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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

16 categorias: 16 Seleções Brasileiras

Marcus Rezende

Por que algumas pessoas complicam o que deveria ser algo tão simples quando se fala em Seleção Brasileira? Cada atleta de alto rendimento do Brasil tem seus próprios treinadores. Cada atleta, na verdade, vamos ser francos, é uma seleção, pois a sua medalha tem a mesma força da medalha do vôlei, futebol, basquete etc. Ou seja, são 16 possibilidades nas competições normais e 8 nas Olímpicas. Pelo menos em 2016 o Brasil terá quatro vagas garantidas sem precisar participar de seletivas, por ser o país sede. Portanto, grosso modo, podemos entender que cada categoria representa uma equipe.
Por meio do trabalho individualizado de cada um deles é que chegam à Seleção. Então por que mudar a dinâmica dessas pessoas (quando alcançam a posição de titulares das vagas) fazendo-as treinar concentradas, todas juntas, por períodos de 10 a 15 dias todo o mês?
Alguns diriam: Os atletas não têm estrutura, não tem preparadores físicos, não têm equipamentos etc. Não se pode subestimar a capacidade de quem, mesmo com as dificuldades inerentes à falta de apoio desportivo, consegue vencer competições nacionais.
O que a CBTKD tem que fazer inicialmente é envidar esforços para a qualificação de mais treinadores e criar centros de treinamento para o taekwondo. No entanto, não seriam CTs para técnicos impostos pela CBTKD, mas sim de livre acesso aos atletas da Seleção e de seus treinadores, ou mesmo dos que estão em nível de Seleção Brasileira ou dos que compõem o que chamam de EOP. O atleta que não possuísse local adequado para treinar faria uso desse equipamento.
Seria muito mais inteligente e menos custoso para a CBTKD se os técnicos oficiais da Seleção Brasileira criassem uma agenda de visitas a estes atletas. Bem mais barato é deslocar dois ou três, do que 32 atletas (todo mês). Na verdade, o deslocamento de atletas, além de ser caro, é contraproducente.
Os CTs poderiam ser em Porto Alegre, Londrina, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Distrito Federal, Recife e Fortaleza. Ainda assim, são poucos. O ideal seria um CT em cada estado. Agora há dinheiro para isso.
Com R$ 160 por mês, ou quase R$ 2 milhões por ano, a CBTKD pagaria de forma escalonada 32 atletas (e eles pagariam a seus respectivos treinadores e preparadores físicos) e toda a comissão técnica. Esta quantia é irrisória quando vislumbramos a quantidade de medalhas que se disputa em cada competição. Os 32 atletas estariam garantidos durante aquele ano, recebendo a ajuda de custo. No entanto, estariam disputando as vagas para os eventos internacionais em pauta.
Os atletas só se reuniriam nas datas precedentes às competições internacionais, dispensando-se as ineficazes concentrações. Seriam treinamentos públicos onde a mídia poderia ser chamada.

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