Páginas

domingo, 25 de agosto de 2013

Ingênuos faixas pretas podem chegar a mestre galopantemente

Marcus Rezende


Estava eu acabando de ler a ultima página de uma das obras primas de Voltaire, “O ingênuo”, quando The Blue Bird pousou em minha janela para me revelar peripécias que estão por acontecer em cidade maravilhosa, por intermédio de rei-mor.
O pássaro sussurrava em meu ouvido que o mercado de exames de faixas-pretas iria bombar no reinado Fluminense. E que o grande rei, louco pra colocar algum no cofre, estaria antecipando o registro de sétimos dans sem que houvessem ainda realizado o teste de graduação. 
A intenção, segundo The Blue Bird, seria agilizar a criação de uma banca de amigos grão-mestres para tirar a barriga da miséria, examinando todo aquele que queira se orgulhar de ostentar o certificado da casa imperial. A condição técnica pouco importaria. Valeria aos ingênuos o saque do bolso Maki e deposite em mãos imperiais Tchirigui os polpudos honorários à banca imperial.

Quando perguntei a ele quem eram estas pessoas, The Blue Bird disse não ter autorização para dizer, mas que os faixas pretas do Reino logo logo saberiam e que em bem pouco tempo o reinado, moradia do grande rei, iria possuir mais mestres que praticantes.

domingo, 11 de agosto de 2013

Fernandes: Não via, não ouvia, não falava...ACORDEI!

Marcus Rezende

Chega a ser divertido opinar sobre as intervenções do ilustríssimo presidente da Confederação Brasileira de Taekwondo, Carlos Fernandes, o dirigente taekwondista para cujas decisões administrativas com a utilização do dinheiro público advindo da Lei Piva florescem processos que o tornam suspeito de malversação destes recursos desde que assumiu o comando da confederação.
Mas isso é coisa para a Justiça resolver. Esta Justiça lenta que tarda, mas, mesmo que muitas vezes falhe, também nos surpreende com decisões que nos fazem acreditar que podemos ainda sonhar com A VERDADE DOS FATOS.
Porém o que me traz aqui é a participação do ilustríssimo em entrevista concedida ao site da entidade.
Com uma fotografia que demonstra bem o perfil de um sujeito que costuma olhar para o lado em vez de encarar a verdadeira realidade, Carlos Fernandes resolve abrir o coração e se pronunciar sobre os aspectos técnicos da CBTKD e também do que pensa a respeito de tudo o que é obrigação dele prezar. Mas que só agora quis dar luz.
Em sua entrevista pessoal, ele inicia dizendo que nunca interferiu no trabalho da Comissão Técnica, mas que está sempre de prontidão. Porém, a decisão final é dela. Seria interessante esse tipo posicionamento se os resultados fossem positivos para o Brasil.
Mas eu gostei mesmo quando ele repetiu o que venho particularmente defendendo desde 2002, e que exponho aqui neste blog desde que o criei: “O Ranking tem que valer mais para as posições de chaves e não para blindagem”. É ou não uma afirmação hilária, vinda de quem está à frente da CBTKD por todo este tempo? E complementa: “Na minha opinião tem que haver mais seletivas para conquistar as vagas para disputar as competições internacionais”. Meu Deus...É ele mesmo quem está dizendo isso?
Óó...Agora ele pensa dessa forma..? Estava dormindo? Não via o que se passava na seara técnica? Não tinha projeto para o taekwondo brasileiro? Acordou do sonho e resolveu expor a opinião? E mesmo pensando desta forma, não podia fazer nada, pois seus comandados pensavam diferente dele? Mas a pergunta que ele não respondeu: Esta Comissão vai continuar afundando o taekwondo brasileiro com o projeto de seleção única, que ocorre desde 2003 e que sempre blindou os atletas?
Quem lê a auto-entrevista do senhor presidente pode pensar que ele esteve, nesse período, em outro país, distante de tudo. E que ao chegar se deparou com uma seleção única para o ano todo, com um ranking definidor de quem vai ou não competir no final do ano para se manter blindado nesta seleção. E também descobriu que o Brasil já não faz seletivas para os campeonatos internacionais desde 2003. E que agora também está pensando em uma participação dos técnicos particulares.
É, senhor Carlos Fernandes, seria mais digno dizer que veio errando durante todo este período e que agora vai tentar fazer as coisas certas, as quais vem sendo clamadas faz muito tempo.

Mas a galera que o lê não é tão boba como pode parecer.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Verdade sobre luta de Douglas Marcelino no Mundial de Taekwondo

Marcus Rezende

No dia 19 de Julho acompanhava pela internet o Mundial de Taekwondo (que ocorreu em Puebla, no México, entre 15 e 21 de Julho) e ao mesmo tempo publicava informações do que ocorria no evento, até mesmo para estimular que outras pessoas também assistissem. Eis senão quando, por meio da conversa privada do facebook, uma pessoa muito bem relacionada ao atleta da Seleção Brasileira, até 87 Kg, Douglas Marcelino, me passa a informação de que Douglas teria acabado de ser nocauteado em sua segunda luta e que a delegação brasileira não teria levado médico e que ele fora atendido por uma massoterapeuta. Em seguida, pediu que seu nome não fosse revelado. Sem problemas, levando-se em conta a credibilidade que a fonte lhe transmite.
Daí, eu publiquei a seguinte informação pelo Facebook: MUNDIAL DE TAEKWONDO: INFORMAÇÕES DE UMA FONTE QUE PEDIU ANONIMATO DÃO CONTA DE QUE O BRASIL NÃO LEVOU MÉDICO PARA ACOMPANHAR A SELEÇÃO BRASILEIRA; EM SEU LUGAR FOI UMA MASSOTERAPEUTA. O ATLETA DOUGLAS MARCELINO FOI NOCAUTEADO EM SUA SEGUNDA LUTA E NÃO HAVIA MÉDICO BRASILEIRO PARA ACOMPANHÁ-LO.
A informação acima gerou diversas interpretações por parte dos que interagiam comigo e acabou chegando à imprensa. De minha parte, somente me restringi ao que expus  acima, apesar de a fonte ter me passado muito mais informações.
Resolvi escrever este texto depois que assisti a um vídeo produzido pelo mestre Marcos Roberto, do Taekwondo Notícias, com uma entrevista do atleta que se mostrava aborrecido com o que fora publicado na imprensa a respeito do que ocorrera de verdade e que fora ensejada pela minha publicação no Facebook e que segundo o atleta foi “totalmente contrário do que aconteceu”.
De minha parte, vamos ponto por ponto:
INFORMAÇÕES DE UMA FONTE QUE PEDIU ANONIMATO DÃO CONTA DE QUE O BRASIL NÃO LEVOU MÉDICO PARA ACOMPANHAR A SELEÇÃO BRASILEIRA. Perfeita a informação. Realmente não levaram. Foi confirmada pelo atleta na entrevista.
EM SEU LUGAR FOI UMA MASSOTERAPEUTA. Na verdade era uma fisioterapeuta.
O ATLETA DOUGLAS MARCELINO FOI NOCAUTEADO EM SUA SEGUNDA LUTA. A palavra nocaute realmente é muito forte. Normalmente imagina-se o sujeito estatelado no chão. Porém, o nocaute não se dá somente desta forma. Na verdade, ele sofreu um chute no rosto; a luta foi paralisada e o médico da competição decidiu por desclassificá-lo, o que, neste caso, define a vitória do oponente por Nocaute Técnico.
NÃO HAVIA MÉDICO BRASILEIRO PARA ACOMPANHÁ-LO. Triste verdade.

O mais curioso é que o atleta acabou revelando o que eu considero realmente grave. Ele diz na entrevista que estava se sentindo bem e que poderia voltar ao combate (e o vídeo da luta mostra realmente isso). Segundo ele, o médico da organização que o atendeu considerou que estivesse com o nariz fraturado e assim não envidou esforços para estancar o sangramento. O Árbitro Central, então, após o tempo médico de um minuto, foi informado de que o atleta brasileiro não poderia mais voltar ao combate. Daí, como autoridade máxima da contenda, considerou o atleta centro africano vencedor por nocaute técnico.
Ou seja, se o Brasil estivesse com o seu próprio médico, o brasileiro teria retornado à luta. Perceberam a gravidade? Esse fato, sim, é o mais relevante de toda esta história. Douglas Marcelino foi prejudicado pela própria entidade. E isso, no fundo no fundo, é o mais revoltante, o mais relevante e o mais grave.
É bom que se ressalte: o publicado não foi “totalmente contrário do que aconteceu”, como disse o atleta. E outra: a expressão:“Não aconteceu nada do que foi veiculado nos meios de comunicação” acaba dando uma ideia diferente do que ocorreu, pois o certo seria dizer: Não aconteceu exatamente como foi divulgado. 
Porém, apesar de algumas imprecisões nas informações, se o fato não ocorresse, talvez não ficássemos sabendo que a delegação brasileira viajara à competição mais importante do calendário internacional sem um médico .

sábado, 3 de agosto de 2013

CBTKD quer consertar burrada com outro GOLPE

Marcus Rezende

Em primeira mão para o leitor do blog: as desfiliações das federações de São Paulo, Minas Gerais e Rondônia foram todas de brincadeirinha. Isso mesmo, de brincadeirinha. O curioso é que os prejudicados estavam achando que a coisa era séria e não souberam como agir. As três federações, de direito, nunca estiveram desfiliadas, mas foram tratadas como se assim estivessem. Todas as ações de responsabilidade delas foram neste período executadas por um grupo escolhido pelo presidente da Confederação Brasileira de Taekwondo, senhor Carlos Fernandes, o qual deveria estar afastado da confederação e respondendo na Justiça por todas estas arbitrariedades. Ele, pessoalmente, deveria pagar às entidades estaduais um bom valor por danos morais e materiais, bem como aos atletas destes estados que ficaram como baratas tontas neste processo.
Ocorre que, após a lambança de desfiliar as federações por meio de Assembleia e não através do STJD da entidade, a atrapalhada gestão percebeu que havia feito besteira. Daí, trataram de tentar acertar a burrada; o primeiro passo foi formar (na calada da noite) um novo STJD. Mas como se o atual só expira em Dezembro deste ano? Enfim, ISSO É SOMENTE UM DETALHE. Desconsideraram este fato, e montaram um novo Tribunal. Em meio a tudo isso, ainda há diversos processos caindo no colo da entidade e que o escritório de advocacia da CBTKD, competentemente, vem bloqueando, utilizando os caminhos jurídicos como oportunidade de embaralhar mais ainda as cartas e deixar os opositores DOIDÕES e os magistrados sem saber quem tem ou não razão.
O fato é o seguinte: Estão armando para esta semana que entra o golpe de misericórdia. Como viram que não podiam desfiliar entidades sem o aval do STJD, marcaram para esta TERÇA -FEIRA, 06 DE AGOSTO, ÀS 15:30, NA AV. PRESIDENTE WILSON, 231, 5º ANDAR – CENTRO DO RIO, uma convocação deste novo STJD, para realizarem o mesmo julgamento feito pelos presidentes das federações em Assembleia (aquele que Fernandes disse na TV que valia). Ora, já que vão fazer isso, qual a validade dos atos proclamados pelos presidentes substitutos destas federações, que foram colocados nestes cargos, pela presidência da CBTKD?
Bem, em meio a tanta falta de compromisso com o esporte, é preciso que esse grupo que se apossou da entidade seja afastado para que as coisas voltem ao seu devido lugar. Quem fara isso?
Marcelino, Robson e YJKim (presidentes das Federações citadas) e Jardson Bezerra (atual presidente do STJD com mandato até Dezembro de 2013) estão com tudo na mão para representarem contra a farsa montada com data, local e hora para acontecer.


É COM VOCÊS, SENHORES...Que tal um ALVARO DE MELO FILHO neles? (Um dos melhores advogados deste país)

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Autonomia financeira é a saída para a CBTKD

Marcus Rezende


Eu estava assistindo ao vídeo produzido pelo site Pódio Brasil no qual os atletas Diogo Silva e Márcio Wenceslau relembram grandes feitos de suas carreiras e solicitam apoio aos praticantes de taekwondo do Brasil para poderem participar dos campeonatos internacionais abertos - já que os recursos da Petrobrás, para os dois, cessaram - e me entristeci com o fato de estarmos vivenciando mais uma vez o início do fim de mais uma geração de grandes atletas que dedicaram toda a vida ao esporte e ao país.
Isso porque inevitavelmente daqui a alguns anos ambos sairão do cenário competitivo e, seguindo a toada histórica, não terão sequer seus nomes lembrados pela entidade responsável pelo taekwondo brasileiro. Assim foi com Carlos Loddo, Jorge Gonçalves, Lúcio Aurélio, Alyson Yamaguti, Milton Iwama, Leonildes dos Santos, Márcio Eugênio, Carlos Costa, Walassi Ayres, Carmen Carolina e tantos outros brasileiros que peço perdão ter esquecido de citar.

Vítimas hoje do mesmo processo de blindagem que os mantiveram por anos soberanos em suas categorias de peso, Diogo e Márcio amargam agora a perda dos recursos públicos que os mantinham em condições de treinar e competir mundo afora.
Os homens da CBTKD, do COB e do Ministério dos Esportes em vista desta situação e de tantas outras semelhantes deveriam se envergonhar. A três anos das Olimpíadas, em vez de robustecerem com condições máximas de treinamento e participação nos circuitos internacionais todos os atletas, de todas as modalidades olímpicas, dão as costas e se omitem. Tratam do riscado como se nenhuma responsabilidade tivessem. Deixam o tempo passar para ressurgirem no OBA OBA da proximidade dos Jogos, no momento em que não haverá como recuperar o tempo perdido. Vão deixar o prato do pobre do atleta vazio para querer transbordá-lo com tudo o que ele não vai mais poder absorver.
É diante desse resumido exposto que só podemos chegar a uma conclusão: o sistema desportivo do país é feito para não dar certo, mesmo, haja vista por exemplo os caminhos privilegiados e antidemocráticos utilizados por um presidente com mandato para se manter no poder de uma entidade desportiva.


Portanto, para o taekwondo brasileiro só há uma saída: torcer para que diante de um sistema que não vai mudar tão cedo, alguém decente assuma a presidência e reestruture as finanças da entidade, criando condições de bancar seus atletas sem depender de recursos públicos. Mas não será com este grupo de amadores e incompetentes que iremos conseguir a tão sonhada autonomia.