Marcus Rezende
Depois de passear
por Toronto com paradas estratégicas em pubs com registros
fotográficos publicados no facebook - enquanto os atletas tentavam
as medalhas que o caratê brasileiro dias depois acabou trazendo para
o Brasil– chegou a hora de o presidente da CBTKD, Carlos Pinto,
cair na realidade brasileira e responder as perguntas que não querem
calar.
A primeira seria
a de explicar por que colocou o homem forte da federação de
taekwondo do Amapá, Júnior Maciel, orientando os atletas, em vez de
deixá-los sob os cuidados dos outros dois técnicos que lá estavam: Fernando
Madureira e Carmen Carolina?
Quais as credenciais deste ex-presidente
da federação amapaense para se tornar técnico da Seleção
Brasileira?
Ainda assim,
Fernando Madureira (há anos o principal técnico da equipe nacional)
moralmente não poderia ser técnico de uma equipe nacional, sendo ele presidente da Federação de Taekwondo do Paraná. Mas no taekwondo
isso é totalmente possível, bastando o pretendente ter o poder do voto nas Assembleias. A única que
moralmente poderia sentar-se como técnica desta equipe é a
ex-atleta olímpica Carmen Carolina.
Outros
questionamentos que Pinto vai precisar responder para se erguer é se
a partir de agora irá respeitar a decisão da Terceira Câmara do
Tribunal de Justiça do Rio e repatriar as Federações que
ilegalmente (segundo os desembargadores) foram desfiliadas pela CBTKD
em 2012. Há também de promover a publicação do Estatuto antigo sem as ilegalidades que o atual possui.
E pra
complementar o que pode deixar Pinto derrubado definitivamente são
as suspeitas de corrupção que estão sendo investigadas pelo
Ministério Público Federal e Polícia Federal. São muitos os
indícios de que a CBTKD se envolveu com empresas supostamente acostumadas a
promover licitações fraudulentas.
Pelo que se pode ver nas planilhas já amplamente divulgadas e que fizeram parte das licitações da confederação, os valores apresentados pelas empresas vencedoras superam em muito o valor de marcado dos equipamentos licitados.
Pelo que se pode ver nas planilhas já amplamente divulgadas e que fizeram parte das licitações da confederação, os valores apresentados pelas empresas vencedoras superam em muito o valor de marcado dos equipamentos licitados.
Portanto, o peso
que recai sobre Pinto é muito grande e ele vai precisar de muito
boas explicações para convencer a comunidade taekwondista de que
está no caminho certo.
Já à Justiça Federal terá de provar que
todas estas suspeitas são apenas ilações de pessoas invejosas as quais ele gosta de
chamar de oposicionistas.