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segunda-feira, 25 de março de 2013

Fora do sistema, CRITICA; dentro, SE APROVEITA


Marcus Rezende

A CBTKD anuncia que haverá um segundo exame para faixas pretas no estado de São Paulo promovido pela recém-fundada federação que foi levada a oficial, no lugar da anterior (FETESP), destituída pela confederação.
Porém, houve um primeiro exame há pouco tempo na mesma cidade. Foram sete gatos pingados examinados, mesmo a um convite feito a todo o Estado de São Paulo, o que demonstrou o real fracasso de um evento que continuam tentando implementar, no intuito único de auferirem grana alheia, com a capa indisfarçável de uma legalidade administrativa.
Aproveitam-se da subliminar chantagem, por estarem de posse de uma entidade de administração, e deixam nas entrelinhas que qualquer exame fora daquele dojan não será apoiado pela federação posta no poder, tampouco pela CBTKD.
Acrescento ainda que a mesma coisa faz a maioria dos presidentes de federação por este Brasil afora. O próprio Yeo Jun Kim, presidente da destituíd FETESP, continua organizando os exames pela entidade e impondo aos incautos faixas pretas de São Paulo a banca examinadora escolhida por ele. 
 Respeito o grão-mestre e me solidarizo ao golpe ilegal que sofreu. Mas, em minha opinião, em se tratando de exames de faixa, a postura dele também é abominável.
A CBTKD também anunciou um exame desse tipo no Rio de Janeiro. É a senha para que os professores e mestres deste estado também se sintam obrigados a levar seus faixas pretas para serem examinados por uma banca que ainda não foi divulgada.
Simplesmente desconsideram qualquer tipo de vínculo que possa existir entre os faixas pretas e postulantes ao primeiro dan com seus respectivos mestres.
Alguém tem dúvidas de que será um fracasso? Eu não tenho. Somente um professor ou mestre desprovido de autoestima e conhecimento lógico de um direito inerente entregará seus discípulos a uma banca composta por outros mestres que ele não esteja afetivamente ligado.
Na verdade, pior que professores subservientes e mestres medrosos, que não sabem como se postar perante tal situação, é a postura daqueles que se aproveitam da oportunidade de se dar bem e que aceitam fazer parte do jogo sujo, injusto e imoral perante a história de uma luta travada ao longo de tantos anos para dar autonomia aos mestres deste país de poderem examinar seus próprios alunos.
E com a velocidade da internet e das redes sociais, vamos acompanhando quem é quem dentro da atual conjuntura política do taekwondo nacional.

sábado, 23 de março de 2013

Continuam teimando em juntar o Sub 21 com Juvenil e Adulto


Marcus Rezende

No início do ano, li no site da CBTKD que o departamento técnico havia resolvido estabelecer que atletas a partir de 16 anos poderiam lutar na categoria Sub 21. Pensei comigo: até que em fim; uma dedução óbvia.
Venho falando isso desde a implantação da ideia desta nova categoria, pois o que se pretende com o Sub 21 é descobrir aquele atleta em potencial para investimento a médio e longo prazo.
Todavia, erram quando continuam teimando em realizar as competições desta categoria na mesma data da adulta e juvenil. É impressionante!!! Impedem que jovens de 16 a 20 se testem com os que estão acima desta idade.
Vou comentar de novo pra ver se essa turma toma jeito e faz a coisa de forma lógica. Onde houver competição da categoria Adulto (entre os faixas pretas), não é producente pôr a Sub21 e a Juvenil. Isso por uma dedução óbvia: há atletas com 16 ou 17 anos explodindo e que, em muitas ocasiões, surpreendem atletas com mais de 21 anos. Nem por isso deixam de lutar também na Juvenil, muito menos na Sub21.
Aí vão dizer: precisamos aproveitar a logística da competição.
Por favor, uma economia burra, me desculpem...Vamos tratar as coisas de forma mais séria.
Quando se separa estes atletas em uma mesma competição por meio destas 3 categorias, sendo que poderiam lutar em uma única, torna-se muito mais complicado descobrir quem realmente se pode apostar. Além disso, tira-se a oportunidade destes atletas mais jovens se defrontarem com alguns renomados e experientes atletas. Só mesmo no taekwondo para entenderem que um jovem de 20 anos deve lutar fora da categoria adulto.
A competição Sub 21 precisa ser realizada de forma separada. No máximo em conjunto com os Cadetes e os Masters. Assim também na categoria juvenil. Todavia, os dirigentes do nosso taekwondo parecem não raciocinar e querem dividir tudo em um mesmo evento.
E dessa forma, os erros desportivos dentro desta entidade se perpetuam. A famigerada Seleção formada para o ano todo completa 11 anos sem resultados significativos, em vista dos investimentos empregados. Não vamos falar aqui de Natália, Diogo ou Márcio Wenceslau, atletas forjados em época de vacas magras. Estes não contam. E nem vamos ficar enaltecendo conquistas sul-americanas ou pan-americanas, pois elas sempre ocorreram antes do dinheiro público jorrar... A verdade tem de ser dita: o taekwondo brasileiro, depois que este sistema foi implantado, caiu drasticamente.
Quanto ao Sub21, vamos ver quanto tempo vão demorar com a mesma teimosia.

terça-feira, 19 de março de 2013

A quem serve as federações de taekwondo


Marcus Rezende

Cá pra mim, sempre fui da opinião de que para o esporte brasileiro, federação estadual de nada serve; ou melhor, em muitos casos, serve mesmo para atrasar a vida desportiva dos atletas.
Seria muito mais producente se, registrada às confederações, estivessem apenas os clubes, as associações ou entidades constituídas ligadas diretamente aos praticantes e atletas. O esporte do Brasil seria outro.
No entanto, o que vale é a lei desportiva atual do país. Infelizmente, ela dá aos presidentes das federações estaduais o poder de escolher os presidentes das confederações. E é por isso que o esporte do país está em frangalhos e sem perspectiva alguma de mudança.
No caso do taekwondo, a coisa é pior. Quem parece mandar em tudo é apenas uma pessoa. O próprio presidente recém-eleito no início deste mês para um mandato de quatro anos. Desde que Carlos Fernandes assumiu à entidade nacional de forma provisória em 2011, vem conseguindo eliminar todas as federações contrárias aos seus atos. Assim foi com Rio de Janeiro (caso atípico, pois a entidade carioca era presidida por quem ele colocou lá), Acre, Rio Grande do Norte, Rondônia, São Paulo e agora Minas Gerais.
Entre todas, o caso da desfiliação da FTEMG é a mais absurda. Simplesmente não existe motivo para a desfiliação dela. A federação de Minas é considerada a entidade mais organizada do Brasil, assim mesmo, Fernandes reuniu o colégio eleitoral em AGE e meio que intimou que seus presidentes aprovassem a desfiliação da FTEMG. E... aiiiii de quem não obedecer... Ousem contrariar o Rei...
Desfiliaram a FTEMG baseados em quê? No simples fato de o vice-presidente da entidade mineira, Marcelino Barros, levar à mídias as denúncias sobre a auditoria das contas de 2011/2012? Porém, recentemente não foi o próprio presidente da CBTKD quem reconheceu que o auditor não era pessoa competente para realizar as tais auditorias?
Quem na verdade teria de ser destituído do cargo por improbidade administrativa,então, era o presidente da CBTKD, se as coisas por aqui fossem sérias.

terça-feira, 5 de março de 2013

Presidente do STJD suspende desfiliação da FETESP e dá um puxão de orelha em Carlos Fernandes

O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva da CBTKD, Jardson Bezerra, concedeu liminar à Federação de Taekwondo do Estado de São Paulo (FETESP) e deverá fazer o mesmo às federações que sofreram abuso de autoridade por parte do presidente provisório em exercício da CBTKD, Carlos Fernandes. Bezerra suspendeu os atos de desfiliação patrocinados pelo presidente da entidade, em assembleias extraordinárias. Por meio destas assembleias, o mandatário da confederação desfiliou federações opositoras ao seu mandato, até mesmo a de Minas Gerais considerada a mais bem organizada de todas as 27.
Bezerra acatou o pedido do presidente da FETESP, Yeo Jun Kim, e concedeu a liminar baseada no art. 111 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, o qual impõe que qualquer ato de suspensão, desfiliação ou desvinculação pelas entidades desportivas é de competência exclusiva da Justiça Desportiva.
No relatório do presidente do STJD da Confederação, Jardson sentencia que o respectivo presidente não foi citado a comparecer à Assembleia Extraordinária destina a tal desfiliação.
O presidente do STJD ainda justifica a concessão da liminar em vista do que prevê os artigos 24, 25, 34 e 88 do CBJD. Por meio dos quais cabe ao STJD: “processar e julgar, originalmente os mandatos de garantia contra atos e omissões de dirigentes...”; O processo desportivo...observará os princípios do direito. E finalmente que, por conta do abuso de poder, a federação tem direito ao Mandato de Garantia, cuja eficácia ocorrerá sempre que alguém sofrer violação em seu “direito líquido e certo, ou tenha justo receio de sofrê-la por parte de qualquer autoridade desportiva.
Jardson Bezerra ainda complementa:
Ademais, por mais absurdo que pareça o Ilustre Senhor Presidente em exercício da CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE TAEKWONDO (CBTKD), Entidade Nacional de Administração do Desporto, e sua assessoria, vem REITERADAMENTEE DECIDINDO NÃO ACATAR, NÃO CUMPRIR e NÃO RECONHECER o Órgão Judicante e com isso “passam por cima” da decisão exarada pelo SUPERIOR TRIBUNAL DA JUSTIÇA DESPORTIVA DO TAEKWONDO STJD TKD numa frontal violação dos Artigos 1º § 1º inciso I C/C Art. 3º inciso I e Art. 220-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva”
e diz mais:
Este caso evidencia intolerável subversão da ordem jurídica e um verdadeiro ato de desmoralização do SUPERIOR TRIBUNAL DA JUSTIÇA DESPORTIVA DO TAEKWONDO – STJD TKD perante os representantes das 27(vinte e sete) Federações Regionais gerando, por certo, uma situação caótica a instalar no universo desportivo às vésperas da Olimpíada de 2016.
Por fim, Bezerra solicita a ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas que revogue as deliberações da AGE de desfiliação da FETESP, até que o caso seja decidido na esfera legal desportiva.

Em tempo: O presidente do STJD também concedeu a mesma liminar às federações de Minas Gerais e Rondônia.