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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

CBTKD convida para exame de faixa no Acre

Marcus Rezende


Se o taekwondista brasileiro fosse um sujeito mais esclarecido, a maioria das federações estaduais que pouco fazem pelos mestres e professores de taekwondo do estado em que atuam e a própria CBTKD estariam realmente falidas. Mas como não é assim, ainda há quem se submeta ao escárnio das bancas examinadoras promovidas por esta entidade.

A falência a que me refiro já deu as caras. A aparente organização que demonstram possuir, se dá em razão do financiamento público cuja tendência é minguar logo após as Olimpíadas.
E nesta toada, o negócio é arrecadar a grana em exames de faixa de quem quer ostentar altas graduações.

No site paralelo da confederação, podemos apreciar o recente convite feito aos faixas pretas do estado do Acre, para que participem do exame de faixa que deve ocorrer em 28 de Dezembro.

A CBTKD faz questão de ressaltar que só receberá as taxas de registro da entidade, conforme a tabela. Porém, apresenta os singulares valores das taxas de exame de primeiro a sétimo dan (de R$ 860 a R$ 6 mil), sem definir quem vai levar o dinheiro.

A CBTKD esclarece que a banca examinadora é ela quem escolhe. Ou seja, o dindim da famigerada taxa vai para os mestres que compõem esta banca.

Enquanto alguns incautos se submetem a isso, a despeito de estarem obedecendo uma legalidade imposta, os mestres mais esclarecidos, obviamente, já há muito tempo, não dispensam um centavo de seus alunos a estes dirigentes que teimam em achar que mandam no pedaço. 

Centenas de profissionais do taekwondo por este Brasil afora estão se lixando para estas entidades. Não sentem a menor falta de se registrarem a elas, pois já perceberam que o trabalho que realizam não muda em nada. As federações até poderiam ser importantes. Mas não são porque não sabem ser.

Com a evolução das comunicações e a troca imediata de informações, muitos mestres perceberam que não dependem destes caras para manter o seu trabalho; que podem constituir a própria escola de taekwondo e certificar seus alunos com uma identidade própria. Muitos ainda já travam contato direto com entidades internacionais para um respaldo mais abrangente.

Diriam alguns dirigentes: E o sonho Olímpico dos praticantes?
Responderiam os mestres e professores: Quem os têm?
O sujeito que procura uma academia de Taekwondo quer aprender a se defender e não se tornar medalhista olímpico.


Se nos detivermos, por exemplo, aos grupos do facebook descobriremos muitos mestres e professores independentes trabalhando sem se importar com estas entidades. Essa é uma tendência natural. Cabe aos administradores do taekwondo brasileiro avaliarem o quadro e se reinventarem.