O que me deixa mais
estupefacto não é o fato de o Presidente provisório da CBTKD, sr.
Carlos Fernandes, sair desfiliando federações e respectivos
presidentes; dirigentes e mestres independentes sem a autorização
do STJD da entidade. Não! O que me deixa provisoriamente aflito é o
fato de os punidos (por um conselho ilegítimo formado pelos
presidentes das federações e amigos do altíssimo com procurações) nada fazerem para impedir esta
situação. De não irem à Justiça cobrar todos os danos morais
causados pela exposição das aberrações dos últimos dias. De não
pedirem liminarmente à Justiça o desfazimento deste ato ilegal sem
precedentes na história do esporte nacional.
Como pode um dirigente
de uma entidade nacional criar uma legislação própria,
desconsiderando a legislação desportiva que diz que qualquer
penalidade de desfiliação de atletas, dirigentes, entidades,
precede obrigatoriamente do crivo do STJD, orgão independente da
CBTKD cuja função é justamente julgar e punir as infrações tanto
de atletas, membros registrados e os próprios dirigentes? Jogou
esta atribuição às costas dos presidentes das federações, alguns
deles escandalosamente recebendo benesses (advindas da Lei Piva e do Ministério dos Esportes) e achando que
estão fazendo a coisa correta.
A punição dos
dirigentes Marcelino Barros (vice-presidente da Federação de
Taekwondo de Minas Gerais) e de Yeo Jun Kim (Presidente da Federação
de São Paulo), bem como a desfiliação das duas Federações (por
meio de voto em Assembleias Ordinárias e Extraordinárias) é tão
absurda que as consequências deste ato insano PODERIAM, e talvez possam, DETONAR a combalida gestão da CBTKD. Para isso, basta
que os caras se mexam, ora.
É triste ver
dirigentes de entidades tão significativas no cenário taekwondista
brasileiro aceitarem passivamente o golpe ilegal e ficarem quietos e
calados, sem ao menos gritarem à imprensa que há um ditador
cometendo diversas ilegalidades no taekwondo brasileiro, rasgando as
leis desportivas do país e se respaldando tão-somente no voto dos
presidentes das federações, uns até detentores de cargo dentro da
confederação, remunerado com dinheiro público.
De nada adianta
demonstrar por meio do “you tube” que se tem força dentro do
estado. É preciso mais contundência. Por exemplo: pegar os
discípulos e um grupo grande de filiados, paramentados de dobok.
Posicionar todos à porta de um grande jornal. Comunicar a outros
órgãos de imprensa sobre a manifestação que irão fazer e mandar
ver na denúncia do que está acontecendo nos bastidores do taekwondo
brasileiro. Fazer cartazes em prol da legalidade desportiva. Fazer
que a imprensa tenha de perguntar ao Rei: POR QUE isso? POR QUE
aquilo? Ele terá de dizer que rasgou a lei e usou o estatuto da
entidade e que o estatuto dele não precisa respeitar a lei maior.