Marcus Rezende
A CBTKD anuncia que
haverá um segundo exame para faixas pretas no estado de São Paulo
promovido pela recém-fundada federação que foi levada a oficial,
no lugar da anterior (FETESP), destituída pela confederação.
Porém, houve um
primeiro exame há pouco tempo na mesma cidade. Foram sete gatos
pingados examinados, mesmo a um convite feito a todo o Estado de São
Paulo, o que demonstrou o real fracasso de um evento que continuam tentando
implementar, no intuito único de auferirem grana alheia, com a capa
indisfarçável de uma legalidade administrativa.
Aproveitam-se da
subliminar chantagem, por estarem de posse de uma entidade de
administração, e deixam nas entrelinhas que qualquer exame fora
daquele dojan não será apoiado pela federação posta no poder,
tampouco pela CBTKD.
Acrescento ainda que
a mesma coisa faz a maioria dos presidentes de federação por este
Brasil afora. O próprio Yeo Jun Kim, presidente da destituíd FETESP, continua organizando os exames pela entidade e
impondo aos incautos faixas pretas de São Paulo a banca examinadora
escolhida por ele.
Respeito o grão-mestre e me solidarizo ao golpe
ilegal que sofreu. Mas, em minha opinião, em se tratando de
exames de faixa, a postura dele também é abominável.
A CBTKD também
anunciou um exame desse tipo no Rio de Janeiro. É a senha para que
os professores e mestres deste estado também se sintam obrigados a
levar seus faixas pretas para serem examinados por uma banca que
ainda não foi divulgada.
Simplesmente
desconsideram qualquer tipo de vínculo que possa existir entre os
faixas pretas e postulantes ao primeiro dan com seus respectivos
mestres.
Alguém tem dúvidas de
que será um fracasso? Eu não tenho. Somente um professor ou mestre
desprovido de autoestima e conhecimento lógico de um direito
inerente entregará seus discípulos a uma banca composta por outros
mestres que ele não esteja afetivamente ligado.
Na verdade, pior que
professores subservientes e mestres medrosos, que não sabem como se
postar perante tal situação, é a postura daqueles que se
aproveitam da oportunidade de se dar bem e que aceitam fazer parte do
jogo sujo, injusto e imoral perante a história de uma luta travada
ao longo de tantos anos para dar autonomia aos mestres deste país de
poderem examinar seus próprios alunos.
E com a velocidade
da internet e das redes sociais, vamos acompanhando quem é quem
dentro da atual conjuntura política do taekwondo nacional.