Marcus Rezende
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Rodney Américo |
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Flávio Molina |
Neste texto, uma
pequena homenagem àqueles que fizeram a história do taekwondo
brasileiro no passado e presente. Obviamente, podemos esquecer de
muita gente boa. Mesmo com algumas omissões, a ideia é registrar
neste humilde blog um pouco daqueles heróis que transitaram por
nossa arte marcial, na seara competitiva, ao longo destes mais de 40
anos.
Vamos começar pelo
primeiro faixa preta do Brasil, Rodney Américo, o peso-pesado mais
temido dos anos de 1970. Rodney vencia todas as competições que
disputava. Na mesma toada, no peso abaixo, vinha o grande Flávio
Molina. Outro que não perdia pra ninguém por aqui. Molina, no
início dos anos de 1980 introduziu o Muay Thay no Brasil. Eram guerreiros dos primórdios do taekwondo. Havia também uma fera do Rio Grande do Sul chamado Edson Bernardes. Nocauteador nato com o seu mondolho furyo tchagui demolidor com a perna esquerda.
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Edson Bernardes |
Na mesma turma do
mestre Woo Jae Lee estava, entre outras feras, Reinaldo Evangelista
(o Pelé), um verdadeiro representante do taekwondo-garra.
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Luis César |
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Reinaldo Evangelista |
Da Rua da Carioca
54, Centro do Rio, da academia do mestre Jung Roul Kim, surgia Luiz
César, uma espécia de homem-mola-elástico; o que ele fazia com as
pernas era de impressionar. Despontou vencendo o Brasileiro de 1979,
no Rio, apresentando uma técnica invejável. Porém, abandonou o
sistema pressionado pela política dos exames de faixa. Tinha 22 anos
e poderia ter feito parceria em competições internacionais com outro
ícone do nosso taekwondo que iniciava sua carreira exatamente em
1979, vencendo o primeiro brasileiro do currículo.
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Carlos Eduardo Loddo |
Carlos Eduardo
Loddo punha às técnicas de competição a potência marcial que o
movimento exigia. Seus chutes e socos entravam destruindo os
oponentes. Nunca perdeu uma competição nacional. Em 1986 trouxe a
primeira medalha internacional para o Brasil. Foi na primeira Copa do
Mundo (EUA). Caroço (como era chamado) foi bronze. Mas poderia ter
sido Ouro se não tivesse rompido os ligamentos do joelho quando
vencia a luta semifinal contra um egípcio com extrema facilidade.
Uma pena!
Na segunda metade
dessa década surge a fera Milton Iwama e com ele Alisson Yamaguti.
Ambos seriam vice-campeões Mundiais em 1993, e
m Nova York. Alisson,
ainda conquistaria o Bronze nas Copas do Mundo de 1990 e 1996.
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Allisson Yamaguti |
Em 1987, na Copa
do Brasil, em Goiânia, apareceria um baixinho girando para todos os
lados pra cima de Alexandre Gomes. Seu nome, César Galvão. Ele
tinha apenas
15 anos. Não levou aquele campeonato. Mas Alexandre já
sabia que seu reinado estava ameaçado. Cesinha, como todos o
chamavam, fazia o ginásio parar para
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Lúcio Aurélio |
vê-lo lutar. Parecia a
encarnação de Bruce Lee. Foi medalha de Bronze nos Jogos
Pan-Americanos de 1991.
No brasileiro de
1988, no mês de Novembro, também em Goiânia, apareceria o santista
Fábio Goulart pra mostrar porque seria campeão Pan-Americano em
1990 e medalha de Ouro nos Jogos Pan-Americanos do ano seguinte. Uma
palavra definia este atleta: precisão.
Em 1990, o paulistano-coreano Dong Wook Kim trouxe a medalha de Bronze na Copa do Mundo em Madri, na Espanha.
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Fábio Goulart |
No início dos anos
de 1990 aparece o cabeludo Lúcio Aurélio, um dos melhores
pesos-pesados que o Brasil já teve. Ele foi Prata nos Jogos
Pan-Americanos de 1991 e no Mundial de 1995 teve de enfrentar em sua
quarta luta um tal de Je Kyoung Kim (espetacular peso-pesado coreano)
e acabou ficando com a medalha de Bronze. Outro nome que não pode
ser esquecido é o de um jovem brasiliense que em 1991 trouxe para o
Brasil a primeira medalha em campeonatos mundiais. Jorge Gonçalves foi medalha de bronze no Mundial da Grécia. Neste mesmo ano, outro brasiliense, Rodrigo Berrogain, traria o Bronze da Copa do Mundo de Zagreb (antiga Iuguslávia).
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Rodrigo Berrogain |
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Leonildes dos Santos |
Entre as mulheres,
já despontava a santista Leonildes dos Santos. Vice-campeã mundial
em 1995, foi bronze no campeonato Pan-americano de 1994 e Ouro no de
1996, além de bronze na Copa do Mundo do mesmo ano que aconteceu no
Rio de Janeiro.
Na segunda metade
dos anos de 1990 consolida-se a grande safra dos atletas de São
Paulo. Pra se ter uma ideia, na Copa do Mundo de 1996, no masculino,
exceto Lúcio Aurélio, todos eram de São Paulo.
André Yamaguti era outro nome importante do Estado. Ele foi bronze na Copa do Mundo de 1997, no Egito.
Na categoria até 76 Kg, destaque também para o
paulistano Sérgio Alberto, que foi medalha de bronze na Copa do
Mundo do Rio.
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Márcio Eugênio Dutra |
Esta competição no Brasil foi histórica. A luta
final entre Márcio Eugênio e o mexicano Rafael Zuniga, simplesmente
levantou o público no Maracanãzinho. O placar eletrônico chegou a
quase 30. Era ponto lá e ponto cá. Márcio ficou com a prata, e se
tornou ídolo do taekwondo brasileiro.Nessa mesma Copa do Mundo, Marcos Pereira e Agnaldo Vicente ficariam com o Bronze também.
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Sérgio Alberto |
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Destaque também
para Ana Paula França, bronze nesta mesma Copa do Mundo do Rio e
Ouro no Campeonato Pan-americano de 1998. Ela que se caracterizaria
pela garra apresentada em suas lutas.
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Ana Paula França defende-se |
Neste mesmo ano,
a safra de ouro paulista apresentava outros nomes: Carlos Costa, Diogo Silva e os irmãos Márcio e Marcel
Wenceslau. Os três últimos têm uma história mais conhecida. Não
daria aqui para mencionar, neste espaço, tantas conquistas. Vamos
ficar com a Prata dos Jogos Pan-Americanos de 2007
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Carlos Costa |
e o vice-mundial
de 2005 de Márcio e o Bronze de Marcel no Mundial de 2007.
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Márcio Wenceslau |
Já Diogo
Silva acabou com o jejum de 16 anos sem medalha de Ouro para o taekwondo em
Jogos Pan-Americanos. Ele a conquistou no Pan
do Rio em 2007.
Carlos Costa, que
cansou de ganhar Campeonatos Brasileiros, conquistou o Bronze da Copa
do Mundo de 2007 e o Ouro no Campeonato Pan-Americano de 2000.
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Diogo Silva |
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Marcel Wenceslau |
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Karina Couzemenco |
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Em 1997 apareceria
outra fera carioca. Karina Couzemenco. Lutadora fria e calculista com
chutes precisos e de lutas espetaculares
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Walassi Aires |
como a que fez contra a
francesa no Mundial de Hong Kong quando perdia por 6x1 e terminou
empatando em 9x9, vencendo por decisão dos juízes. Em 2000 seria
Bronze na Copa do Mundo realizada em Lion, na França.O
Paraná por essa época apresentaria Walassi Ayres e Carmen Carolina.
Walassi foi medalha de
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Aparecida Santana |
prata nos campeonatos Pan-Americanos de 1998 e 2000 e
Carmen foi Ouro na seletiva Pan-Americana que a levou às Olimpíadas
de 2000, em Sidney.
Neste mesmo
período, meados e final de 1990, não podemos deixar de mencionar
duas guerreiras, não tanto pelas conquistas, mas pelos anos de
dedicação ao taekwondo
São elas Manoela Pontual e Aparecida
Santana. Incansáveis.
Outro grande
atleta que vinha na mesma tacada era Douglas Marcelino.
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Carmen Carolina |
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Manoela Pontual |
O grande
momento deste guerreiro ocorreu no Mundial de 2001, na Coreia, quando
enfrentou o dono da casa e o venceu a dois segundos do final, quando
a luta estava empatada
em 8x8,
tornando-se o primeiro brasileiro a
vencer um coreano em campeonatos mundiais.
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Natália Falavigna |
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Douglas Marcelino |
Porém, os anos
2000 tem dono. Aliás, tem dona. E ela se chama Natália Falavigna.
De forma meteórica saiu da faixa azul no primeiro semestre de 2000
para o título do Mundial Juvenil na irlanda no final do mesmo ano.
Depois, estaria sempre nos pódios em todas as competições internacionais até o título Mundial de 2005 e o Bronze nas Olimpíadas de 2008. Muitas lesões a
tiraram de diversas competições depois das Olimpíadas daquele ano.
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Leonardo Santos |
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Carlos Izidoro |
Na onda de
Natália foram chegando novos atletas. Entre eles estavam o goiano
Leonardo dos Santos(o macarrão) e o gaúcho Carlos Izidoro.
O
primeiro foi bicampeão Pan-Americano (2006 e 2010) e Bronze nos
jogos Pan-Americanos de 2007 no Rio. Izidoro foi Ouro no
Pan-Americano de 2004 e teve boas participações nos Mundiais de
2005 e 2007. Bateu de frente, duas vezes, com pentacampeão mundial,
o norte-americano Steven Lopez.
Na segunda
metade dos anos 2000, por conta do apoio do dinheiro público à
CBTKD, a participação dos brasileiros em eventos internacionais se
tornou mais efetiva, fazendo com que mais medalhas fossem surgindo.
Outra que seguiu
o mesmo caminho foi Kátia Arakaki. Ela foi Ouro no Campeonato
Pan-Americano de 2010 e possui inúmeras medalhas em competições
internacionais.
No final da
segunda metade dos anos 2000 surge um atleta muito alto e muito
magro, pesando 58 quilos e usando a perna da frente para atrapalhar
os planos do grande Márcio Wenceslau. Seu nome Guilherme Dias.
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Guilherme Dias |
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Guilherme Cezário Félix |
No
Mundial de 2013 ele representou o Brasil e trouxe a medalha de
bronze. Um outro Guilherme também apareceu querendo o seu lugar ao sol. Mas este é pesado e é o Cezário Félix, prata no Campeonato pan-americano de 2014.
Outros novos
atletas foram surgindo. Entre eles os paulistas André Bilia e
Henrique Precioso.
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Henrique Precioso |
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André Bilia |
Recentemente, uma grande surpresa com o
aparecimento de Venilton Teixeira, que foi Bronze no Mundial deste
ano na Rússia, chegando à semifinal de forma avassaladora.
A exemplo de Natália Falavigna, o paraibano Edval Marques (conhecido como Netinho) de 16 anos arrebatou a medalha de Ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude, em 2014.
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Edval Marques, medalha de Ouro nas Olimpíadas da Juventude |
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Venilton Teixeira |
Entre as mulheres,
Rafaela Araújo (Ouro do Campeonato Pan-Americano de 2010) e Raphaella
Galacho.
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Raphaella Galacho |
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Rafaela Araújo |
Esta acumula um número impressionante de medalhas desde
2007. A última foi o Bronze nos Jogos Pan-Americanos deste ano em
Toronto.
Outra fera que vem se destacando é Júlia Vasconcelas, com muitas medalhas conquistadas em dois anos de efetivas competições. A mais contundente foi a medalha de prata no Campeonato Pan-Americano de 2014.
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Júlia Vasconcelos |
Porém, nada
igual a atleta Iris Tang Sing. Em quatro anos, a menina de Itaboraí
(RJ) conquistou 18 medalhas. As mais importantes são as de Ouro no
Campeonato Pan-americano de 2014; o Bronze no Mundial de 2015 e outro
bronze nos Jogos de Toronto.
E por que não fazer um prognóstico sobre o que está por vir.
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Iris Tang Sing |
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Maicon Andrade |
Então este humilde blogueiro vai apostar as fichas em uma promessa surgida recentemente pelas mãos dos jovens treinadores Reginaldo e Clayton Santos. Trata-se do peso pesado Maicon Andrade, que despontou ano passado e deve vir com tudo atrás da vaga para as Olimpíadas de 2016.
Fonte: Taekwondo Data