Estamos entrando em
2013 e até hoje, passados mais de 40 anos de implantação do
taekwondo no Brasil, continuamos a vivenciar aberrações praticadas
por dirigentes do nosso taekwondo relativas aos exames de faixas,
sobretudo aos de dans.
Quando revestidos da
capa de autoridade administrativa, quase a totalidade dos dirigentes de nosso taekwondo obrigam a que professores e
mestres entreguem seus alunos a uma banca promovida pela entidade (ou
melhor, por eles). Causa-me asco verificar que os ingênuos
formadores de praticantes e atletas atendem a este chamado
obrigatório sem questionar tal legalidade. Mais asco ainda sinto
quando os dirigentes (revestidos de seus dans) sustentam suas
famílias e compram seus bens materiais com o dinheiro auferido
nestes exames de faixas. Renda retirada de praticantes que eles nunca
viram na vida. E fazem isso como se fosse algo legal. O LEGAL que
eles criaram para ganhar dinheiro. VERGONHA!!!!
Uma entidade de
administração deveria primar sobretudo pelo fomento da modalidade e
a consequente filiação de parte destes praticantes às entidades de
administração desportivas estaduais e nacional. A primazia: desenvolver a
modalidade na seara desportiva, dando subsídios publicitários para
que professores e mestres consigam ter um quantitativo de alunos
condizente com a nova ordem mundial desta modalidade. Os exames de
faixa? Isso é e sempre deveria ter sido competência de cada Kwan (escola) e de seus
respectivos mestres.
Porém, além de nada
fomentarem, e alheios ao que está na Constituição Federal, obrigam
aos poucos praticantes que existem, que sejam registrados. Na
ignorante avaliação desta gente, praticante não registrado é
considerado por eles como praticante ilegal.
Os que ainda possuem
um pouco de conhecimento da lei, não dão guarida para essa gente
descomprometida com o que é correto. Realizam o trabalho próprio na
seara marcial, sem se preocupar se terão atletas campeões estaduais, brasileiros ou olímpicos.
Acabam não fomentando, entre os alunos, a vontade que poderiam ter
de competir. E isso é ruim para o Brasil. Todavia, em nada atrapalha o
trabalho de quem ensina a arte marcial.
Mas quem disse que
essa turma de dirigentes está se importando com isso. Enquanto os recursos dos
exames de faixa estiverem sendo desviados de quem realmente merece recebê-los,
pouco importa se o número de atletas cresce ou não no Brasil.