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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Federações de Taekwondo ainda não entenderam o papel que devem desempenhar

Marcus Rezende


Vejam como tudo poderia ser mais simples e dinâmico em uma Federação de Taekwondo se não fosse a ganância dos que não querem mudanças. Mudar o atual sistema implicaria tirar as migalhas que se recolhem de professores e mestres que se submetem às regras ilegais que eles criam.
Mas então como teria de ser? Como as entidades deveriam funcionar de forma salutar em conjunto com o verdadeiro desenvolvimento do taekwondo brasileiro?
Pra início de conversa, uma Federação Estadual só pode ser criada a partir da existência de três associações legalmente constituídas. Ou seja, se não existissem as associações, as federações não existiriam.
Mas existindo, e seguindo a lógica da coerência, a missão inicial dela seria a de convencer os taekwondistas do quanto valeria a pena fazer parte da entidade estadual.
O dono da Academia “A”, por exemplo, mestre Fulano de tal, receberia o convite e avaliaria o teor das ideias desta entidade. Digamos que ele achasse interessante e registrasse sua agremiação e seus alunos. Além disso, digamos que - ensinando há mais de 30 anos e com dezenas de professores espalhados pelo estado -, propusesse a sua prole que se filiasse também. Certamente, nesta toada, outras agremiações tenderiam a fazer o mesmo, influenciados pela adesão de um mestre conceituado no estado.
O presidente da federação, dentre diversas ideias, explicaria as propostas de competições, tanto na seara olímpica, quanto marcial. Além disso, demonstraria, com outras ideias, que o foco da entidade seria o fomento por meio, por exemplo, de apresentações em locais de grande movimentação popular em cidades importantes do estado. Ele entenderia que, em primeiro lugar, o mais importante é fazer com que mais pessoas queiram praticar a modalidade.
Em reunião com mestres e professores, ele criaria um ou mais grupos de demonstração do taekwondo para se apresentarem nesses locais. E em meio as apresentações, um enorme banner indicaria o site da entidade, pelo qual o expectador conseguiria localizar uma academia próxima à residência onde mora.
A Federação logicamente não se envolveria com a questão dos exames de faixa (o câncer do taekwondo brasileiro). Entenderia o presidente que esta é uma atribuição dos mestres. Porém, a federação não se furtaria em auxiliá-los a se registrarem à Kukkiwon, para que pudessem de forma independente remeter à coreia os registros de seus faixas pretas.
Em competições, por exemplo, a organização do evento não se preocuparia em checar se o praticante inscrito é ou não detentor da graduação descrita na ficha de inscrição. Se o mestre ou o professor o inscreveu em categoria de faixa errada, por má-fé, o problema será dele. Ele é quem irá responder pelos atos cometidos perante pais e os próprios alunos. Professores e mestres que cometem este tipo de atitude, em minha opinião, dão um tiro no próprio pé, por motivos óbvios. 

Dessa forma, se todos os presidentes de federações entendessem o seu real papel, com certeza a CBTKD também entenderia o dela. 
Mas não; preferem fazer parte do incrível exército comandado por Brancaleone, que brinca de destruir o taekwondo brasileiro.