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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Estamos com cara de palhaço

Marcus Rezende

Às vezes fico enojado com o taekwondo que pratico. O taekwondo brasileiro. Falo isso sem medo de nada, pois há certas coisas nesse país que nos fazem compreender o porquê de muita gente boa se afastar da modalidade. Mas é difícil agüentar. Só os abnegados mesmos é que continuam.
Quando o senhor Yong Min Kim, no apagar das luzes, aparece como candidato à presidência da CBTKD, escondendo a candidatura, mas armando por trás, para não chamar a atenção, realmente entendemos por que nossa elite taekwondista é tão exígua.
Depois de 22 anos no cargo, sem ao menos fazer com que o número de praticantes aumentasse no país, sem fazer com que as federações brasileiras fossem verdadeiros centros de fomento da modalidade, sem fazer com que tenhamos pelo menos um único brasileiro nato como árbitro internacional; ou seja, sem fazer nada de novo no taekwondo brasileiro, eis que quer mais 4 anos para fazer a mesma coisa; ou seja: nada. E aí, procura se escorar nos atletas: nos campeonatos da Natália, do Diogo, do Márcio e Marcel e Cia. (lutadores que são vencedores por méritos próprios).
O pior de tudo é que a volta, de quem deveria largar o posto para cuidar do seu legado marcial e de seus alunos, acaba recebendo apoio de gente que se diz na vanguarda esportiva. Fico decepcionado quando vejo certas pessoas fazendo parte de uma chapa que não representa mudança nenhuma.
Os brasileiros que, no momento, têm a chance de eleger dois brasileiros autênticos, Carlos Fernandes e Fábio Goulart, amantes desse esporte, pessoas de ilibada conduta moral, como presidente e vice da CBTKD, preferem continuar como antes, com alguém que é capaz de dizer reconhecer ser um péssimo administrador. Ora, como alguém que se diz péssimo administrador depois de 22 anos quer continuar administrando.
Respeito o grão-mestre Yong Min Kim. Gosto dele como pessoa. Mas já lhe disse mais de uma vez que não confundo o mestre com o presidente. Minhas críticas acerbas são contra o presidente Kim: um dirigente que mantém o taekwondo brasileiro em um atraso marcial retumbante e monumental. Triste daqueles que acham que o taekwondo brasileiro se desenvolveu.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

EXTRA TKD: Brasileiros detonam no UFC 95 e Demian Maia vence mais uma

Demian Maia: melhor finalização da noite

Marcus Rezende

Na madrugada de 21 para 22 de fevereiro, dos quatro brasileiros que subiram na arena do UFC 95, realizado em Londres, três venceram. O invicto Demian Maia, agora com 11 vitórias, derrotou, no primeiro round, o americano Chael Sonnen com um triângulo espetacular, após uma queda de judô, complementada pela mais pura técnica do jiu-jitsu.
Outra vitória brasileira inesperada foi a de Paulo Thiago. Paulo estreou no octogon contra um dos três melhores lutadores de MMA, dos pesos médios, Josh Koscheck.
No início da luta, muito confiante, Kosheck dominava o combate com um bom controle de distância, aplicando cruzados e chutes. No entanto, na primeira troca franca, o brasileiro conseguiu acertar um appercut certeiro no queixo do americano (o desacordando em pé), seguido de um cruzado que o jogou ao solo. Diferentemente do que normalmente fazem os lutadores de MMA em oportunidades como esta, Paulo não se projetou para cima do adversário para encerrar o combate com seqüência de socos em um oponente já batido. Fez apenas a menção de que poderia fazê-lo. O árbitro, então, de imediato, intercedeu, exatamente no momento em que Kosheck parecia retomar a consciência. A atitude do árbitro deixou o americano revoltado e esbravejando. Uma curiosidade: Kosheck, que era o grande favorito, dissera antes da luta que nunca ouvira falar no brasileiro e nem procurou saber como lutava.
Outro brazuca a vencer foi Júnior dos Santos. Ele encarou o holandês Stefan Struve e o bateu com um nocaute técnico.
A derrota brasileira foi de Wilson Gouveia, que não conseguiu passar pela pedreira americana Nate Marquardt (que provavelmente encare de novo o campeão da categoria, o brasileiro Anderson Silva). Wilson até que conseguiu acertar alguns diretos de direita, mas não suportou o volume de luta de Marquardt.
Na luta principal da noite, entre os pesos leves Diego Sanches e Joe Stevenson, a vitória por pontos foi dada a Sanches.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Após o Carnaval o taekwondo terá novo presidente

A eleição que vai decidir quem vai assumir o cargo de presidente da CBTKD está marcada para o dia 2 de março. O colégio eleitoral de 25 presidentes vai decidir entre os nomes de Carlos Fernandes, Jung Roul Kim, Yeo Jun Kim e Chang Seon Lin. Há especulações de que o irmão de Yeo Jun Kim, o ex-presidente da Liga Nacional de Taekwondo, Yeo Jin Kim, também apresente uma chapa na última hora. Portanto, podem ser cinco os candidatos a lutar pelos 25 votos. Algo inédito no taekwondo brasileiro. Dois estados, no entanto, não terão direito a voto: o de Tocantins e o de Roraima. Este último por não possuir federação constituída.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Fábio Goulart será vice na chapa de Carlos Fernandes

Carlos Fernandes e Fábio Goulart: dois campeões da década de 80
que se unem para mudar o taekwondo do Brasil

Carlos Fernandes e Fábio Goulart no comando da CBTKD é realmente a configuração perfeita para o taekwondo brasileiro sair do paralisia em que se encontra.
Publicado com exclusividade pelo site TKDLivre, o candidato a presidência da CBTKD, Carlos Fernandes, fechou a dobradinha com o medalhista de Ouro dos Jogos Pan-Americanos de 1991, em Cuba, Fábio Goulart. A eleição acontece em março.
Segundo o site, o encontro entre os dois campeões da década de 80 ocorreu nesta terça-feira, dia 10 de fevereiro em São Paulo.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Programa Brasil Olímpico desnuda o esporte brasileiro

Marcus Rezende

O programa Brasil Olímpico – Uma candidatura passada a limpo, apresentado pelo jornalista João Palomino, no ESPN, deve abalar as estruturas das entidades de administração que cuidam do esporte amador brasileiro. Com depoimentos de diversos expoentes do esporte nacional como Magic Paula e Djan Madruga, o esporte brasileiro foi passado a limpo e colocado em xeque.
O Secretário do TCU, Osvaldo Perrout, está finalizando um relatório de 116 páginas sobre os mais de R$ 4 bilhões gastos na realização dos Jogos Pan-Americanos. Perrout disse que o Ministério dos Esportes só tinha uma pessoa para fiscalizar todo os contratos firmados para as obras do Pan e que o relatório aponta para graves indícios de superfaturamento.
A partir deste relatório, é provável que uma CPI mista seja aberta no Congresso Nacional. E quem está à frente disso é o deputado Federal Miro Teixeira.
Um dos momentos mais interessantes do programa foi quando o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, pediu para se retirar no meio de uma audiência pública do Senado, quando era sabatinado por ex-atletas, dirigentes e um de seus maiores opositores, o advogado Alberto Murray Neto, membro do COB. Nuzman alegou diversos compromissos agendados para aquele dia.
A atitude do Presidente do COB, retirando-se de uma Audiência Pública, com diversos Senadores presentes, causou mal estar e constrangimento.
O Senador Álvaro Dias fez o seu diagnóstico. Para ele, a gestão do esporte no Brasil está muito atrasada, amadora, incompetente e desonesta. Outros senadores, como Cristóvão Buarque, Marisa Serrano e Flávio Arns, também estão na expectativa do que dirá o relatório final do TCU.
O programa mostrou como está a vida de atletas como Ketley Quadros, judoca medalhista de bronze em Pequim e do boxeador Paulinho Carvalho, 5º colocado nas Olimpíadas, que até bem pouco tempo ainda trabalhava como faxineiro para sustentar a mulher e o filho pequeno.
O ex-nadador Djan Madruga, Secretário Nacional de Esportes fez uma reflexão sintomática. Ele disse que o Brasil investe no esporte U$ 140 milhões por ano, enquanto a Austrália U$ 400 milhões; o Japão 510 milhões; a Inglaterra 660 milhões e a China, mais de um bilhão de dólares.
Um outro assunto abordado pelo programa foi quanto ao estado de conservação das instalações construídas para o Pan. Mostrou que a Arena Multiuso foi alugada para uma empresa, que, em vez de esportes, realiza espetáculos de toda a natureza.
O Estádio do Engenhão, alugado ao Clube do Botafogo, também está com suas pistas de atletismo abandonadas. O Parque Aquático Maria Lenk mantém-se sem nenhuma atividade, da mesma forma as outras instalações que deveriam estar servindo como fomentadoras de modalidades olímpicas.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Clinica de Arbitragem abre calendário da FTKDERJ

O coordenador de arbitragem da CBTKD, Vinícius Garbelotti, explicou também as mudanças nas regras de arbitragem

Com boa participação dos faixas pretas de taekwondo do estado, foi realizado no dia 1 de fevereiro a Clínica Estadual de Arbitragem, primeiro evento organizado pela FTKDERJ. Quem ministrou a clínica foi o mestre Vinícius Garbelotti, Coordenador de arbitragem da CBTKD. Organizado pelo Coordenador Técnico da entidade, Jadir Fialho e pelos Coordenadores operacionais José David de Oliveira e Hailton França. O evento abre os trabalhos da entidade no ano de 2009.
Os que participaram já se credenciam para a primeira etapa do Campeonato Estadual, que será nos dias 14 e 15 de fevereiro, na AABB Tijuca. O ofício da competição já está disponível no site http://www.ftkdrio.com.br/ . As inscrições para a I Etapa se encerram no dia 10 de fevereiro.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Vamos ver se agora a CBTKD finalmente cria o ranking nacional

Marcus Rezende

A decisão da WTF de criar um ranking mundial individual, visando dar maior visibilidade de mídia ao esporte, vem paa o taekwondo com um monumental atraso. Mas ainda bem que chegou.
Por aqui, o ranking já teve o seu momento. Foi criado na CBTKD no final de 2001 para 2002, mas inexplicavelmente largado de lado pelos que por lá passaram depois.
Isso ocorreu em 2001, quando o presidente, Grão Mestre Yong Min Kim, me convidou para assessorá-lo. Com o apoio do mestre Ricardo Andrade criei um ranking nacional. Não foi tarefa difícil. Utilizamos como parâmetro as competições ocorridas nos anos de 2000 e 2001 e entramos 2002 com um ranking nacional prontinho, o qual serviu para a balizar todas as etapas abertas e fechadas e a formação da primeira EOP, a qual tive a honra de ser o primeiro Coordenador Nacional.
Nessa ocasião, lembro-me que tinhamos um ranking de oito categorias, o qual se fundia em quatro, quando os eventos eram nas categorias Olímpicas, a exemplo das etapas do Circuito Brasil Olímpico, organizado pelo COB.
O mais interessante (o que na verdade não tem nada de interessante, pois isso é feito em qualquer lugar do mundo, é só olhar os outros esportes individuais), é que os ranqueados não se enfrentavam logo de cara. Nas competições abertas, por exemplo, cada qual se posicionava na chave de luta, de acordo com o seu lugar no ranking. Os que não eram ranqueados, estes sim, tinham suas posições sorteadas. Tudo muito simples e totalmente coerente.
Muita gente confunde o ranking com o direito adquirido à vaga em competições internacionais. O ranking simplesmente define a posição dos atletas nas chaves em qualquer competição nacional que ele esteja presente, sejam abertas, fechadas ou por federações.
No caso da EOP, por exemplo, a seletiva que vai definir quem fará parte desse grupo pode trazer surpresas e deixar de fora alguns ranqueados. Não há nenhuma ligação entre uma coisa e outra; um ranqueado pode perder a seletiva de formação da EOP. Ele continua ranqueado, no entanto perdeu a vaga na EOP. Qual o problema?
Torço para que a Comissão Técnica da CBTKD, dirigida atualmente pelo mestre Mauro Hideki, não inicie mais um ano sem o ranking nacional.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

EXTRA TKD: Lyoto Machida nocauteia Thiago Silva no UFC 94

Lyoto deve enfrentar o americano Rashad Evans pelo Cinturão dos meio-pesados


Marcus Rezende

Na madrugada de 31 de janeiro para 1º de fevereiro dois lutadores brasileiros, Lyoto Machida e Thiago Silva, invictos (cada um com 13 lutas e 13 vitórias), se enfrentaram para decidir quem iria garantir a vaga para disputar o cinturão do Ultimate Fighting Championships na categoria peso meio-pesado com o detentor do título, o norte americano Rashad Evans.
E quem levou a melhor foi o carateca amazonense Lyoto Machida. No MGM Grand Arena, em Las Vegas, no UFC 94, Lyoto não deu a mínima chance para o paulista Thiago Silva que tentava encontra-lo no octagon, mas não conseguia. Com steps perfeitos e socos precisos, Lyoto foi deixando o oponente desnorteando, repetindo o mesmo desempenho de sua ultima luta contra o norte-americano Tito Ortiz, no UFC 84.
No último segundo do 1º round, após jogar Thiago ao solo, Lyoto desferiu um direto no queixo do paulista que o fez perder os sentidos, ao mesmo tempo em que o sinal de final de round soava. Ainda, em reflexo condicionado, Lyoto acertou mais um soco, mas o oponente já estava desfalecido. Também, no mesmo evento, na disputa pelo Cinturão dos meio-médios, o canadense Georges ST-Pierre manteve o título da categoria ao derrotar o norte-americano BJ Penn. O canadense massacrou o americano que não conseguiu voltar para o quinto e último round.