Marcus Rezende
Cá pra mim, sempre fui
da opinião de que para o esporte brasileiro, federação estadual de nada serve; ou melhor, em muitos casos, serve mesmo para atrasar
a vida desportiva dos atletas.
Seria muito mais
producente se, registrada às confederações, estivessem apenas os
clubes, as associações ou entidades constituídas ligadas
diretamente aos praticantes e atletas. O esporte do Brasil seria
outro.
No entanto, o que
vale é a lei desportiva atual do país. Infelizmente, ela dá aos
presidentes das federações estaduais o poder de escolher os
presidentes das confederações. E é por isso que o esporte do país
está em frangalhos e sem perspectiva alguma de mudança.
No caso do
taekwondo, a coisa é pior. Quem parece mandar em tudo é apenas uma
pessoa. O próprio presidente recém-eleito no início deste mês
para um mandato de quatro anos. Desde que Carlos Fernandes assumiu à
entidade nacional de forma provisória em 2011, vem conseguindo
eliminar todas as federações contrárias aos seus atos. Assim foi
com Rio de Janeiro (caso atípico, pois a entidade carioca era
presidida por quem ele colocou lá), Acre, Rio Grande do Norte,
Rondônia, São Paulo e agora Minas Gerais.
Entre todas, o caso
da desfiliação da FTEMG é a mais absurda. Simplesmente não existe
motivo para a desfiliação dela. A federação de Minas é
considerada a entidade mais organizada do Brasil, assim mesmo,
Fernandes reuniu o colégio eleitoral em AGE e meio que intimou que
seus presidentes aprovassem a desfiliação da FTEMG. E... aiiiii de
quem não obedecer... Ousem contrariar o Rei...
Desfiliaram a FTEMG
baseados em quê? No simples fato de o vice-presidente da entidade
mineira, Marcelino Barros, levar à mídias as denúncias sobre a
auditoria das contas de 2011/2012? Porém, recentemente não foi o
próprio presidente da CBTKD quem reconheceu que o auditor não era
pessoa competente para realizar as tais auditorias?
Quem na verdade teria
de ser destituído do cargo por improbidade administrativa,então,
era o presidente da CBTKD, se as coisas por aqui fossem sérias.