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domingo, 27 de maio de 2012

Ignorância: que doença é essa?



Resposta: “Ignorar a própria ignorância é a doença do ignorante”. (Amos Alcott).

Por Jair Queiroz

Há poucos dias um blog de quinta categoria publicou o resultado do que chamou de “profundo estudo” sobre as características das personalidades de alguns nomes expoentes do cenário do taekwondo, especialmente aqueles que denunciam os erros e os abusos cometidos pelo regime autoritário institucionalizado na CBTKD.
Na matéria – diga-se de passagem, não mais redigida pelo seu mentor principal, o famoso “fantasma tampinha”, sendo notórias as recentes correções dos maiores atentados à língua portuguesa, embora ainda continue capenga – o autor chega a conclusão que as pessoas elencadas por ele são portadoras de um distúrbio chamado “inveja”. Isso mesmo inveja!
Bem, não sei quanto aos demais, mas eu me entrego: Sou invejoso mesmo! E pior, minha inveja é caprichosa e segue uma hierarquia de importância. São esses os tipos que mais me causam inveja:
1º) Mágicos de circo: São fabulosos! Fazem aparecer coisas onde juramos que nada existe, e fazem sumir coisas, até dinheiro, de onde menos esperamos que possam fazer. Seguem a lição principal das suas cartilhas que diz: “Mágica é a arte de fazer crer que existe o que não existe e fazer crer que não existe o que existe”. Não há como não invejar pessoas assim!
2º) Os partners dos mágicos: São treinados para dissimular, aprovar contas no escuro, fingir que não vêem os abusos grafados em seus estatutos. Juntam-se em bandos de até 21 componentes e, quando acuados fazem muito barulho para desviar a atenção dos incautos. São mestres da dissimulação, além de corajosos, pois mesmo sabendo que seus truques poderão ser descobertos, permanecem fiéis ao prestidigitador. São incríveis!
3º) Os quiméricos: Aqueles que na primeira, e, certamente, única oportunidade de ocuparem um cargo qualquer, se ufanam e se endeusam, acreditando que serão eternos. Isso lhes ajuda a trabalhar a auto-estima perdida nos revezes da vida. Ah, como crescem com isso!
4º) Os ignorantes: A esses invejo especialmente quando escrevem, pois, ao escreverem, não se submetem ao vernáculo. São livres, ou, como diria Luis Fernando Veríssimo, os “gigolôs das palavras”. Dos seus escritos nada se aproveita; dos seus outros feitos, idem. Alguns se metamorfoseiam para poderem se expressar, pois assumir a própria identidade seria revelar a própria ignorância. Da obscuridade do conhecimento recorrem ao doutor Google, mas suas teses têm a profundidade de uma folha de papel; seus trabalhos em psicologia não os aprovariam nem em concurso para porteiro de latrina da clínica de psicologia. Mesmo assim eles pensam que estão atingindo seus alvos. No fim são até simpáticos e divertem a plebe que os aplaudem.

A lista poderia ser mais extensa, mas como sei que há pessoas que dormem ao ler meus escritos, vou ficando por aqui. Boa noite!

Mestre Jair Queiroz – Londrina-Pr (Morrendo de inveja)