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terça-feira, 23 de agosto de 2011

CBTKD e Kukkiwon selam equivalência de dans entre as entidades

A Confederação Brasileira de Taekwondo vai graduar todos os faixas-pretas que não possuem certificados da Kukkiwon.
A iniciativa já vinha sendo tentada desde 2007, mas agora, ao que parece, vai sair.
Acesse o link abaixo e faça sua inscrição.




Ao acessar novamente o site da CBTKD não encontrei mais a informação publicada. Portanto, é importante que fiquem atentos, pois podem ocorrer modificações relativas as datas.


Novo link acima para inscrição
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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Seletivas para cada competição internacional

Marcus Rezende

Ao ser desclassificada da Copa América, a Seleção Brasileira de futebol de imediato foi desfeita. Nos cargos ficaram apenas os profissionais da Comissão Técnica escolhidos pela CBF, como é de praxe. Cada um dos jogadores da seleção retornou a seus clubes para dar seguimento aos jogos do Campeonato Brasileiro em curso, ficando a espera de uma nova convocação, como a que ocorreu recentemente, quando sete novos jogadores foram chamados para formar o plantel que enfrentaria a Alemanha.
A Comissão Técnica, porém, em períodos de recesso, continua desenvolvendo outros tipos de trabalhos e ficam no aguardo de uma nova oportunidade para se reunirem com os jogadores de uma nova convocação.
Se no futebol, que é um esporte coletivo, é assim, porque no taekwondo brasileiro tem que ser diferente?
A equipe brasileira, pelo certo, deveria ser definida por meio de seletivas próximas às competições-alvo. Os atletas vencedores não têm de ser preparados técnica e fisicamente por técnicos da CBTKD; eles normalmente já chegam preparados, pois já saíram vitoriosos de uma seletiva. Não é a Comissão Técnica que vai deixá-los em condições de vencer uma competição internacional. Os técnicos da Seleção, em verdade, vão auxiliá-los nos momentos que precedem imediatamente à competição, bem como na hora do combate, porque preparados técnica e fisicamente, em tese, presume-se que eles já estejam. Aliás, desde 2002 defendo a ideia de que os treinadores de atletas da Seleção deveriam receber o status de Treinador Nacional. Seria o mínimo de reconhecimento aos que preparam os representantes do país.
Vejo que outra grande dificuldade ocorre quando setores externos à entidade obrigam que a confederação crie um agrupamento de atletas para representar o Brasil durante todo o calendário anual (o qual não pode ser alterado) com a justificativa de que estarão recebendo salários para isso.
Esse é o grande erro. O recebimento pecuniário que chega ao atleta por meio de verbas públicas é um incentivo independente que não pode estar atrelado ao fato de ele ser ou não da Seleção escolhida para o evento específico. A vaga deve ser conquistada em uma seletiva tão somente para aquele fim. A verba disponível ao atleta, na verdade, tem uma finalidade clara: dar a ele condições propícias para que trabalhe com mais tranqüilidade em parceria com o seu treinador, preparador físico e outros profissionais que compuserem seu grupo multidisciplinar.
Aí, podem me perguntar: Mas se houver uma seletiva no início do ano para uma competição específica e acontecer de outro atleta se classificar no lugar de quem é remunerado, como fica a situação deste atleta que ganhou, já que não recebe para representar o Brasil? Ora, eu respondo: o classificado vai vestir o uniforme da Seleção Brasileira, vai disputar a competição e pronto. Ele não tem que começar a receber por causa disso, tampouco aquele que perdeu vai deixar de receber por não representar o Brasil naquela competição.
O vitorioso da seletiva, novo componente daquela seleção (naquele momento), naquela competição específica, vai aguardar a chance de também ser agraciado com o dinheiro público no momento oportuno.
Atualmente a Petrobrás vem exigindo da CBTKD a formação de um agrupamento de 24 atletas, os quais por meio de contrato firmado recebem salários. Perfeito seria se em meio a tais exigências não houvesse aquela que obriga a entidade a manter os mesmos 24 como representantes do Brasil em todas as competições internacionais durante a vigência do contrato anual.
Pode ser muito bonito ver uma Seleção Brasileira reunida, treinando com técnicos específicos, durante períodos anuais. Mas o resultado é questionável e absurdamente desmotivador, tanto para os demais atletas não agraciados (que vão precisar aguardar o final do ano seguinte para tentar a chance), como para os treinadores de todo o país que se desmotivam a preparar atletas de alto rendimento.


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

OPINIÃO: Busca de informação deve ser decisão de cada profissional

Ricardo Andrade


O ressurgimento da questão da filiação ao sistema CONFEF/CREF, dos professores de artes marciais, yoga e dança, pode ser comparado ao enredo do clip de Michael Jackson, que arrebatou tantos prêmios - Thriller, onde os mortos-vivos (zumbis), emergiam da terra, para assombrar/assustar a mocinha em cena. E o Sr. Otávio Leite está capitaneando esse levante.
Acontece que os profissionais de artes marciais, yoga e dança, nem de longe se assemelham à mocinha do clip, pois ela tinha pavor do inusitado e assustador. Esses profissionais, há 13 anos vêm, sistematicamente apresentando suas razões, fundamentadas em preceitos legais e invocando conceitos legítimos, o que gerou decisão judicial favorável a esses profissionais.
A busca por informações, deve ser decisão de cada profissional, no intuito de aumentar seu conhecimento e seu currículo, procurando dessa forma, se diferenciar no mercado de trabalho.
Essa qualificação, seja na área de Educação Física, Saúde ou qualquer outra pertinente, pode também ser tutelada pelas entidades de artes marciais, yoga e dança, objetivando melhorar o nível de seus filiados, através de convênios com profissionais ou instituições de ensino.
Algumas questões, já levantadas em outras oportunidades, valem o registro:
1. Os mestres coreanos, chineses e japoneses não seriam capazes de passar o conhecimento do taekwondo, hapkido, kung fu, judô e karatê?
2. Ana Botafogo e os grandes mestres da dança, também não teriam capacidade de ensinar os primeiros passos, além das tão complexas coreografias?
3. Mestre Hermógenes e outros grandes nomes, precisariam de tal registro para propagar a filosofia e ensinamentos da yoga?
4. E o que falar dos grandes nomes da capoeira, também não teriam capacidade de transmitir os segredos dessa luta-dança brasileira?
5. E o sistema CONFEF/ CREF, porque cobra dos provisionados o mesmo valor de anuidade pago pelos graduados? Pois os provisionados só podem atuar naquela modalidade específica, enquanto os graduados, podem atuar em qualquer modalidade esportiva ou atividade física.
Vale ressaltar que o ressurgimento dessa fiscalização, se deve em grande parte à omissão em muitos casos, e a conivência em tantos outros, onde associações, federações e seus respectivos gestores, se locupletam de alguma forma, firmando convênios e baixando normas, que conseguem ser muito mais imorais do que inconstitucionais.
Finalizando, vamos retomar a analogia com o sucesso do "Rei do Pop", onde um dos trechos da letra diz: "E algo maligno está te espreitando no escuro, sob a luz da lua / Você tem uma visão que quase para o seu coração, você tenta gritar / Mas o terror toma o som antes de você fazê-lo, você começa a congelar / Enquanto o horror te olha bem nos seus olhos, você está paralisado!"
("Something evil's lurkin' in the dark, under the moonlight / You see a sight that almost stops your heart, you try to scream / But terror takes the sound before you make it, you start to freeze / As horror looks you right between the eyes, you're paralyzed")
Deixo para os leitores a substituição do trechos afins. Mas posso garantir que os profissionais em questão não assumirão a postura de apavorados ou acuados, lembrando sempre que em nosso país, infelizmente, existe o hábito de se criar dificuldades, para se vender facilidades.


Ricardo Andrade é faixa-preta de taekwondo do Rio de Janeiro, mestre 4º dan, formado em Educação Física e pós-graduado em treinamento desportivo.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Artes Marciais tem novo inimigo



Este aí é o Deputado Federal Otávio Leite do PSDB do Rio de Janeiro. Simplesmente o nobre deputado resolveu agora dar um cheque em branco ao Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) e seus Conselhos Regionais (CREFs).


Ele está fazendo tramitar no Congresso Nacional um Projeto de Lei no qual concede aos CREFs poder de fiscalizar todos os estabelecimentos que ofereçam qualquer tipo de atividade física. A desculpa desavergonhada é a de que estarão verificando as condições físicas do ambiente e se o local possui todos os requisitos para funcionamento.


Leia abaixo o disfarce da insensatez:


Os Crefs deverão estabelecer procedimentos de avaliação e inspeção, a fim de assegurar qualidade da prestação do serviço e a segurança e a higiene dos estabelecimentos. O estabelecimento que estiver com as atividades em dia deverá expor em local visível ao público o certificado expedido pelo conselho regional”.


Qual o tolo que não enxerga que, na verdade, supostamente querem pôr em prática o plano de impedir todo aquele que não for registrado nos Conselhos de atuar profissionalmente.


Ou seja, o deputado Otávio Leite está simplesmente rasgando a Constituição Federal, mais precisamente o artigo 5º, que define em seu inciso XIII:


É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;


O final do inciso é claro: “...que a lei estabelecer”. Dança, yoga e artes marciais ainda não estão estabelecidos em Lei, portanto não podem ser fiscalizados por Conselhos Regionais de outras profissões.


Mas os professores e mestres de taekwondo do Estado do Rio de Janeiro vão marcar este deputado em cima. O primeiro passo é mandarmos para ele toda a nossa indignação enquanto profissionais que merecem respeito e a independência de escolha de se registrarem ou não.