O presidente da Confederação Brasileira de Taekwondo, Carlos Pinto, convocou para 9 de Novembro uma Assembleia Extraordinária. Será na Avenida Graça Aranha 416, 11º andar, no centro do Rio. Pinto terá de alterar novamente o Estatuto da entidade, em atendimento a decisão da
16ª Vara Cível do Rio de Janeiro que anulou todas as modificações perpetradas
pelo atual mandatário da confederação na fatídica reunião de Novembro de 2011,
quando incluiu no texto da entidade regras inconstitucionais.
Ou seja, hoje o que vale é o Estatuto de 2007.
Poderíamos então inferir que todos os atos
emanados em cumprimento ao estatuto posterior (anulado pela justiça) não têm
validade? Daí, podemos entender que a própria eleição de Carlos Pinto não
valeu? Se não valeu, a CBTKD estaria sem presidente? Deveria Jung Roul Kim retornar
à presidência e promover uma nova eleição?
Obviamente que
Pinto não é bobo e não vai dar mole. Tem cartas na manga e sabe que possui a
maioria dos votos. Porém, mesmo com todo o apoio da maioria dos presidentes das
federações, Pinto pode receber uma dura estocada da Justiça.
Para Márcio
Albulquerque, advogado da Federação de Taekwondo do Estado de Minas Gerais
(FTEMG), a CBTKD não pode realizar uma assembleia de atendimento a uma decisão
judicial sem antes repatriar as federações cujas desfiliações foram baseadas justamente
no estatuto ilegal que ele aprovou.
“Ele está querendo
ganhar tempo...está com medo de a juíza afastá-lo”, disse o advogado ao saber da convocação desta reunião,
acrescentando que a CBTKD ainda não cumpriu nada da decisão da justiça.
Um dos pontos
ressaltados pelo advogado é o não cumprimento de informar quais federações
tem direito a voto nesta assembleia do dia 9 de Novembro. “Ele tem que colocar
no site quem são os filiados; isso foi pedido”, alerta.
A verdade é que o
caso não sai mais das mãos da juíza da 16ª Vara Cível, Adriana Sucena Monteiro.
Dela virá a sentença final. E que venha
logo.