Marcus Rezende
O taekwondo brasileiro poderá finalmente se livrar de um mandatário que em dois anos à frente da Confederação Brasileira de Taekwondo nada fez concretamente em favor do crescimento da modalidade.
O taekwondo brasileiro poderá finalmente se livrar de um mandatário que em dois anos à frente da Confederação Brasileira de Taekwondo nada fez concretamente em favor do crescimento da modalidade.
O Comitê Olímpico
Brasileiro decidiu criar uma Comissão
Especial Temporária (veja a nota no site do COB)
independente para apurar as denúncias de irregularidades dentro da
entidade. Desta vez, a CET poderá apurar com calma o que a justiça
carioca não quis fazer: se debruçar diante de mais de mil página
de um processo recheado de provas contundentes.
Se tudo der certo, e
o atual presidente for afastado, os problemas por que passa o
taekwondo brasileiro há décadas infelizmente ainda vão estar longe de serem solucionados, pois não temos no momento um substituto com visão
desportiva avançada, que entenda que o taekwondo antes de tudo é
uma arte marcial e que o atleta do futuro inicia o aprendizado com os
conhecimentos básicos da defesa pessoal. E que está no fomento o início de toda a seara desportiva.
Nossos problemas só
começarão a ser resolvidos se alguns pontos polêmicos forem
sanados de imediato:
- Autonomia total para que todos os mestres possam realizar seus exames de seus faixas pretas sem a chancela dos presidentes das federações, que, no mais das vezes, se indicam como examinadores e recebem as taxas dos exames de praticantes que nunca viram na vida;
- Não discriminação dos faixas pretas de outras entidades e que a eles possa ser dada a chance de competir dentro do calendário da CBTKD;
- Fim de campeonatos por Federações. Depois da prática dos Exames de Faixa, é a tradição de maior atraso do taekwondo nacional. Federação nunca foi equipe. Federação tem outras atribuições;
- Utilização do ranking para tão somente o posicionamento dos atletas nas chaves das competições nacionais. O ranking não pode garantir vagas somente de alguns;
- Fim da seletiva de final de ano para escolha de uma seleção para todo o ano seguinte. As seletivas devem ser no ano em curso e para as competições internacionais específicas que vão acontecer naquele ano.
- Entender que o taekwondo competitivo é um esporte individual e que cada atleta tem sua própria equipe e que a Seleção Brasileira não deve tirá-lo de seus treinadores para preencher o ego de um técnico escolhido pelo presidente da entidade. O atleta só deve ser requisitado em períodos pré competitivos;
- Não misturar as competições das categorias sub 21 com a Adulto e a Juvenil, pois um jovem de 16 ou 17 anos não deixa de ser um Sub 21; da mesma forma que nesta idade podem competir na categoria adulto;
As ideias acima não
são invencionices deste articulador. Mas sim um pensamento calcado
na realidade dos esportes individuais no mundo e que traria ao
taekwondo brasileiro muito mais dinamismo e estímulo aos
treinadores.
INFELIZMENTE
NOS FALTA QUEM POSSA CONDUZIR O TAEKWONDO BRASILEIRO COM UMA VISÃO DESPORTIVA HOLÍSTICA.