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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Analisando a final entre Bagheri e Tazegul

























A esquerda

Mohammad Bagheri (quando venceu os Jogos Asiáticos 2010)
e Servet Tazegul (na conquista do Mundial 2011)


Quem viu a luta do iraniano Mohammad Bagheri contra o turco louco Servet Tazegul, na final da Seletiva Mundial para as Olimpíadas de Londres, no início deste mês, pode perceber por parte do iraniano uma significativa mudança de estratégia em relação a que manteve na final do Mundial, no início de Maio, contra o próprio Tazegul, quando perdeu de virada. Levando-se em conta que ambos já estavam classificados quando fizeram a final da Seletiva Olímpica, assim mesmo nenhum dos dois quis abrir mão da primeira colocação. Em Seletivas Olímpicas Mundiais passadas, houve finais que não ocorreram, pois um dos finalistas deixava de lado o primeiro lugar.
A luta, apesar de não ter sido nem sobra da empolgante final do Mundial deste ano, mostrou contornos táticos diferentes, os quais merecem uma análise cuidadosa por parte da Comissão Técnica da Seleção Brasileira e dos treinadores de Diogo Silva.
Bagheri, desta vez, não deu espaço para que o turco louco decolasse. Manteve-se próximo o tempo inteiro, clinchando logo na raiz do movimento inicial.
Rápido e de técnica apuradíssima, o iraniano, que é também um dos favoritos ao Ouro Olímpico, soube neutralizar a maior parte dos movimentos pliométricos do turco. Porém, Tazegul, medalha de bronze nas Olimpíadas de Pequim, mais maduro e consciente, não foi tão louco quanto das outras vezes. Ele soube atender aos pedidos do técnico que percebeu taticamente que o caminho da vitória teria de ser sem o espetáculo que todos queriam assistir. Nesta luta, o turco louco também provou que está preparado para combates mais táticos.

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