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domingo, 26 de dezembro de 2010

COMPETIÇÃO SELETIVA PÓS 1986

Marcus Rezende


Se levarmos em consideração que em 2016 os atletas que vão representar o Brasil certamente não terão mais de 30 anos, é certo inferirmos que todos os recursos visando preparar atletas para o grande ano não podem ser destinados àqueles que nasceram antes de 1986. Natália, Márcio, Marcel, Diogo, Leonardo, Douglas e outros (todos nascidos antes desta data) deverão ser contemplados com outros incentivos da CBTKD.

Isso não quer dizer que Natália, por exemplo, vá estar velha para às Olimpíadas do Rio. Ela vai estar com 32 anos e provavelmente em forma. Pelo histórico, deve ser a exceção desta previsão que se calca em uma tendência. Portanto, é preciso que se defina o que é recurso para os atletas atuais e o que visa preparar aqueles que realmente vão estar nos Jogos Olímpicos do Rio.

Os novos tempos dentro da CBTKD precisam também ser os tempos de uma renovação de idéias e dinâmicas. Para tanto, é preciso, por exemplo, que a partir de 2011 a Confederação realize no mês de Novembro uma grande Competição Seletiva Pós 1986. Um mega evento aberto a todos os atletas do Brasil, sem distinção e sem entraves burocráticos. Devendo está seletiva se repetir todos os anos até 2015.

A receita é simples e objetiva. Todos os atletas nascidos após está data vão concorrer a uma espécie de bolsa Olímpica para o ano seguinte. Essa bolsa pode vir tanto por parte de empresas públicas quanto privadas. Os três primeiros colocados de cada categoria olímpica (24 atletas), vão ter a oportunidade de receber uma quantia mensal durante o ano inteiro para poder manter seus treinamentos. No ano seguinte vão lutar de novo para defender a manutenção da bolsa. O treinador do atleta contemplado receberá 40% do total. A bolsa, logicamente, terá valores diferenciados conforme a classificação.

Todavia, a Competição Seletiva Pós 1986 não seria definidora de convocação para EOP ou Seleção Brasileira. Essa é outra história, que também precisa ser debatida. Ela é tão somente uma competição na qual vão estar presentes os prováveis representantes do Brasil em 2016.

Eu vejo essa iniciativa de forma muito simples. Em primeiro lugar é preciso um ranking nacional urgentemente para todos os competidores do Brasil.

Os atletas nascidos após 1986 vão ocupar nas chaves dessa seletiva as posições condizentes com as que têm no ranking. Exemplo: categoria até 58 kg. 1º do ranking: Márcio Wenceslau (nascido antes de 1986), não pode disputar a seletiva. 2º do ranking: Reginaldo Santos (nascido antes de 1986), também não pode disputar. 3º do ranking: Zezinho das Candongas (nascido depois de 1986). Este, sim, pode e será colocado na posição nº 1 da chave. E assim por diante.

Para uma ação como está seria preciso que a Confederação, nos primeiros dias de janeiro, definisse a data do evento e, até março, preparasse o projeto de bolsa a ser encaminhado às empresas com tendência a investir no esporte olímpico. O COB poderia certamente indicar a quais empresas o projeto teria mais chances de emplacar. O valor desta ação (que contemplaria, pelo menos duas viagens internacionais por ano) seria de cerca de R$ 2.200.000.

Pode parecer muito. Mas não é. É uma mixaria se pensarmos no que está sendo investindo, por exemplo, no Taekwondo mexicano. Temos seis anos pela frente. Parece muito tempo. Mas não é nada quando o trabalho precisa galopar para o surgimento de novos valores. O TEMPO URGE.


quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Olimpíadas 2012: não há muito o que pensar

Marcus Rezende

Mesmo com o sistema de definição de seleção brasileira degringolado há muito tempo, por sorte ainda temos algumas estrelas. Portanto, diante de tal conjuntura, todas as fichas deveriam ser depositadas em cinco nomes:Natalia Falavigna, Márcio Wenceslau, Diogo Silva, Leonardo Santos e Kátia Arakaki.O foco agora é tentar classificar o máximo de atletas para os Jogos Olímpicos de Londres, ano que vem. Em paralelo, desenvolver novos processos de fomento e de alto rendimento condizentes com o tamanho do Brasil visando 2016.
A primeira tentativa será em Julho, na Qualificação Olímpica Mundial, em Baku, Azerbaijão. Em minha opinião, a CBTKD deveria investir todas as fichas nesses nomes. Todavia, para esta primeira investida (16 a 19 de Julho - foi modificado para 30/06 a 03/07), Leonardo ficaria de fora se preparando para janeiro de 2012 na qualificação pan-americana. Creio que Natalia já se classifique este ano. Para os outros a parada mundial é duríssima. Restaria então a segunda oportunidade. Em minha avaliação, apesar de na qualificação Mundial Diogo e Márcio reunirem mais chances que Leonardo, na Pan-Americana nosso peso-pesado já aparece em melhores condições que Diogo.
Ainda que Márcio e Diogo não consigam a classificação na fase Mundial, a prioridade para tentar a vaga em Janeiro de 2012 (corrigindo: novembro de 2011), no México, continuaria sendo de Márcio. E com ele Leonardo e Kátia. Talvez seja esta a receita para conseguirmos levar os 4 atletas às Olimpíadas de Londres.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

16 categorias: 16 Seleções Brasileiras

Marcus Rezende

Por que algumas pessoas complicam o que deveria ser algo tão simples quando se fala em Seleção Brasileira? Cada atleta de alto rendimento do Brasil tem seus próprios treinadores. Cada atleta, na verdade, vamos ser francos, é uma seleção, pois a sua medalha tem a mesma força da medalha do vôlei, futebol, basquete etc. Ou seja, são 16 possibilidades nas competições normais e 8 nas Olímpicas. Pelo menos em 2016 o Brasil terá quatro vagas garantidas sem precisar participar de seletivas, por ser o país sede. Portanto, grosso modo, podemos entender que cada categoria representa uma equipe.
Por meio do trabalho individualizado de cada um deles é que chegam à Seleção. Então por que mudar a dinâmica dessas pessoas (quando alcançam a posição de titulares das vagas) fazendo-as treinar concentradas, todas juntas, por períodos de 10 a 15 dias todo o mês?
Alguns diriam: Os atletas não têm estrutura, não tem preparadores físicos, não têm equipamentos etc. Não se pode subestimar a capacidade de quem, mesmo com as dificuldades inerentes à falta de apoio desportivo, consegue vencer competições nacionais.
O que a CBTKD tem que fazer inicialmente é envidar esforços para a qualificação de mais treinadores e criar centros de treinamento para o taekwondo. No entanto, não seriam CTs para técnicos impostos pela CBTKD, mas sim de livre acesso aos atletas da Seleção e de seus treinadores, ou mesmo dos que estão em nível de Seleção Brasileira ou dos que compõem o que chamam de EOP. O atleta que não possuísse local adequado para treinar faria uso desse equipamento.
Seria muito mais inteligente e menos custoso para a CBTKD se os técnicos oficiais da Seleção Brasileira criassem uma agenda de visitas a estes atletas. Bem mais barato é deslocar dois ou três, do que 32 atletas (todo mês). Na verdade, o deslocamento de atletas, além de ser caro, é contraproducente.
Os CTs poderiam ser em Porto Alegre, Londrina, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Distrito Federal, Recife e Fortaleza. Ainda assim, são poucos. O ideal seria um CT em cada estado. Agora há dinheiro para isso.
Com R$ 160 por mês, ou quase R$ 2 milhões por ano, a CBTKD pagaria de forma escalonada 32 atletas (e eles pagariam a seus respectivos treinadores e preparadores físicos) e toda a comissão técnica. Esta quantia é irrisória quando vislumbramos a quantidade de medalhas que se disputa em cada competição. Os 32 atletas estariam garantidos durante aquele ano, recebendo a ajuda de custo. No entanto, estariam disputando as vagas para os eventos internacionais em pauta.
Os atletas só se reuniriam nas datas precedentes às competições internacionais, dispensando-se as ineficazes concentrações. Seriam treinamentos públicos onde a mídia poderia ser chamada.

domingo, 5 de dezembro de 2010

MAIS EDUCAÇÃO com a HO: crianças fazem primeiro exame


A Escola HO - Highway One (Niterói/RJ) promoveu o seu último exame de faixa do ano tendo como destaque os alunos do Colégio Estadual Guilherme Briggs, os quais fazem parte do Projeto Mais Educação, do MEC. Eles prestaram o seu primeiro exame e apresentaram um desempenho acima das expectativas. Os meninos se superaram. Os professores Marcelo Peluso, José Paulo Gurgel, Wellington Marques e Sérgio Garritano (responsáveis pelos cerca de 300 alunos do colégio) fizeram um excelente trabalho.

Eles têm desenvolvido uma dinâmica de trabalho dentro da instituição de ensino que possibilita que os alunos treinem até quatro vezes na semana, o que tem feito a diferença. Supervisionando o belo trabalho dos quatro professores está o mestre Ricardo Andrade, Diretor Geral da HO, que também desenvolve de forma voluntária um trabalho em outro Projeto: o Pró-Criança.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

RANKING MUNDIAL: Apenas quatro brasileiros entre os 20 da categoria

Atualizado o ranking mundial, poucos são os brasileiros que se mantém entre os 20 primeiros do mundo no taekwondo. Entre os que se sustentam até a vigésima posição duas mulheres e dois homens: Natália Falavigna na 7ª e Kátia Arakaki na 18ª; Diogo Silva em 13º e Douglas Marcelino em 14º. Os demais brasileiros estão em posições ruins e precisam urgentemente participar de competições internacionais. É claro que em Janeiro a posição deve se modificar em vista da participação brasileira no Campeonato Pan-Americano, no México, entre 8 e 12 de Dezembro. Mesmo assim, o posicionamento dos nossos atletas está muito abaixo do que se espera em vista do investimento que está por vir. A curiosidade está na posição de nosso grande atleta Marcel Wenceslau (134º). Mas é certo que, voltando às competições, voltará ao lugar que sempre mereceu ficar.Eis as posições de outros brasileiros: Márcio Wenceslau (22º), Henrique Moura (36º), Leonardo Santos (56º), André Bilia (60º), Reginaldo Santos (72º), André Almeida (78º); Cristiano Valeriano (79º), Fernanda Mattos (25ª), Raphaela Pereira (36ª), Fernanda Souza (39ª), Talisca Reis (59ª); Débora Nunes (59ª), Rafaela Araújo (61ª), Lívia Miranda (71ª).

CURIOSIDADE: Se serve de consolo, na categoria até 49 kg (feminino), a Coréia só aparece na 30ª posição. No entanto, na de cima, há quatro à frente de Kátia Arakaki.

Fonte: WTF