Páginas

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

BANG publica desfiliação da FTEMG

Marcus Rezende


Sinceramente tem certas coisas que beiram mesmo ao absurdo, em se tratando da atual gestão da CBTKD e dos divulgadores de certas notícias importantes que a entidade oficial deixa escondida em editais.
Vejam,  o site Bang anuncia que a CBTKD desfiliou também a FTEMG e descreve até a ordem do dia do edital.
O edital publicado no site da entidade nacional é uma das maiores aberrações legais cometidas contra a mais bem organizada federação do Brasil.
O responsável pela nota no site BANG escreve “Para evitar quaisquer transtorno, dúvidas e principalmente especulações a orientação é aguardar a publicação oficial das informações pela CBTKD.
Bem, em se confirmando a desfiliação da  FTEMG, acredito que o senhor presidente provisório em exercício da CBTKD tratou de colocar a última pá de cal em seu temerário mandato tampão.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Taekwondo fora dos Jogos Escolares da Juventude


Marcus Rezende


  Quando soube que o taekwondo não participaria mais das Olimpíadas Escolares (hoje, Jogos Escolares da Juventude), resolvi entender qual teria sido o real motivo da retirada da modalidade olímpica de uma das mais importantes competições do calendário desportivo nacional.
Com alguns documentos colhidos pude logo entender o por quê.
Publiquei uma matéria no site Tkdlivre de nome Lambança pode ter contribuído para a saída do taekwondo das Olimpíadas Escolares. Nela, o leitor mais interessado poderá conhecer todos os detalhes do que, provavelmente, tenha sido o motivo.
A situação é impressionantemente inacreditável. Tudo aconteceu nas Olimpíadas Escolares de 2011, que ocorreram em Dezembro daquele ano. A Delegação do Paraná deixou que um atleta da Seleção Brasileira Junior se mantivesse inscrito na competição. Porém, faixas pretas não podem disputar as Olimpíadas Escolares; somente atletas menos graduados.
O que aconteceu? Na hora das lutas, o atleta foi reconhecido por técnicos de outros estados e pelo coordenador da Seleção Junior de Taekwondo, Junior Maciel. De imediato, Maciel e mais seis técnicos tentaram impedir o jovem de disputar. Entretanto, a chefe da delegação do Paraná, Márcia Tomadon, solicitou à Comissão Disciplinar da competição que punisse todos eles por estarem gerando constrangimento ao menino.
O pior de tudo, meus amigos, e que acabou contribuindo para a punição dos técnicos, foi a postura do presidente da Federação Paranaense de Taekwondo, Fernando Madureira (técnico da Seleção Brasileira principal de taekwondo), em defesa do jovem atleta. Ele enviou uma declaração dizendo que atleta da Seleção Brasileira Junior ainda não era faixa preta pela Federação, mas era registrado à CBTKD como tal, para que pudesse disputar as competições nacionais. 
  Diante da declaração de Madureira, a Comissão Disciplinar das Olimpíadas Escolares puniu os técnicos.
Veja se isso é possível? O dirigente afirma que o jovem não é faixa-preta, porém reconhece seu registro de 1º Dan junto à confederação. Simplesmente algo lastimável.
Pergunte a qualquer professor ou mestre deste país, que não exerça a função de dirigente, se conseguiria registrar um faixa vermelha-ponta preta na CBTKD como faixa-preta? NUNCA!
Dias depois, o caso foi parar no COB. Lá, a verdade apareceu: o jovem realmente estava registrado como faixa-preta. O Comitê Olímpico Brasileiro quis ouvir explicações do presidente provisório em exercício da CBTKD, Carlos Fernandes. O PPE reconheceu a falsidade da declaração assinada por Madureira e pediu reconsideração à punição dos seis técnicos. No entanto, sequer teceu comentários sobre o ato no mínimo imoral do presidente da Federação Paranaense de Taekwondo.
É o que venho afirmando há bastante tempo. Os caras estão brincando de administrar. Não conseguem separar os interesses pessoais da impessoalidade que precisam exercer à frente das entidades que presidem.
O taekwondo do Brasil está penando na mão desta gente.


sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

ESTATUTO DA CBTKD: Justiça quer ouvir Carlos Fernandes


Marcus Rezende 

 Um novo e excelente trabalho do articulista do site Tkdlivre, José Afonso Nunes, nos ajuda a entender um pouco mais a radiografia dos desmandos da atual gestão da CBTKD, comandados pelo presidente provisório em exercício, Carlos Fernandes.
O trabalho publicado pelo Tkdlivre, dia 05 de fevereiro, é tão minucioso que pode até ajudar à Justiça a tomar com mais convicção algumas decisões. Dados importantes tendem a facilitar o trabalho dos magistrados que têm se debruçado sobre processos contra a CBTKD. 
Eles entenderiam melhor, por exemplo, o porquê de tantas modificações no Estatuto Social da entidade, desde 21 de Novembro de 2011, quando Fernandes realizou uma assembleia extraordinária para modificar artigos que o beneficiariam nas eleições de Março deste ano, tais como o absurdo artigo que determina o prazo de 180 dias antes da eleição para a inscrição das chapas concorrentes. No estatuto anterior, o prazo era de 24 horas.
No edital da AGE de Novembro de 2011, a justificativa para tais mudanças residia em uma prévia determinação e homologação do Comitê Olímpico Brasileiro, algo que, na verdade, nunca se confirmou. Aliás, as aberrações inseridas no estatuto, que foi aprovado nesta famigerada assembleia, são tantas que certamente os homens do COB parariam de ler logo que se deparassem com o trecho inconstitucional que determina que somente podem concorrer ao cargo de presidente da CBTKD brasileiros natos com mais de 40 anos.
Agora, passado algum tempo, de tanto ser criticado, o presidente provisório resolveu remendar o texto mal ajambrado. Ele publicou uma nova convocação em caráter de urgência para rerratificar artigos do atual estatuto.
O Tkdlivre expõe as contradições inseridas neste conturbado período histórico da CBTKD e questiona: se as modificações de novembro de 2011 foram a pedido do COB, então por que rerratificaram o estatuto em outubro de 2012? E mais: no estatuto de 2011 há o art.73 que diz:... o estatuto aprovado não poderá ser modificado no prazo de quatro anos.
Afonso ainda deixa claro que o site BANG não teria sido honesto quando soltou uma nota dizendo que a oposição perde mais uma na justiça, referindo-se a decisão do Juiz da 48ª Vara Civil da Justiça do Rio de Janeiro, Mauro Nicolau Junior. O magistrado decidiu que o texto a reger a nova eleição de Março não deveria ser nem o anterior, o de 2007, nem o registrado em cartório com alterações. O que se supõe então que o juiz estivesse se referindo ao que ficou no papel; ou seja, o verdadeiro. Aquele que foi votado mas não registrado e por sua vez não publicado. E que talvez tenha sido remendado.
Afonso aponta que o magistrado não teve ciência da assembleia de rerratificação ocorrido em 05/10/2012. De qualquer forma, Fernandes terá a oportunidade de explicar tudo isso ao juiz em depoimento marcado para o dia 20 de Fevereiro.
Tudo é muito confuso como confusa é a administração de Carlos Fernandes. Pode-se imaginar como confusa deve também estar a cabeça daqueles que têm que rezar na cartilha do atual detentor das verbas públicas federais. O curioso é que ninguém o contesta, sobretudo porque há cargos à disposição. Ou fazem o que ele manda, ou dele se torna inimigo mortal.