Em meio às mazelas
políticas do taekwondo brasileiro, de vez em quando, é bom darmos
luz àqueles que fizeram a história desta modalidade até o ano
2000.
Nos anos 1970, os
grandes nomes do taekwondo brasileiro eram Rodney Américo, Flávio
Molina, Luiz César (RJ), Edson Bernardes (RS) e André Maurício
(DF).
Já no final da década
de 70 surgia um menino que seria seis vezes campeão brasileiro e que
apresentava um taekwondo contundente. Os adversários sentiam pânico,
pois ele batia muito forte para uma categoria que ia até os 68 Kg.
Carlos Loddo (DF) não lutava simplesmente para fazer pontos. Ele
visava sempre o nocaute. Levava a força da arte marcial para a
competição. Até 1986, venceu todos os confrontos nacionais de que
participou e foi o primeiro brasileiro a trazer uma medalha para o
Brasil, na primeira Copa do Mundo, em Colorado Springs (EUA). E só
não foi à final contra o atleta da Coreia porque rompeu os
ligamentos do joelho, quando vencia facilmente o adversário egípcio.
Na mesma década, em
São Paulo, surgia Milton Iwama, Alysson Yamaguti (que se tornariam
em 1993 vice-campeões mundiais) e também Fábio Goulart (medalha de
Ouro no Campeonato Pan-Americano de 1990 e Ouro nos Jogos
Pan-Americanos de 1991) e ainda Lúcio Aurélio (PR), que foi bronze
no Mundial de 1995.
O Rio Grande do Sul
tinha os irmãos Dong e In Kyu Lee e Alexandre Gomes. Em 1987 surgia,
na Copa Brasil daquele ano, um menino de 15 anos que, apesar de não
vencer aquela competição, encheria os olhos de todos por conta da
versatilidade de seus movimentos. César Galvão (Bronze nos Jogos
Pan-Americanos de 1991) era uma máquina. O menino parecia um pião.
Ele fez lutas especiais contra o principal adversário, Alexandre
Gomes, nos anos seguintes.
Os anos de 1990, foi
do estado de São Paulo que saiu o maior número de revelações.
Márcio Eugênio, Carlos Costa, Belmiro Giordani e os juvenis Diogo
Silva, Márcio e Marcel Wenceslau. De Londrina, no Paraná, Walassi Ayres. Mas a primeira medalha em Mundiais
foi do brasiliense Jorge Gonçalves. Ele foi bronze em 1991, na
Grécia.
Entre as mulheres, a década apresentou nomes importantes no
Rio de Janeiro, como Karina Kouzemenco, Ana Paula França e a
guerreira Manoela Pontual. A paulista Leonildes dos
Santos traria a Prata no Mundial de 1995.
De Londrina, quase
chegando aos anos 2000, destaque para Carmen Carolina (a primeira
atleta a representar o Brasil nas Olimpíadas de Sidney) e Natalia
Falavigna que dispensa comentários.
Havia outros grandes
atletas brasileiros que também conquistaram medalhas internacionais neste período.
Porém, paramos por aqui, com a lembrança destes guerreiros. Alguns
ainda estão em plena atividade, para demonstrar que já nos anos 80 o Brasil
despontava em competições internacionais.