Marcus Rezende
Tem sido generalizada a
opinião de que o taekwondo brasileiro ainda não entrou nos trilhos
da evolução desportiva, mesmo com todo o investimento público
dispensado à entidade desde o advento da Lei Agnelo Piva, em 2002,
superdimensionado com a entrada da Petrobrás no jogo ano passado. O
que podemos observar de verdade é um “NADA ACONTECE”, no quesito
resultados e, sobretudo, transparência administrativa.
Confetes e serpentinas são disparados às mídias que
apoiam o mandato do atual Presidente Provisório em
Exercício, na tentativa de jogar uma cortina de fumaça em uma
administração envolta em suspeições gravíssimas de desvios de
verbas públicas e que foram divulgadas em algumas mídias jornalísticas. Exemplo: Leia
em Aracaju Virtual.
E o provincianismo
desta gestão ficou latente, quando o atual presidente
concedeu uma entrevista ao portal BANG. Eu simplesmente não acreditei
no que estava vendo e ouvindo. O entrevistador fez algumas perguntas
iniciais. Depois do oitavo minuto, ele ficou parado ouvindo somente o
presidente falar, sem intervir. Teria sido melhor que dissesse ao
presidente que fizesse uso da palavra da maneira que quisesse.
Francamente...eu
cheguei a dar umas boas gargalhadas, pois fiquei imaginando pessoas
bem formadas e informadas, alheias à crise taekwondistas brasileira, olhando aquilo.
Ele agradece o espaço
do site e diz que não tem direito de resposta em mídias que o
criticam. O entrevistador pede que ele avalie os dois anos de gestão.
Diz que entre as cobranças e vitórias e conquistas, teve mais
vitórias. E dai por diante diz que as mídias não atacam a CBTKD, mas sim
a pessoa do presidente. Dai diz que o trabalho tem sido bem positivo.
Em seguida, de forma breve, diz que desenvolveu um trabalho de
igualdade entre as federações a começar pelo ranking. Ora...o que
uma coisa tem a ver com a outra? Mas vamos lá. Em seguida, junta a
ideia de DIREITO de todos os atletas, dizendo que no passado uns eram
mais favorecidos que os outros. Aí complementa afirmando que quatro
ou cinco estados é quem estavam “comendo e o resto do Brasil
servindo de plateia” e repete que esse é o grande diferencial da
gestão dele. Ou seja, ele acaba não dizendo nada.
Em seguida o repórter
pergunta como ele pretende continuar em 2013 seguir o lema de apostar
nos mais jovens e equipar as federações. Aí, é preciso colocar na
íntegra, pois não sou eu quem estou inventando. As palavras são dele: “olha, o Brasil está passando por um
momento olímpico...2016 tá aí...O Brasil acordou tarde, mas
acordou. Outras países já estão com este trabalho já sendo
desenvolvido há praticamente 20 anos. Eu acho que nós temos que
agora, já que a CBTKD começou com esse trabalho de igualdade para
todos os estados. Eu acho que chegou a hora de nós começarmos a
apostar nos novos valores. Eu acho importante também a presença dos
atletas experientes...mesclar..né?...os atletas novos com os atletas
experientes”...
BEM PROFUNDO!!
E continua na mesma
linha de falar e não dizer objetivamente nada de concreto e preciso.
Daí, o repórter dá
a senha para o grande final, lieralmente falando. E que final. O repórter faz a afirmação de
que HÁ UM PEQUENO GRUPO CRITICANDO a atual gestão. Daí por diante,
o leitor não pode deixar de assistir as pérolas iniciadas assim:
“amigo, essa pergunta é uma pergunta muito interessante, que eu
faço até questão de responder: