Marcus Rezende
Findada a segunda
série do Grand Prix de Taekwondo que ocorreu em Astana, no
Cazaquistão, entre 29 e 31 de Agosto, o saldo para os oito
brasileiros presentes ao evento (Márcio Wenceslau, Guilherme Dias,
Diogo Silva, Guilherme Félix, Hellorayne Paiva, Henrique Precioso,
Iris Tang Sing e Júlia Vasconcelos) não foi bom, pois somente
Márcio foi à segunda luta. Os demais sucumbiram logo no primeiro
combate.
Como se não
bastasse, pra piorar, a CBTKD faz silêncio sobre o fato de três
destes atletas não terem lutado. Fomos em busca das informações e
verificamos que o mais bem posicionado no ranking mundial, o
brasiliense Guilherme Dias (da categoria até 58 Kg), que enfrentaria
o chinês Huang Cheng Ching, aparece na chave derrotado por
desistência.
Fato estranho que
mereceria da entidade uma notícia a todos os torcedores brasileiros.
Fomos então em busca delas fora do país, pois por aqui a omissão
das informações tornou-se prática comum no mundo da Nova CBTKD. E
o que soubemos extraoficialmente é que Guilherme Dias não teria passado na pesagem e que Diogo Silva (que
enfrentaria o belga Jaouad Achab) não teria lutado por conta de uma
lesão.
Porém, o mais
absurdo foi o que aconteceu com a atleta peso pesado, Hellorayne
Paiva, cujo nome simplesmente não constava na relação dos
convidados a lutar em Astana. Ou seja, a atleta nem deveria ter
viajado. De quem foi o erro? Da CBTKD que teria prestado informações
equivocadas à atleta? Ou da atleta carioca que, mesmo na 63ª do ranking olímpico, não procurou antecipadamente saber se poderia lutar nesta segunda série?
Se forem verdadeiros
os fatos, estaremos diante de algo inteiramente inaceitável, já que
as despesas dos atletas foram custeadas com recursos da Petrobrás e
da Lei Piva. Cabem ao COB e à empresa pública cobrarem informações a
respeito do que realmente ocorreu com estes atletas.
Sobre esta
competição, uma das mais importantes do calendário internacional,
a CBTKD só noticiou a chegada da delegação ao Cazaquistão.
Depois, só silêncio.