus admiradores foram se convencendo e o vendedor de ilusões passou a ser repudiado e detestado por todos, menos por seus principais sequazes, aqueles cegos, adoecidos pela vaidade pessoal e a sanha de poder absoluto.
Esses, fatalmente, afundarão com ele “para a nossa alegria!”
Mestre Jair Queiroz – 5º Dan – Londrina – PR.
(Perseguido pela Santa Inquisição da CBTKD)

sábado, 22 de setembro de 2012

Dinheiro não falta; o que falta é projeto político para o taekwondo brasileiro

Marcus Rezende


O taekwondo brasileiro clama por simplicidade. Através de planejamentos simples seriamos capazes de chegar mais à frente nas competições internacionais. Do jeito que a coisa está sendo planejada (apesar de parecer bem elaborada e cheia de esquemas no power point), o resultado final disso tudo poderá ser pífio e o êxito de alguns, tenham certeza, será devido ao esforço pessoal. E não vou nem comentar aqui a forma ditatorial de fechamento de portas às competições chanceladas pela CBTKD aos que não estiverem já em 2013 com o registro internacional WTF GMS. Isso é tema para outra resenha.
Vamos ao que propomos. Há 10 anos venho prenunciando o sobredito. Isso porque há 10 anos estão tratando o taekwondo (um esporte individual) como esporte coletivo. Há 10 anos que a CBTKD não impõe um projeto próprio. Há 10 anos baixaram a cabeça para o que foi definido pelo COB, em 2002, como a Equipe Olímpica Permanente. E hoje, com o aporte da Petrobrás, a coisa ficou pior, pois o calendário desta seleção brasileira vai começar em Março, no intuito de atender a renovação dos contratos com a empresa pública. E agora, com o novo aporte do Governo Federal (PLANO BRASIL MEDALHA 2016), que também irá contemplar técnicos e treinadores destes atletas, a coisa vai ficar mais confusa. SERÁ MUITO DINHEIRO CIRCULANDO PARA UM PLANEJAMENTO ADMINISTRATIVO CAMBALEANTE.
Se todo o esquema montado e divulgado pela CBTKD fosse tão somente para definir aqueles que receberiam (durante um ano seguinte) recursos públicos para poderem se preparar, aí sim, eu bateria palmas. Mas não. Vão continuar definindo por meio de uma única seletiva os atletas da Seleção Brasileira para o ano todo seguinte. Isso é um total contrassenso. Se nem no futebol (que é um esporte coletivo) se faz isso, por que o taekwondo tem que fazer? A explicação está no fato de termos à frente da entidade gente que nada entende de esporte.
O pior de tudo é que o projeto em curso há 10 anos já provou que não dá certo, pois define atletas de diversos cantos do Brasil para serem membros da Seleção durante um ano inteiro, em detrimento de outros que vão ficar correndo pelo circuito nacional (sem contato com a elite escolhida). Os de fora da elite, no início de 2014, tentarão novamente a sorte para este círculo vicioso.
Porém, para a escolha dos treinadores e da comissão técnica, quem define é o presidente da CBTKD. Ou seja, o sistema já começa errado ao desconsiderar que cada atleta tem o seu próprio treinador e seu grupo multidisciplinar. Daria, por exemplo, para conceber o nadador César Cielo sendo retirado do seu treinador e de seu clube, para atender aos anseios de treinadores de uma seleção nacional escolhida pelo presidente da confederação daquele esporte? Então por que no taekwondo tem que ser desse jeito?
Nossos dirigentes tinham que ter coragem de dizer aos patrocinadores: o dinheiro é muito bem vindo, mas os atletas contratados não serão blindados; terão que lutar nas seletivas nacionais em igualdade de condições, durante todo o ano em curso.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Escola de Taekwondo de Niterói completa 20 anos


Foto: Flávio Saturnino
Velha Guarda: Marcus Rezende, José Paulo, Lucas Trindade, Ricardo Andrade, João Fábio, Wellington Marques, Leandro Petersen, Raoni Aguiar e Adriana Santos

A Escola de Taekwondo Highway One, de Niterói, comandada pelo mestre Ricardo Andrade, comemorou 20 anos.   A festa foi grandiosa e à altura do trabalho realizado na cidade desde 1992. Os convidados puderam conhecer um pouco da história da HO por meio de um telão pelo qual foram mostradas fotografias que traçavam a história do mestre e de seus alunos. Em outro ambiente, em uma TV (cercada por troféus), filmes de treinos, competições e viagens realizados pelo grupo ao longo destes 20 anos eram apresentados.
Ricardo homenageou e foi homenageado. Ele entregou uma faixa preta honorária a Yani Gurgel, mãe do faixa-preta José Paulo Gurgel (aluno de Ricardo e técnico da equipe de competição da HO). A homenagem foi um reconhecimento à efetiva participação dela em todos os momentos da Escola, ao longo de todos estes anos.
Eu também fui homenageado e fiquei muito lisonjeado. Agradeci dizendo que me sentia um privilegiado por fazer parte de um grupo tão coeso e importante. Mesmo sendo chamando de seu professor, ressaltei que Ricardo foi quem sempre me ensinou ao longo de todos estes anos de parceria.
   Ricardo, que foi técnico da Seleção Brasileira de Taekwondo de 1996 a 2003, lembrou a influência positiva da esposa, Karina Couzemenco (tetra campeã brasileira, campeã Sul-Americana e Bronze na Copa do Mundo de 2000), aos atletas da equipe e registrou a presença do atleta da Seleção Brasileira, Douglas Marcelino, que passou a treinar com ele na adolescência.
Ele fez um agradecimento especial aos parentes presentes e embargou a voz ao lembrar do pai que faleceu recentemente. A tia-avó, Júlia Sanches, de 94 anos, fez questão de se levantar e, de perto, dirigir lindas palavras ao sobrinho-neto.
O ponto mais emocionante, no entanto, foi quando o aluno Lucas Trindade (doutor em Biologia e que mora e trabalha no Japão) pegou o microfone para expressar em nome de todos os alunos da família HO, um agradecimento àquele que direcionou o caminho de cada um dos que ali estavam. Lucas disse que os ensinamentos de ética, conduta, perseverança apreendidos foram muito importantes para os primeiros anos de estudo no Japão.

RICARDO, PARABÉNS POR MANTER A CHAMA DO TAEKWONDO DE NITERÓI SEMPRE ACESA. A FAMÍLIA HIGHWAY ONE AGRADECE!

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Armações para criação de nova Federação em São Paulo

INACREDITÁVEL!
Ou muito me engano, ou está configurada a mais nova armação da CBTKD para destituir a Federação de Takwondo do Estado de São Paulo em favor de outra que está para ser fundada e que vem com o nome de Federação do Estado de São Paulo de Taekwondo.
O site Tkdlivre, em outro sublime trabalho, investigou e publicou o edital de convocação para a Assembleia de fundação desta federação. A Assembleia está marcada para o dia 7 de Setembro, às 18h, na cidade de Marília, em São Paulo. Leia aqui
Difícil não acreditar que tudo esteja sendo encaminhado no sentido de colocar no poder do taekwondo paulista o responsável pelo site Bang, senhor Flávio Bang, em vista de o evento acontecer na cidade de Marília, berço do taekwondo Bang. Mas isso logo logo vamos saber. A princípio, quem assina o edital é o senhor José de Souza Junior. Seria mais uma armação ilimitada do senhor presidente da CBTKD no sentido de tirar de cena o presidente da FETESP, Yeo Jun Kim, e colocar no comando do taekwondo paulista alguém que já o esteja apoiando por meio do site que comanda?
O mais curioso é que a convocação é indistinta a todos os clubes, associações, e pessoas interessadas à tramitação da Ordem do Dia: Fundação da Federação, aprovação do estatuto e eleição da diretoria e conselho fiscal.

sábado, 1 de setembro de 2012

CBTKD tenta sofismar, mas os números do Brasileiro de Poomsae não mentem

Até quando a CBTKD vai ficar induzindo as pessoas ao erro e fazendo propaganda de uma falsa realidade?
É impressionante a desfaçatez vinda da seguinte frase publicada no site da entidade: “O evento realizado no Porto Bello Park, teve um grande número de competidores...”
Vejamos O GRANDE NÚMERO DE COMPETIDORES  na competição de Poomsae

MASCULINO
De 18 a 29 anos: 05 atletas
De 30 a 39 anos: 10 atletas
De 40 a 49 anos: 07 atletas
De 50 a 59 anos: 03 atletas
Acima de 59 anos: 00 atletas
FEMININO
De 18 a 29 anos: 06 atletas
De 30 a 39 anos: 02 atletas
De 40 a 49 anos: 02 atletas
De 50 a 59 anos: 00 atletas
acima de 59 anos: 00
Não é preciso acrescentar mais nada pois o leitor sabe fazer contas.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Projeto Plataforma 2016 – Edital TCP001 – Taekwondo (ano II) – coletes eletrônicos e meias socks


Abaixo, licitação promovida pelo Instituto Passe de Mágica. 
Trata-se de edital para a compra de 40 protetores eletrônicos e 92 pares de meias socks.
O curioso é que o site da CBTKD não informa sobre a licitação, pelo menos até esta postagem. 
Eita CBTKD transparênte, sô!!!!!

O Instituto Passe de Mágica está publicando o termo de cotação prévia TCP001 – Taekwondo (Ano II) – coletes eletrônicos e meias socks, referentes às cotações prévias para equipamentos para a prática de taekwondo do Projeto Plataforma 2016. Todas as normas que regulam a cotação, como prazo, critério de escolha, condições etc. constam no Termo.
Em caso de dúvidas, por favor escreva para edson@passedemagica.org.br.


sexta-feira, 24 de agosto de 2012

CBTKD e suas derrotas na Justiça

Enquanto a CBTKD trabalha para desfiliar federações, a Justiça vai dando cabo de derrotá-la em ações que correm na esfera cível e trabalhista.
Vamos as últimas:
A primeira é da Justiça do Trabalho em favor de Eliane Antunes Reis Hausen e a notificação já foi publicada no Diário Oficial O processo é o 0000146-43.2011.5.01.0021. Eliana requer vínculo empregatício de Janeiro de 2010 a Novembro do mesmo ano, quando, segundo o que consta na inicial, fora dispensada por Carlos Pinto Fernandes, atual Presidente Provisório em Exercício da CBTKD. Os valores a serem pagos estão sendo calculados e deverão ultrapassar os R$ 10 mil.
A outra derrota, beneficia a Federação de Taekwondo do Estado de São Paulo (FETESP), que tivera o campeonato BRAZIL GAMES retirado no sistema de ranking da CBTKD. Porém a FETESP entrou na Justiça para fazer valer os pontos no ranking dos faixas pretas que lutaram no evento.
A Confederação tentou suspender a decisão do juiz, favorável à FETESP, mas teve o pedido indeferido pelo desembargador Marco Aurélio Bezerra de Melo, que intimou a confederação a apresentar as contrarrazões.
Quem quiser acompanhar a contenda, o n° do processo é: 0039182-71.2012.8.19.0000.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

CBTKD pagou aluguel da FTKDERJ até Abril deste ano

Marcus Rezende

Por que a CBTKD estaria pagando desde 2011 parte do aluguel da Federação de Taekwondo do Estado do Rio de janeiro? A mesma federação que foi desfiliada recentemente; a mesma federação que foi presidida pelo atual PPE da confederação; a mesma federação (que após a saída de Carlos Fernandes) foi presidida por Eduardo Guerra, atual Diretor Financeiro da CBTKD.
É verdade, leitor. Parece brincadeira. Mas é isso mesmo.
Como eu sei? O blog começa a ganhar certa credibilidade e as fontes mandam os documentos comprobatórios para que divulguemos, inclusive a proprietária do imóvel nos revelou a ajuda da CBTKD no aluguel da FTKDERJ.
E como o parágrafo 1º do artigo 220 da Constituição diz: “Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social”, vamos ao que interessa:
O imóvel que fica no edifício Lisboa, localizado na Av. Presidente Vargas, 590 sala 1700, no centro do Rio, pertence a Vera Duarte, que em meados de Março deste ano cobrava do ex-presidente da entidade carioca, Eduardo Guerra, a parte do aluguel de responsabilidade da CBTKD.
Ao que pude inferir, a proprietária também reclamava dos constantes atrasos no pagamento.
Guerra, por sua vez, cobrava a responsabilidade pela efetivação dos depósitos a Urbano Ferreira, na época nomeado tesoureiro da CBTKD.
Não estaria então, por conta deste agrado, configurada uma subliminar compra de voto? Mas o voto de quem, se esta federação foi recentemente desfiliada?
É O SAMBA DO CRIOULO DOIDO.
Segundo a proprietária, com quem fiz contato, o aluguel foi firmado com a FTKDERJ em Maio de 2011. Mas em Setembro do mesmo ano “os encargos passaram a ser compartilhados com a CBTKD”. Ela informou no entanto que só recebeu da CBTKD até Abril deste ano.
Cá pra nós, por que então desfiliariam a federação que eles mesmos comandavam? Não há uma contradição nesta história?

Você sabia:

A CBTKD está de mudança para a Rua Barão do Flamengo, nº 22, sala 707, Zona Sul do Rio.
Segundo a fonte, o valor do aluguel seriam módicos R$ 15.530,00. Em tempo, R$ 13.530,00.
Mas não se preocupem, leitor, a Lei Piva paga.
Esta é a NOVA CBTKD, prezando pela transparência de seus atos.



sexta-feira, 17 de agosto de 2012

PPE dificulta entrada de praticantes ao sistema WTF GMS e ainda quer trazer Mundial para o Brasil

Marcus Rezende

O site Bang publicou matéria dizendo que CBTKD vive momento especial também no cenário internacional e que o Presidente Provisório em Exercício da entidade nacional travou reuniões com os presidentes da Federação Mundial (WTF) e  União Panamericana de Taekwondo (PATU) em Londres, por ocasião dos Jogos Olímpicos, e que o PPE disse que foi muito bem recebido por ambos e que deseja trazer o Mundial de 2015 para o Brasil. Até aí, morreu o Neves. O Brasil, depois da Copa do Mundo de 1996, no Rio de Janeiro, nunca mais cogitou qualquer outro evento em nível mundial. 
Já estava mais do que na hora se falar sobre um evento deste porte no país. Todavia, é preciso saber se esta gestão terá competência para alinhavar tal compromisso, pois se não conseguiu reter recursos para levar os 20 atletas da equipe juvenil para o campeonato mundial deste ano, tampouco a equipe principal para o Sulamericano na Argentina o que dizer quanto a capacidade para organizar um campeonato mundial? É ATERRORIZANTE.
Segundo o texto, a reunião se encerrou COM CHAVE DE OURO por conta de um convite aceito pelo presidente da WTF para que visitasse o Brasil. Mas o que há de espetacular nesta notícia?
Confetes e serpentinas à parte, o que interessa mesmo é como a CBTKD está pensando em desenvolver o taekwondo brasileiro. E na sanha da involução já começam a fechar as portas a muita gente quando decidem formato e valor do cadastro dos praticantes ao sistema WTF GMS. 
  Segundo o que está publicado, somente os que estiverem em dia com a sua federação estadual poderão se registrar. Ou seja, os praticantes e seus respectivos clubes não terão autonomia, mesmo que o interessado seja um faixa preta com certificado da entidade nacional ou mesmo internacional.
Para poderem se registrar, terão (segundo o que foi divulgado) de estar registrados na federação estadual e em dia com ela. Ou seja, a CBTKD parece estar se lixando par a Constituição Federal e seu Art. 5º, XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado. Será que o PPE já leu o artigo quinto da Carta Magna? 
   Doutor, são só 78 incisos. Não vai demorar muito. Assim a CBTKD vai deixar de cometer algumas insanidades administrativas.
E por fim, para fechar com a CHAVE DE LATA, o valor do registro no sistema WTF GMS: R$ 120, já valendo o registro na CBTKD. Ou seja, pra ser de lá é preciso ser daqui. Seria mesmo este o valor real? Hummmmmmmmmmmm. Tem algo estranho neste angu.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Analise do Taekwondo nas Olimpíadas de Londres

Marcus Rezende

Prevaleceu nestas Olimpíadas a habilidade na execução dos chutes altos. O que antes era uma tática arriscada, por conta das precisas entradas em bandal por baixo, hoje se tornou essencial para quem pensa em lograr êxito nas competições vindouras, pois o colete eletrônico tem se mostrado muito traiçoeiro, mesmo àqueles que o atingem com eficiência.
Antes de uma análise (categoria a categoria), é preciso que se diga que Natalia Falavigna e Diogo Silva fizeram bonito e não podem ser criticados por não conseguirem avançar às medalhas. Diogo foi perfeito, mas ficou nas mãos dos árbitros na luta semifinal e Natalia perdeu para uma coreana. Decerto que foi flagrantemente prejudicada pelo Árbitro Central. Porém, mesmo sem o grave erro, uma derrota para a excelente atleta In Jong Lee não seria nenhum demérito para Natalia, que fez nove pontos na adversária, apesar dos 13 sofridos, demonstrando que estava no nível que se esperava dela.
Vamos analisar todas as categorias.
No Masculino até 58 Kg, todos os quatro medalhistas tinham mais de 1,80m de altura e usavam a perna da frente como movimento principal. Joel Bonilla (ESP), foi quem melhor soube executar as novas valências técnicas objetivando sempre pontuar mais que os adversários. E assim o fez na final contra o coreano de 20 anos, Dae Hon Lee.
No Masculino até 68 Kg, prevaleceu a escola do turco louco, Servet Tazegul, que não tem medo de atacar o tempo inteiro, utilizando um arsenal de chutes que alavancam o placar. O turco também tem habilidade suficiente para trocar taticamente no ponto a ponto, como fez na final contra o iraniano Mohammad Bagheri.
No Masculino até 80 Kg, o argentino Sebastian Crismanich encheu os olhos dos taekwondistas saudosistas de um taekwondo mais forte e marcial. Até a hora de sua estreia, muita gente postava nas redes sociais que os toques leves na cabeça sobrepujaria os disparos fortes com a perna de trás. Crismanich mostrou o contrario com entradas firmes objetivando o nocaute. O argentino derrotou seus oponentes sem abrir mão de suas valências. Fez a final contra o espanhol Nicolas Garcia, o qual (do outro lado da chave) vencia suas lutas utilizando-se da perna da frente com tolhos tchaguis, tão somente buscando os pontos. O argentino não deu chances para o espanhol e a luta que se viu foi a vitória do taekwondo forte, veloz e violento, contra o taekwondo técnico e tático dos pontos.
No Masculino acima de 80 Kg, foi onde residiu a maior surpresa entre os homens, pois ninguém poderia imaginar que o italiano Carlo Monfetta, com os seus 1,83m de altura, pudesse arrebatar o Ouro Olímpico.
Quando ele chegou a semifinal para enfrentar o gigante Dabo Modibo Keita (MAL), de 2,03m, dificilmente poderia se achar que o italiano pudesse vencê-lo. Mas Molfetta (que em 2004, em Atenas, era da categoria de Diogo Silva e para ele perdeu), foi taticamente perfeito contra o gigante africano. Ele manteve-se próximo para executar, em primeiro tempo, chutes por dentro da perna esquerda do malinense.
Porém, mais surpreendente foi o oponente do italiano na final: Anthony Obame, do Gabão, treinado pelo espanhol Juan Antônio Ramos (bicampeão mundial 1997/2007). Obame apresentou, nas lutas que o levaram à final, uma técnica fabulosa e um chute alto extremamente veloz. Na final, depois de um empate em 9x9, ficou com a Prata por decisão dos árbitros.

No Feminino até 49 Kg prevaleceu o favoritismo da campeã olímpica e mundial, Jingyu Wu. Sua técnica? Nerio de direita. Mas então é só marcar e contra-atacar. Não é assim tão simples; é como se fosse o Garricha. Todos sabiam que o Mané pegaria a bola e cairia para a direita, porém ninguém conseguia pará-lo. E assim a chinesa foi desbancando Elizabeth Zamorra (GUA, 10 x 2), Erica Kasahara (JAP, 14 x 0), Lucija Zaninovich (CRO, 19 x 7) e a velha rival Brigitte Yague (ESP, 8 x 1). Ouro incontestável.
No Feminino até 57 Kg. A Japonesa Mayu Hamada, havia eliminado uma das favoritas, a croata Ana Zaninovich, utilizando as mesmas armas que fez da croata campeã mundial ano passado: o chute alto com a perna da frente (14 x 11). Porém ao pegar, na segunda luta, a britânica Jade Jones, não conseguiu fazer o mesmo, e a revelação britânica infligiu-lhe um placar de 13 x 3. Aí, Jade precisaria passar pela número 1 e 2 do ranking olímpico, respectivamente, para subir ao pódio e colocar a medalha de Ouro no peito. E assim o fez contra a fabulosa Tseng Li Cheng (TPE, 10 x 6) e Yuzhuo Hou (CHN 6 x 4).
No Feminino até 67 Kg, quando muitos achavam que a final seria entre Coreia e Grã-Bretanha, a americana Paige McPherson tratou de modificar a história, tirando do páreo Sarah Stevenson. Do outro lado da chave, ainda estava uma campeã olímpica e bi mundial que não tinha nada com isso e ia desbancando (do seu lado) uma a uma até chegar a final e passar o carro. O termo é este: passar o carro, pois Kyung Seon Hwang sobrou e encheu os olhos de quem aprecia um taekwondo vistoso, técnico e de força. Ela arrebatou o Ouro da turca Nur Tatar por 12 x 5.

A maior de todas as surpresas estava reservada para o Feminino acima de 67 Kg. As apostas recaiam para a mexicana Maria Spinoza, a coreana In Jong Lee; a francesa Anne Caroline Graff e, porque não, a brasileira Natalia Falavigna. Porém, quando a Servia Milica Mandic colocou sobre a Crawley Talitiga (Samoa) um placar de 16 x 2, o alerta se acendeu. Começava ali a aparecer a mais eficiente das atletas que utilizam chutes seguidos no rosto com a perna da frente. E não foi diferente, quando jogou a campeã olímpica de Pequim, a mexicana Maria Spinoza, para a disputa do bronze, vencendo-a por 6 x 4.
Aí foi a vez da russa Baryshnikova, possuidora de habilidade semelhante. Porem, Milica passou por cima e impôs a ela um placar de 11 x 3. Teria de enfrentar na final a francesa Graff, primeira do ranking mundial Olímpico, que chegara também credenciada por grandes vitórias contra In Jong Lee (KOR) e Glenhis Hernandez (CUB). Porém, o improvável aconteceu: a sérvia venceu por 9 x 7.

Você sabia

Que em Setembro se encerra o prazo para a inscrição de chapas dos que queiram concorrer a presidência da CBTKD, que será em Março de 2013? O Presidente Provisório atual, que arbitrariamente modificou o estatuto da entidade, por meio de uma AGE, criou regras que praticamente impedem a concorrência. Vamos lembrar algumas das aberrações aprovadas, incluíndo as atentatórias à Constituição do país. Para ser presidente, o candidato precisa ter mais de 40 anos (nem para ser Presidente da República tal idade é exigida); precisa ser brasileiro nato; precisa ter presidido uma federação por pelo menos cinco anos; ser indicado por sete federações (antes, bastava uma); fazer a inscrição da chapa com 180 dias de antecedência (anteriormente, bastava inscrevê-la 24 horas antes do pleito). E ele se diz um democrata...

sábado, 11 de agosto de 2012

CBTKD tenta induzir SporTV a tirar comentarista do Taekwondo

Marcus Rezende                                                       Eu e Jader Rocha na transmissão da luta da Natalia

  Primeiro foi um telefonema da CBTKD para a responsável pelos eventos do SporTV. O conteúdo surreal e teratológico da ligação sugeriria a substituição do comentarista de taekwondo nestes Jogos Olímpicos? O motivo da ligação era o de avisar que ele estaria suspenso das atividades da entidade por 180 dias.
  Em seguida, a assessora de comunicação da confederação, Carla Sofia, enviou a seguinte mensagem: “Conforme me foi solicitado pela presidência da CBTKD, estou enviando em anexo o documento de suspensão do Sr. Marcus Rezende”.
O tal documento (em papel timbrado da CBTKD) era um termo de aplicação de penalidade administrativa, datado de 14 de Maio deste ano, o qual me suspendia das atividades da CBTKD por um período de 180 dias, por conta dos textos que escrevo no blog. O termo vinha assinado pelo Presidente Provisório em Exercício.
Sim...ia esquecendo: a pena NÃO era do STJD da entidade, mas sim do próprio PPE da              CBTKD.
O comentarista ao chegar à redação do SporTV para iniciar seus trabalhos recebeu a cópia do e-mail para que tomasse conhecimento do que tentavam fazer. O fato foi motivo de risos, mas também de indignação por parte de comentaristas, profissionais do esporte e jornalistas que ficaram sabendo do enredo.
Nos quatro dias de transmissão, no convívio de profissionais que conheço há 12 anos, pude apresentar comprovadamente a verdadeira face de uma entidade que não merecia ter à sua frente pessoas tão mal intencionadas e de competência duvidosa.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Blog Tribuna do Taekwondo divulga documento do Tribunal Arbitral du Sport


O Blog Tribuna do Taekwondo publicou um documento que, a meu ver, era sigiloso. Porém, de alguma forma, foi parar nas mãos do editor do blog. O documento é simplesmente a decisão do Tribunal Arbitral du Sport, de 13 de Julho deste ano, relativa ao pedido que o COB fizera ao órgão internacional para que considerasse como vitorioso na luta pela terceira vaga na seletiva panamericana, ocorrida no México, em Novembro de 2011, o brasileiro Marcio Wenceslau.
Como já foi amplamente divulgado, Márcio perdeu a vaga faltando dois segundo para o término da luta contra o mexicano Demian Villa. O brasileiro tinha três pontos à frente, quando Villa disparou um chute rodado, de 4 pontos, que pegou no braço do brasileiro, mas que os árbitros consideraram como válido.
Todavia, o Tribunal Arbitral do Esporte manteve a decisão proferida pelo corpo de árbitros da luta.
O documento com a decisão do órgão internacional foi encaminhado para algumas pessoas: Marcelo Franklin, representante do COB e da CBTKD, no Rio de Janeiro; Seung Yul Lee, em Seul (Coreia); Juan Francisco Garcia Guerreiro e Raul Pastor Escobar, no México.
A conclusão que se pode chegar é que o documento, a partir do Rio de Janeiro, vazou e foi parar nas mãos do editor do blog, que publicou nesta sexta-feira a decisão que retirou o brasileiro Márcio Wenceslau dos Jogos Olímpicos.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Sem democracia no esporte não se pode pensar em medalhas olímpicas


Marcus Rezende

Não há como se pensar no desenvolvimento do esporte amador brasileiro sem que o sistema político desportivo passe por transformações significativas, como, por exemplo, uma profunda modificação no modo de se eleger o presidente de uma Confederação, para cujo êxito eleitoral atualmente basta a maioria simples dos votos de 27 presidentes de federações estaduais. Isto não é democrático e justo. O sistema brasileiro eletivo gera, na verdade, uma continuidade do subdesenvolvimento do desporto brasileiro, pois não é difícil entender que presidentes nacionais (dentro deste sistema) de tudo farão para se manter no poder, acabando por trabalhar (grosso modo) tão somente em prol dos interesses dos que possuem os votos.
Para o início de uma transformação, a legislação desportiva precisa mudar este ponto e inserir no sistema eletivo nacional as associações e clubes, para que um gestor nacional não se sinta tão pressionado por tão poucos eleitores. Podemos pegar como exemplo o que ocorre no taekwondo brasileiro. Alguns presidentes estaduais recebem cargos remunerados pagos por verba pública. Há imoralidade maior? Não seria isso entendido como uma compra subliminar de voto?
Não fosse desse jeito, o presidente poderia trabalhar realmente em prol de uma coletividade esportiva.
Este é o primeiro passo, na minha opinião, e primordial, à medida que o presidente nacional, trabalhando na direção dos clubes e associações estaria trabalhando, na verdade, com muita proximidade de treinadores, praticantes e atletas.
Dessa forma, poderia entender melhor as dificuldades por que passam os verdadeiros donos do espetáculo esportivo e trabalhar com mais acuidade em prol de projetos de fomento, de capacitação e empreendedorismo.
Assim, as ideias e ações voltadas para o desenvolvimento do esporte fluiriam. Estas entidades se fortaleceriam e poderiam crescer, pois saberiam da parcela de poder no cenário nacional. Os dirigentes de associações se sentiriam valorizados e com isso buscariam desenvolver as suas entidades.
Os recursos públicos e privados poderiam, em parte, migrar para estas células. O que vemos hoje são os recursos serem despejados exclusivamente nas confederações. E estas entidades, no mais das vezes, não sabem fazer uso adequado das verbas públicas. Consequentemente, por conta da falta de zelo e responsabilidade, acabam deixando de cair nas graças das empresas privadas.
Imagine tais receitas jorrando de forma descentralizada e fomentando o esporte em todos os cantos do país? À medida que associações fossem surgindo, automaticamente as entidades de administração regionais e nacional se tornariam mais democráticas e, aí, candidatos mais competentes surgiriam como opção para um colégio eleitoral mais amplo.

sábado, 28 de julho de 2012

Exemplo do Judô foi sugerido no final de 2010


Não é de hoje que a Confederação Brasileira de Taekwondo vem recebendo sugestões para colocar a entidade no rumo certo do esporte e implementar uma política condizente com os recursos públicos que estão sendo despejados nos cofres da entidade.
Quando Natalia Falavigna disse à imprensa (logo que desembarcou em Londres) que o taekwondo do Brasil deveria se espelhar no judô brasileiro e bater à porta deles para saber por que são tão bons, lembrei-me do que o mestre Ricardo Andrade, de Niterói, técnico da Seleção Brasileira Feminina de 1997 a 2003, sugeriu em Dezembro de 2010 à CBTKD, quando foi convidado para ser o supervisor da Seleção Brasileira.

Olimpíadas de Sidney 2000:  a atleta olímpica reserva Karina Couzemenco (E), Ricardo Andrade (supervisor do Vasco), Ney Maurício (educador físico) e Aparecida Santana, atleta de apoio (D). Grupo multidisciplinar da atleta Olímpica Carmen Carolina (ao centro)
  
Ricardo, que também é educador físico e pós-graduado em Treinamento Desportivo, disse que a primeira coisa que fez foi sugerir que a CBTKD usasse o exemplo de sucesso do judô. Reportou-se ao que vivenciara  nos anos em que esteve como Supervisor Técnico do Taekwondo do Vasco da Gama, quando interagiu com supervidores de diversos outros esportes.
   “Já que seria um trabalho respaldado por um aporte financeiro da Petrobrás, a ideia seria agendar uma reunião com o Prof. Ney Wilson (Coordenador Técnico da CBJ), para podermos conhecer os pormenores das estratégias e trazê-las para o taekwondo, já que a máxima em qualquer tipo de empreendimento é seguir modelos vencedores. Infelizmente nada fizeram nesse sentido, até porque, mais tarde, verifiquei que os objetivos eram outros e que nada tinham a ver com um trabalho sério, organizado e pautado por algum tipo de metodologia”, declarou Ricardo.

Você sabia:

No site http://sacarmazenagem.win14.f1.k8.com.br/guia2.asp?id=D, de Despachantes Aduaneiros, encontramos o nome do Coordenador de Eventos da CBTKD, Valdemir Medeiros como um dos diversos despachantes. Até aí nada de mais se não fosse o fato de o endereço e o telefone para contato com ele serem os da CBTKD. 
Não vou falar nada, cada leitor que tire suas próprias conclusões.


sexta-feira, 27 de julho de 2012

Tkdlivre vai recorrer ao STJ contra decisão do TJ gaúcho



Marcus Rezende

A condenação parcial sofrida pelo articulista do site Tkdlivre, José Afonso, pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (que o condenou ao pagamento de R$ 15 mil por ter extrapolado nas acusações feitas ao presidente da Federação Gaúcha de Taekwondo), provavelmente será reformada pelo Superior Tribunal de Justiça, o qual deverá acompanhar a decisão do juiz que deu ganho de causa ao articulista em primeira instância. E se lá não o for, o será no STF com absoluta certeza.
Os ministros do STJ devem ter um olhar diferenciado sobre o que foi escrito e deverão levar em conta, por exemplo, a súmula do STF sobre o assunto, redigido pelo Ministro Celso de Mello.
Vale lembrar que o ministro rejeitou em 2009 uma decisão tomada por desembargadores de Santa Catarina que condenara o jornalista Cláudio Humberto. E neste caso, o voto de Celso de Mello foi acompanhado por todos os Ministros.
O direito dos jornalistas de criticar pessoas públicas, quando motivado por razões de interesse coletivo, não pode ser confundido com abuso da liberdade de imprensa. Esse foi o fundamento do ministro Celso de Mello para rejeitar pedido de indenização do desembargador aposentado Francisco de Oliveira Filho, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, contra o jornalista Cláudio Humberto. O Ministro argumentou:
"A crítica que os meios de comunicação social dirigem às pessoas públicas, por mais dura e veemente que possa ser, deixa de sofrer, quanto ao seu concreto exercício, as limitações externas que ordinariamente resultam dos direitos de personalidade", explicou o Ministro, acrescentando que tal liberdade “assegura, a qualquer jornalista, o direito de expender crítica, ainda que desfavorável e mesmo que em tom contundente, contra quaisquer pessoas ou autoridades", e ainda frisou: “Não induz responsabilidade civil a publicação de matéria jornalística cujo conteúdo divulgue observações em caráter mordaz ou irônico ou, então, veicule opiniões em tom de crítica severa, dura ou até impiedosa, ainda mais se a pessoa a quem tais observações forem dirigidas ostentar a condição de figura pública, investida, ou não, de autoridade governamental, pois em tal contexto, a liberdade de crítica qualifica-se como verdadeira excludente anímica, apta a afastar o intuito doloso de ofender. (grifei).
O Ministro Celso de Mello ainda destaca que o “estado, inclusive seus Juízes e Tribunais não dispõe de poder algum sobre a palavra, sobre as ideias e sobre as convicções manifestadas pelos profissionais de imprensa”.
Isso é JURISPRUDÊNCIA.
Por isso acredito que a decisão do TJ do Rio Grande do Sul será reformada.
Vamos aguardar!


quinta-feira, 26 de julho de 2012

Federações de taekwondo há 30 anos sem entender o papel dentro do esporte e da arte marcial


Marcus Rezende

A Federação do Distrito Federal fará a sua seletiva para a escolha dos atletas que vão compor a seleção da federação (para a disputa do Campeonato Brasileiro), na próxima terça-feira a partir das 18h. O fato atípico está dando o que falar, pois alguns atletas estão indignados com a postura da entidade que, historicamente, sempre realizou suas competições nos finais de semana. Muitos estudam e trabalham e terão que optar por uma coisa ou outra.

 O caso acima é tão-somente um exemplo do que venho falando há12 anos sobre a situação anacrônica de formação de seleções estaduais para competições nacionais por federações (coisa de país e dirigentes atrasados). Isso está destruindo o taekwondo brasileiro. Será que não há um dirigente que possa abrir a boca e dizer que federação tem mais o que fazer do que ficar se preocupando em formar seleção do estado?
Parece que as federações vivem o ano inteiro no interesse de realizar etapas estaduais, formar uma seleção e viver o momento mágico de se tornar uma equipe e tentar conquistar o título. Aqueles três dias em que vão vestir atletas com o uniforme da entidade, vão escolher um técnico para cuidar deles (e na maioria dos casos obrigar que os atletas da seleção participem dos treinos que a federação programar, como se a entidade soubesse o que é melhor para aqueles atletas). Aí, nos dias do evento se reúnem com outros presidentes de federações para o que devem considerar uma grande festa. Sentam-se à mesa ornamentada e alguns devem se sentir as figuras mais importantes do taekwondo brasileiro, pois têm o poder sobre aquela seleção estadual, até mesmo para determinar, em alguns casos, que gritem em coro o nome do Estado enquanto um dos atletas está em combate.
Será que essa elite ainda não percebeu que o papel de uma federação não é esse, mas sim o de organizar e fomentar a modalidade no estado, mantendo-se quietinha em seu canto, quando ocorre uma competição? Veja o Brasileirão de Futebol. Onde estão as federações estaduais e seus presidentes? Nem são lembrados. Por quê? Porque a festa é para os clubes e jogadores. Da mesma forma teriam de ser o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil de taekwondo: disputados por academias, clubes e associações?
Aí vão dizer: mas os Opens e o Interclubes já fazem este papel. Aí eu digo: são competições de todas as faixas e categorias e os PRETAS são jogados no meio.
  O clube, a academia, associação, o treinador e o atleta querem ser campeões do CAMPEONATO BRASILEIRO e da COPA DO BRASIL.

Você sabia:

Que a CBTKD se reúne em Assembleia extraordinária nesta sexta-feira, 27/07, para discutir uma punição à Federação de Taekwondo de Minas Gerais por motivos não informado no edital? Alô, Minas Gerais, vamos acordar para hora do Brasil. Cadê o corpo jurídico da federação mais organizada do Brasil? Vocês têm que se mexer. Poderiam começar indo a imprensa local e apresentar o balancete 2011 da CBTKD e os recibos  que a FETEMG possui de pagamentos que não aparecem no balancete da confederação. Em tempos de olimpíadas, quem é que não quer exclusividade?

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Dois processos novos diretos do DF contra a CBTKD: mais de R$ 800 mil


A coisa não anda muito boa para o lado da CBTKD. Em meio a processos que batem à porta da entidade, alguns já sendo sentenciados, como o da Federação Pernambucana de Taekwondo Interestilos, há os que surgem com pedidos altíssimos de indenização.
Desta vez, vêm direto de Brasília e provavelmente sejam consequência do descaso no caso dos meninos da Seleção Juvenil, que ficaram de fora do Campeonato Mundial da categoria ocorrido em Abril deste ano, quando, de última hora, alguns atletas não tiveram a passagem paga pela entidade. Dois destes atletas são do Distrito Federal.
O primeiro processo, cujo pedido é de R$ 394.400,00, foi distribuído em 05/07/2012, sob o nº único: 0028598-72.2012.8.07.0001 e corre na 221ª Vara. O segundo corre na circunscrição de Taguatinga, na 205ª Vara, sob o nº único: 0015296-55.2012.8.07.007, distribuído em 24/05/2012. Este segundo é no valor de R$ 452.876,00, ambos por danos morais.

 Agora, cá pra nós, depois da jogada de Marketing com o grande Anderson Silva, só falta agora a entidade querer ir ao programa do Faustão, buscar uma aproximação e levar de presente ao apresentador um dobok personalizado com a logo da CBTKD e uma faixa preta personalizada, dentro de uma embalagem também personalizada. Quem sabe, à tira colo, levem umas duas crianças e mais um técnico também.
Ó lôco, meu!!!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Associações e Clubes alijados do processo político nacional eternizam presidentes no poder

Marcus Rezende

As dificuldades por que passam os atletas brasileiros estão diretamente ligadas ao sistema político eletivo das entidades de administração, no qual as associações e clubes não participam do processo de escolha dos presidentes das confederações. Nestas Assembleias, somente votam no Chefe nacional os presidentes das federações estaduais.
De forma bem didática, a coisa é muito simples de compreender e totalmente demonstrativa de um processo amplamente antidemocrático e ditatorial. Não há como se falar em democracia no esporte se este sistema não for modificado, bem como não se pode esperar grandes avanços no aspecto técnico dos desportistas.
Desde sempre, por essas bandas, quando se pensa em criar uma entidade que cuide administrativamente de um esporte, o primeiro passo é a montagem de uma associação, ou melhor, três associações para que, em seguida, possa ser criada uma federação. Ou seja, o pretendente ao cargo de presidente desta federação, cria as três associações com pessoas de sua inteira confiança e se elege presidente estadual.
Seguindo a mesma toada, desenvolve o processo em outros estados brasileiros. Ao formar 3 federações, está criada aí a condição para a montagem de uma confederação nacional. Os 3 presidentes das 3 federações criadas, elegem aquele que vai cuidar do esporte nacionalmente. De posse do poder nacional, o presidente da confederação desportiva vai dando suporte para que outras pessoas formem federações em outros estados, até que se complete o número de 27 entidades estaduais, com 27 presidentes e, consequentemente, com 27 votos.
Agora me digam? Como este presidente nacional vai perder o poder, sabendo que para se eleger, basta conquistar 14 votos? Atualmente, com a quantidade de dinheiro público jorrando em direção às confederações, conquistar 14 amigos do peito, não é trabalho tão árduo.
Está é uma política desmoralizante e que não está acompanhando a evolução do esporte. Se pararmos, por exemplo, para olhar o nível dos dirigentes que cuidam do taekwondo nacional, verificaremos que nem tão cedo haverá luz no fim do túnel. Quando temos um presidente nacional que escolhe para treinadores da seleção nacional dois presidentes de federações, recebendo salários pagos por empresa pública, sem o menor constrangimento, percebemos o nível de comprometimento com a ética e a transparência.
Todo o dinheiro despejado nas confederações desportivas, com raras exceções, de nada vai valer se este sistema político eletivo não for modificado por meio de lei federal. Enquanto os clubes e associações estiverem alijados do processo de escolha dos presidentes das confederações, o esporte brasileiro vai continuar amargando resultados vergonhosos diante de nações muito menores que a nossa.