Fiquei muito feliz quando li no site Tkdlivre que o Ministério Público do Rio Grande do Sul proibiu que crianças naquele estado compitam nos mesmos moldes que adultos e adolescentes. O MP firmou um acordo com a Federação gaúcha em defesa das crianças praticantes de taekwondo. O promotor gaúcho Luciano Dipp Muratt tomou a decisão mais acertada em favor da manutenção desses jovens dentro da modalidade. A não exposição de crianças aos fortes golpes (mesmo com toda a proteção), além de ser a garantia da preservação físico-psicológico da criança, possibilita que professores não percam alunos.
O trabalho junto ao MP gaúcho é do mestre Juliano Tomé, um especialista em direito desportivo que vem contribuindo enormemente com algumas lutas em favor do taekwondo brasileiro. Ele é um dos que também lutam contra a ilegalidade dos exames de faixas.
Venho lutando para que os dirigentes mudem o foco das competições para crianças, retirando os placares eletrônicos, os chutes fortes nos protetores, concebendo apenas (no frente a frente) a exposição da técnica sem o contato. Competição sem contato físico evita a pesagem; as categorias são feitas por idade. Evita que alguns professores cometam o absurdo, por exemplo, de expor uma criança com 35 quilos a ficar em jejum para perder peso.
Espero que a decisão do promotor gaúcho reflita em outras federações e que a CBTKD possa se sensibilizar e decretar, por meio de sua direção técnica, o fim das competições das categorias mirim e infantil nos moldes em que lutam adolescentes e adultos.
As categorias de peso mirim e infantil foram inventadas há mais de 20 anos sem nenhum critério técnico.
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