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sexta-feira, 3 de maio de 2013

TAEKWONDO BRASILEIRO: Um buraco de cartas embaralhadas


Marcus Rezende

Como acreditar que o taekwondo olímpico brasileiro possa ter alguma chance frente às grandes forças do taekwondo mundial, se o que vem sendo feito pela Confederação Brasileira de Taekwondo são operações de destituição de federações constituídas legalmente e sem uma justificativa plausível?
A confederação desfiliou, entre outras, as federações de São Paulo e de Minas Gerais e alçou ao comando dos dois estados duas novas frentes institucionais, deixando os atletas paulistas e mineiros sem saber o que fazer.
O mais triste neste episódio é perceber como a coisa se deu absurdamente fácil. Na minha visão, os homens de frente destas duas entidades dariam muito rapidamente uma resposta a altura da ilegalidade cometida e mostrariam a todos os taekwonsistas do país que não se pode brincar com a democracia, tampouco com a ordem legal constituída.
Todavia, quando se fala em legalidade, não se pode dissociá-la das barras da Justiça. E o que fizeram estes dois dirigentes estaduais até o momento? De concreto, NADA. A inércia destas duas figuras importantes do taekwondo brasileiro mostrou aos demais presidentes de federações quem realmente tem a força, ATÉ O MOMENTO.
Imagine você ter o apartamento invadido por pessoas que chegam e dizem que o imóvel agora não é mais seu, pois os demais inquilinos se reuniram em assembleia patrocinada pelo síndico do prédio e decidiram por colocar um novo morador no imóvel? Imagine, em ato contínuo, você esperneando, gritando, falando pra todo mundo a injustiça sofrida, mas ficando a espera de que alguém apareça pra fazer alguma coisa que lhe devolva o imóvel? 

Porém, como mencionei acima: ATÉ O MOMENTO. E torço para ter a felicidade de engolir este julgamento. 

Como em uma guerra, tal vitória sobre pesos pesados do taekwondo brasileiro, fez o medo tomar conta de quem dirige entidades por este país... Atualmente ninguém ousa fazer críticas ou se contrapor aos ditames do presidente entronizado no início do mês de Março. O mais curioso é que antes, alguns presidentes de federações costumavam fazer ameaças aos presidentes anteriores, os deixando um tanto quanto reféns. Hoje a coisa se inverteu e é exatamente o contrário que vem ocorrendo. O atual presidente com seu aparato jurídico é quem dá as as cartas embaralhadas desse buraco que se tornou o taekwondo brasileiro. E o buraco está muito fundo mesmo para o taekwondo tupiniquim.  Cá em cima está o taekwondo dos países cujas entidades agregam praticantes de todas as vertentes em vez de afastá-los.
Por estas bandas, apesar de o dinheiro público estar jorrando na casa-mãe taekwondista, não se vê qualquer ação visando o fomento da modalidade. MAS QUEM DISSE QUE É PRA FOMENTAR E CRESCER?
Eu, que não tenho mandato nem voto, vou dando a minha contribuição opinando sobre o que acredito ser o correto para o taekwondo do meu país. E vou me entristecendo e me indignando com algumas outras figuras que, também, fora do poder, fingem que nada está acontecendo, e que só ficam à espera de que uma BOQUINHA surja dentro do sistema.