Páginas

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Troca de técnico pode não adiantar se estrutura não mudar

Marcus Rezende


O site Tkdlivre deu publicidade a duas matérias que circularam pela cidade de Londrina. Uma na Rádio CBN de lá e outra no Jornal de Londrina. O motivo: a rota de colisão entre a maior expoente do taekwondo nacional, Natália Falavigna e o técnico da seleção brasileira, Fernando Madureira.


E, ao que parece, em questão de horas, a CBTKD deve anunciar o desligamento de Madureira da Seleção Brasileira de Taekwondo, pois de acordo com o que noticiou a rádio, foi o próprio técnico que pediu para sair.


A polêmica começou logo após a conquista da vaga olímpica para Londres. Natália fez declarações à imprensa desqualificando os treinadores brasileiros e o técnico não gostou. Quem quiser ler a integra do que foi noticiado, entre no site tkdlivre.com ou mesmo no taekwondonews.com.br


Em minha opinião, Natália teria razão se dissesse que Jean Lopez é mais bem qualificado que os treinadores brasileiros e que sua estrutura de treinamento está bem acima da que dispõe os treinadores daqui. Porém, não concordo com a premissa de que os treinadores brasileiros não consigam fazer campeões mundiais. A própria Natália conquistou dois títulos mundiais sob a batuta de brasileiros.


Nessa história toda, uma coisa é certa: se Madureira realmente sair, pouca diferença fará, pois o problema não está no técnico, mas sim na estrutura técnica da CBTKD. Madureira é um ótimo treinador. Já provou isso formando ótimos atletas. Se ele sair, qualquer outro que entrar vai também amargar os problemas estruturais que acabam levando atletas brasileiros a participações pífias em competições internacionais.


Enquanto acreditarem que um único homem e uma única mulher, em um país enorme como o Brasil, vão dar conta de treinar todos os atletas em nível de Seleção, teremos a cada findar de temporada uma nova troca de técnico.


Lógico que é muito importante que o técnico tenha visão estratégica, que tenha às mãos, na hora da competição, atletas preparados para executar técnica e taticamente o que lhe for designado. Porém, quem prepara este atleta não precisa ser necessariamente ele. E aí é que reside um dos grandes gargalos do taekwondo brasileiro: a vaidade daquele que é escolhido como o cara da hora.


O técnico inteligente jamais deixa ser picado pela mosca azul; o técnico inteligente interage com o treinador de origem do atleta; o técnico inteligente, se for o caso, auxilia o treinador do atleta, caso encontre algo que possa otimizar nele; o técnico inteligente não diz para o atleta dos outros que ele é quem sabe; o técnico inteligente tem consciência de que também tem falhas e que pode errar e que, portanto, na interação com os demais treinadores pode crescer ainda mais.


Em resumo, o técnico da Seleção Brasileira, já que não tem como modificar a estrutura já formatada, precisa ser, no mínimo, inteligente.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Tirando do ar a imagem de um campeão

Marcus Rezende

Esta semana recebi um e-mail do técnico da Seleção Brasileira, Fernando Madureira, no qual ele se mostrava bastante descontente comigo pelo fato de eu ter publicado uma matéria no blog expondo a imagem de um de seus alunos, o qual é um dos principais atletas da seleção juvenil do Brasil.
A imagem ilustrava a matéria abaixo que versava sobre a minha não concordância quanto ao atual sistema de escolha dos atletas mais jovens para uma seleção para um ano inteiro, alegando as transformações fisiológicas por que passam meninos nesta faixa etária.
Pedi desculpas ao técnico acrescentando que não tive a intenção de depreciar ninguém em particular, mas sim expor uma opinião sobre as regras criadas. Em hipótese alguma quis pôr em xeque o trabalho do técnico da seleção junto a seus alunos, muito porque Madureira tem um trabalho reconhecido nacional e internacionalmente.
De imediato retirei a foto do campeão do ar e encaminhei o pedido de desculpas. Assim sendo, só nos resta torcer para que o jovem ainda traga muitas alegrias ao taekwondo brasileiro.

domingo, 27 de novembro de 2011

Seleções para o ano todo também com os Juniores do Brasil

Marcus Rezende


Ao que parece, teremos mais um ano perdido para o taekwondo brasileiro, em vista do que foi divulgado pelo departamento técnico para as categorias Adulto e Junior. Além das mesmas fórmulas de escolha dos atletas, a cidade olímpica, o Rio de Janeiro, só terá um evento, pois o Open Cidade Maravilhosa, provavelmente não deve ocorrer mais uma vez. Pode ser que eu esteja errado. Mas acho que só acontece se a CBTKD entrar com a grana.



O esquema para a Seleção Adulta continua o mesmo, ou seja, com a velha fórmula que vai continuar trazendo as mesmas frustrações, tanto para atletas, quanto para os componentes diretores. Mas pra que mudar o que já está ruim, não é verdade?



No aspecto das categorias Junior, aí a coisa desanda mesmo. A CBTKD vai definir uma seleção brasileira já no início do ano que vem, sem levar em conta as mudanças fisiológicas de jovens entre 14 e 17 anos. Eu venho falando isso há muito tempo. Inclusive tive oportunidade de expor o que penso ao presidente da CBTKD em Maio deste ano. Disse a ele que não se pode tratar garotos em plena fase de desenvolvimento como adultos.



A escolha de uma seleção de garotos, logo no início de 2012, utilizando os ranqueados de 2011 não faz o menor sentido. Faria, sim, se esta seletiva fosse para definir quem receberia apoio financeiro para se desenvolver, independentemente da categoria que estivessem no momento. Aí, sim, eu aplaudiria. Mas definir precocemente em que peso cada um deles terá de lutar no decorrer do ano, e ainda fechar as portas da casa aos demais garotos brasileiros até o ano seguinte, é uma insensatez. Ou seja, o praticante Junior que quiser uma chance em 2013, que vença em 2012 e que, por favor, mantenha-se fisiologicamente da mesma forma, pois talvez precise se manter com a mesma estrutura física por dois anos: no ano em que luta pela chance da seletiva final e no seguinte, quando estará dentro da seleção.



Vou repetir, para esta categoria, as seletivas também precisam ser próximas às datas das competições internacionais. Devem ser abertas a todos os praticantes brasileiros. Às vezes, na simplicidade se atinge a eficácia.



Continuo a afirmar, ainda há tempo de mudar.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Natália Falavigna opina em entrevista ao Correio

Marcus Rezende

Quando eu escrevo que cada atleta é uma Seleção em particular, os homens do poder e outros que se encostam para usufruir das benesses, acham que não. Creem que o sistema atual tem de ser mantido como está e que o sucesso é uma questão de tempo. Vão envelhecer, os resultados não vão chegar e a distância, que hoje já é cavalar, vai aumentar ainda mais.
Esta semana, quem veio a público referendar de forma subliminar o que já venho falando há 11 anos, foi a maior expoente do taekwondo nacional, Natália Falavigna. Em entrevista ao Correio Braziliense, a medalhista de bronze nas Olimpíadas de Pequim falou o que pensa e desqualificou os treinadores que vem sendo escolhidos pela CBTKD, deixando claro que vai se preparar para Londres da mesma forma de sempre: COM SUA PRÓPRIA EQUIPE.
Natália, apesar de dizer que a CBTKD deveria ter técnicos mais bem qualificados, mostrou nas entrelinhas que em seu treinamento ninguém vai meter a colher. Então, por que a entidade nacional não aproveita a deixa e muda radicalmente essa estrutura fracassada e sem resultados dignos para o montante de dinheiro público investido? O técnico deve realmente ser alguém muito bem qualificado, mas isso não implica dizer que ele deva ser o responsável pelo trabalho em particular de cada um. Ele é alguém que, conhecendo bem todos os atletas, terá ótimas condições de auxiliá-los na hora dos combates.
Por que não aproveitam esta seletiva fechada para abandonar o velho sistema e escolher simplesmente aqueles que serão apoiados durante o ano de 2012, deixando que eles, com o aporte financeiro (e com outros apoios que venham a conseguir) escolham com que equipe vão treinar. Pode ser no Japão, no Nepal, no interior do Acre, não importa. Ou se consolidadam ou perdem espaço nas seletivas do calendário anual, onde teriam que participar. A própria Natália, teria que participar, se quisesse ser escolhida como a atleta da categoria para aquela competição específica.
Em paralelo, a confederação sairia à caça de quem pode ser preparado para 2016. Repito, não entendam o “PREPARADO” como responsabilidade de a entidade PREPARAR. Uma jovem, hoje, por exemplo, que não tenha chance de enfrentar uma Natália Falavigna, se tiver apoio para se dedicar aos treinamentos, pode ser que consiga vencê-la.

Ainda há tempo de mudar.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Levando protetores eletrônicos a todo o Brasil

O mestre Jorge Gonçalves, do DF, primeiro atleta a conquistar uma medalha para o Brasil em campeonatos mundiais, em 1991, se não for o único a possuir protetores eletrônicos de cabeça, é um deles.

São dois kits com coletes e capacetes eletrônicos Daedo (TK-STRIKE), os quais ele está pondo à disposição de quem costuma organizar competições. O capacete eletrônico ainda não é um aparato oficial reconhecido, porém, segundo Jorge, já faz grande sucesso nos EUA.

O mestre de Brasília também oferece treinamento para os árbitros e organizadores, no sentido de aprenderem a operar o equipamento, bem como às meias eletrônicas.

São:

10 Pares de meias

03 Pares de coletes números #2,#3 e #4

02 Transmissores

01 Receptor

02 Pares de Joisticks

02 Transmissores extra

domingo, 20 de novembro de 2011

Curso da Kukkiwon traz excelência técnica a professores e mestres brasileiros

Terminou neste domingo a maratona que envolveu dois dias de intenso treinamento de poomsaes com o renomado grão-mestre da Kukkiwon, Lee Chong Kwan, e com o exame de equivalência de dan dos mestres brasileiros, realizado no terceiro dia, pela banca examinadora da entidade internacional.

No primeiro dia, o grão-mestre corrigiu os movimentos dos poomsaes de Taekguk O'djang a Chungkwong. Com muita paciência e total atenção aos taekwondistas brasileiros, Lee fazia as observações pertinentes às técnicas que deveriam ser treinadas e apresentadas no dia do exame.

O grão-mestre, de 61 anos, e que já está aposentado (e que abriu uma exceção para vir ao Brasil) se mostrava entusiasmado. Ele procurava deixar claro que entendia a particularidade dos movimentos próprios de cada estilo desenvolvido no Brasil ao longo destes mais de 40 anos, mas que tinha a obrigação de mostrar e exigir que os examinandos apresentassem seus poomsaes da forma com que a Kukkiwon tem cobrado nos exames que realiza.

No sábado, o treinamento tornou-se mais intenso ainda. Lee não deu trégua a ninguém e os poomsaes foram repetidos exaustivamente. Houve quem dissesse: “treinei nesses dois dias mais poomsaes do que em toda a minha vida de taekwondo”. Presentes ao curso, pude verificar muita gente boa e praticantes ainda com muita dificuldade. Fiquei impressionado em particular com a qualidade técnica do casal Márcio Louzada e Manoela Pontual, do Rio, bem como também da menina Érica do Distrito Federal. A qualidade dos movimentos deles se destacavam e denotavam o quanto estão treinando as formas do taekwondo.

Não posso deixar de dar destaque também ao que apresentou o mestre Renato Ribeiro, do Rio, nosso representante brasileiro em todos os mundias de poomsaes. Ele interagiu muito com o grão-mestre da Kukkiwon, pedindo respostas sobre diferenças na execução de técnicas exigidas pela entidade, as quais a WTF cobra de forma diferente.

No Domingo aconteceu a equivalência da graduação de cada mestre inscrito. Os postulantes à validação de dan nacional se apresentaram para a banca examinadora com muito empenho. Diferentemente do que a entidade internacional costuma cobrar em seus exames, desta vez a banca examinadora resolveu exigir que os mestres lutassem entre si. Algumas lutas pegaram fogo, mas com muito respeito e maturidade de todos.

Além da parte técnica, todos os mestres 6º e 7º dans vão ter ainda de enviar à CBTKD, no prazo de uma semana, uma tese de 10 páginas. A grande preocupação ficou por conta da notícia de que a graduação nacional pode ser ou não convalidada. Pior, o Porta-Voz da entidade, o português César Valentin, disse que, dependendo do exame, o postulante ao dan pretendido pode não receber o certificado com a graduação que postulou, mas sim com uma inferior.

Agora é aguardar pelo resultado que deverá ser publicado no site da Kukkiwon.

Natália dá a volta por cima e se classifica para as Olimpíadas

Marcus Rezende

Natália conquista a vaga para as olimpíadas de Londres e prova mais uma vez o que venho falando desde 2002 aos gestores da CBTKD: o taekwondo é um esporte individual e como tal deve ser tratado. Assim sendo, os atletas devem treinar com os seus próprios treinadores.

A nossa menina de ouro, desde o começo de sua carreira desportiva nunca se prendeu aos planejamentos desorganizados da entidade nacional ao longo destes 10 anos. Ela sempre teve ao seu lado os técnicos que ela mesma escolhia. Nunca aceitou interferência de comissão técnica alguma da entidade nacional, que não estivesse no seu próprio planejamento. O resultado disso foram as conquistas ao longo destes 12 anos de carreira. Vamos citar somente três: o Mundial Juvenil de 2000; o Mundial adulto de 2005 e a medalha de bronze nas Olimpíadas de Pequim, em 2008.

Natália ficou dois anos parada e quando retornou aos dojans foi buscar no norte-americano Jean Lopez, um dos maiores técnicos do mundo, o suporte para a classificação olímpica. Tentou a medalha nos Jogos Pan-Americanos, mas ainda estava sem totais condições físicas. Perdeu em sua primeira luta. Viajou para os EUA com o novo treinador, Reginaldo dos Santos, visando a preparação para a conquista da vaga neste dia 20 de Novembro.

Desembarcou no México, venceu a fortíssima cubana Glehnis Horta e nem precisou fazer a final com a Mexicana Maria Del Rosário Spinoza, que se absteve de lutar, deixando o título para a brasileira.

O Brasil reedita em Londres os mesmos atletas das Olimpíadas de Atenas, em 2004: Diogo e Natália.

Vamos ver se a lição é apreendida ou se a teimosia continua.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Esperança da única vaga feminina nos pés de Natália

Márcio Wenceslau e Kátia Arakaki perderam a vaga para as Olimpíadas de Londres.

Bem longe das previsões que fiz, ambos foram surpreendidos por atletas da Colômbia e Guatemala, respectivamente.
Katia conseguiu passar pela canadense Ivett Gonda, porém não resistiu a Guatemalteca Elizabeth Zamora, a qual se sagrou campeã da seletiva. Com Zamora também se classificaram (na categoria até 49 Kg) a mexicana Janette Alegria e a argentina Carola Lopez.
Já Márcio, depois de perder para o Colombiano Oscar Munhoz (campeão da seletiva), tentou a terceira vaga (na categoria até 58 Kg) na repescagem contra o Mexicano Damian Villa. Villa também caíu frente ao costa-riquenho Heiner Oviedo, que ficou com a segunda vaga para Londres. A terceira e última vaga ficou com o mexicano.
A esperança agora recai sobre os ombros de nossa maior estrela, Natália Falavigna.
Ficamos na torcida

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Primeiras lutas da seletiva definidas

Direto do México:

O atleta Márcio Wenceslau pegou baia na primeira luta e vai esperar entre
El Salvador e Guiana. Ele tem 4 lutas.
Katia Arakaki vai fazer a primeira luta contra Ivett Gonda, do Canadá, parada duríssima. Mas vamos torcer muito. Natalia, por sua vez, pega Honduras.

22h20min. A informação ainda não está no site da CBTKD.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Nem tudo está perdido

Marcus Rezende

Apesar de um ano de resultados internacionais muito ruins para o taekwondo brasileiro, de decisões políticas pouco expressivas (no que tange ao marketing e ao fomento da modalidade) e da manutenção de um projeto de formação de seleção brasileira que há 10 anos vem dando errado, não podemos deixar de enaltecer o trabalho realizado, este ano, na organização administrativa da entidade. Um trabalho realmente de muito boa qualidade.

É importante que se diga que Isso se deve fortemente ao empenho de três profissionais muito competentes: o jovem Juliano Tomé, Superintendente Executivo (que tem organizado toda a documentação da confederação entre outros afazeres de grande relevância); Luiz Albulquerque, Gerente Administrativo (profissional inteligente, discreto, acessível e super-educado) e a recém-contratada, Carla Sofia Flores, excelente jornalista que vem desempenhando o papel de assessora de imprensa e mantendo o site da entidade atualizado com informações relevantes.

Para não dizer que a política ficou no vazio, destacamos como feito de relevância (apesar dos contratempos) a vinda dos examinadores da Kukkiwon ao Brasil, que estarão realizando neste final de semana um seminário de atualização das formas técnicas do taekwondo e referendando em um exame especial as graduações dos mestres brasileiros.

Vamos torcer para que em 2012 as decisões políticas da presidência e da direção técnica tenham a mesma expressividade das realizações burocratico-administrativas.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Seminário com técnico dos EUA deve ser cancelado

Steven Lopez e o irmão Jean, técnico, na conquista do quinto título mundial consecutivo

Para não pairar dúvida sobre a antecipação da informação, a notícia abaixo foi postadas às 23h do dia 14, após nenhuma constatação no site oficial.

Notícia de última hora. O Seminário Olímpico Internacional com Jean Lopez e o irmão Steven Lopez (penta campeão mundial e bi Olímpico), organizado pela CBTKD e programado para acontecer em Sergipe no final do mês de Novembro, ao que parece, não vai mais ocorrer.

Segundo informações de fontes confiáveis, Jean (técnico dos EUA) precisou assumir compromissos de última hora com a Seleção Norte-Americana.


Acreditamos que até o final desta semana a entidade nacional apresente uma nota explicando os motivos e a nova data deste grande evento.

Quem sabe ainda haja tempo de trazer o seminário para o Rio de Janeiro. Vamos torcer.

Comentários retirados

Comentário recebido, por conta de publicação anterior.

Marcelo disse...
Quero ver se o Marcus Rezende e o Ricardo Andrade serão homens o suficiente para falar isso na frente dos dirigentes da cbtkd.Podem aproveitar o curso do kukkiwon.Será que saindo de trás do pc eles são homens também?DUVIDO.

O sujeito acima é um veemente defensor do comando central do taekwondo brasileiro e não consegue entender que no contexto de um mundo tão violento em que vivemos, devemos primar pela máxima de que homens não brigam; as idéias sim. A incitação ao confronto por parte do sujeito que se denomina "Marcelo", me fez decidir retirar do blog, pelo menos por algum tempo, os comentarios, pois não vale a pena dar espaço a quem mistura o pessoal com o político.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Vivendo refém de uma política desastrosa

Marcus Rezende

O sistema que envolve o taekwondo brasileiro é simplesmente desastroso para o futuro competitivo do país. Já falei sobre isso algumas vezes aqui. Porém, nunca é demais repetir para ver se alguma coisa nova entra na cabeça de nossos dirigentes.

Tudo começa com a não existência de associações representativas. Sem elas não se consegue fazer valer a vontade dos taekwondistas. As poucas que existem no Brasil, em sua quase totalidade, são cartoriais. Ou seja, só possuem o CNPJ. E estão bem presas ao cabresto dos presidentes das federações. Se pudéssemos dar uma olhadinha no cadastro de praticantes federados no Brasil, constataríamos que quase todos treinam em academias. Isso porque as associações de papel, são realmente de papel.

Sendo assim, a base que deveria começar nas entidades filiadas às federações, começa erradamente na própria federação estadual. Dessa forma, sem ter quem possa pressioná-los nas eleições, os presidentes estaduais se mantêm no poder por anos e mais anos. Entronizados nos estados, passam a fazer pressão em cima do presidente da CBTKD, o qual (para permanecer no cargo) também acaba deixando de fazer a política correta, para realizar a mais conveniente aos que nele votam.

Um exemplo claro é a continuidade dos campeonatos brasileiros e copas do Brasil por seleções estaduais. Um anacronismo de mais de 30 anos que só faz o Brasil se distanciar das demais potências mundiais. Olhemos para as modalidades desportivas individuais e busquemos qual delas trabalha com a mesma perspectiva? Dificilmente encontraremos.

Refém desse sistema, os presidentes nacionais, ao longo de todos estes anos, se viram obrigados a ceder a tudo que os presidentes de federações reivindicaram, tanto no aspecto competitivo, como no marcial.

No primeiro, tiraram e continuam tirando a liberdade de o atleta escolher por onde quer desenvolver seu trabalho desportivo. Os poucos competidores que temos se veem obrigados a participar de etapas estaduais cuja finalidade é a simplória e tacanha formação de uma seleção do Estado. Já, na base falsa, o técnico do atleta é jogado para escanteio. Isso porque o presidente da federação é quem escolhe o sujeito que vai treinar aquela equipe.

No aspecto marcial, ganham de presente da CBTKD a chancela para se tornarem donos dos exames de faixa no estado. O conteúdo técnico-marcial, neste contexto, pouco importa.

o sobredito é apenas um resumo de algo bem simples de se resolver, mas que parece ser imensamente complexo à visão da maioria dos dirigentes brasileiros.

E quem pena com isso é o taekwondo brasileiro que, sem unidade, vai se distanciando das grande potências mundiais como modalidade esportiva. UMA PENA!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Brasil deve garantir as três vagas que faltam para as Olimpíadas

Marcus Rezende

Fazendo uma análise dos adversários que os atletas brasileiros Kátia Arakaki (até 49 Kg), Márcio Wenceslau (até 58 Kg) e Natália Falavigna (+ 67Kg) vão enfrentar na Seletiva Pan-Americana para os Jogos Olímpicos, percebe-se que a vaga está praticamente garantida para os três.
Com a ausência de Gabriel Mercedez (DOM), que já garantiu a vaga na Seletiva Mundial, o caminho para Márcio ficou menos complicado, pois ele terá como adversário mais difícil o mexicano Damian Villa. Porém, só se enfrentam na final, já com a classificação garantida.
Kátia Arakaki, por sua vez, tem duas adversárias complicadas: a mexicana Janette Alegria e a canadense Ivette Gonda. Gonda é mais alta e possui ótimo domínio da distância. Pode dificultar um pouco a vida da brasileira, que já deve estar trabalhando uma melhor estratégia para enfrentá-la. Quanto à mexicana, pelo histórico, a brasileira deve vencer.
No caso de nossa maior estrela, Natalia Falavigna, as coisas também se mostram na mesma condição, pois sua maior adversária é a mexicana Maria do Rosário Spinoza. Ainda assim, elas só se enfrentam em uma final, já com ambas classificadas.Em minha opinião, dificilmente o Brasil deixa de garantir as três vagas restantes, já que Diogo Silva (até 68 Kg) conquistou a sua na Seletiva Mundial. Sendo assim, o Brasil tem chances de pela primeira vez em uma Olimpíada levar quatro atletas, número máximo permitido a cada delegação.
Quando publiquei esta postagem, não havia visto ainda que a cubana Glenhis Hernándés, Ouro nos Jogos Pan-Americanos do México, estava entre as atletas. Neste caso, na disposição da chave, provavelmente, Natália enfrente-a antes da final. Parada duríssima!!
A seletiva acontece entre os dias 18 e 20 de Novembro em Queretaro (México).
Participação dos brasileiros em Olimpíadas:
2000
Sidney: Carmem Carolina (Até 57 Kg)
2004 Atenas: Marcel Wenceslau (até 58 Kg), Diogo Silva (Até 68 Kg) e Natália Falavigna (+ 67 Kg)
2008Pequim: Débora Nunes (Até 57 Kg), Márcio Wenceslau (Até 58 Kg) e Natália Falavigna (+ 67 Kg).

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Proposta de marketing para ontem

Marcus Rezende

O que coloco nessas poucas linhas não seria nenhuma novidade a quem tem um pouco de conhecimento de marketing. Porém, para os nobres amigos da CBTKD vai como uma ideia para uma reflexão e, quem sabe, para uma mudança de curso no período vindouro às ações de marketing até o momento equivocadas.
O Rio de Janeiro quer queiram ou não, até 2016, é a capital do esporte olímpico do Brasil. Qualquer evento de taekwondo tem que ser realizado aqui, em vista de uma mídia nacional e internacional focada na Cidade Maravilhosa. Isso é indiscutível.
Qualquer evento de taekwondo no Rio de Janeiro vai refletir positivamente em todo o Brasil.
Por mais bem organizado que seja um evento em qualquer outro estado, não vai alcançar a repercussão de mídia que teria em terras cariocas. É preciso que o presidente da CBTKD e os presidentes de federações entendam isto, se querem realmente ajudar a fomentar a modalidade.
Por mais que digam o contrário, só quero contribuir.