Aqui discutimos o taekwondo nacional em todos os seus aspectos: desportivo, marcial e olímpico. Estaremos publicando artigos sobre ideias até o momento não implantadas em nosso taekwondo, bem como entrevistas com profissionais de diversas áreas do esporte e de outras artes marciais.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Em defesa do futuro
Comenta-se pelos bastidores da CBTKD e de algumas federações que o fato de eu ter entrado com um pedido de ação junto ao Ministério Público Federal para que a justiça impeça que continuem ocorrendo competições com crianças menores de 14 anos nos moldes olímpicos é um ato danoso às crianças que desejam no futuro ser campeãs.
É preciso inicialmente observar que competição com crianças no moldes olímpicos, além de ser nociva o é também para professores e mestres, mesmo que estes não percebam isso. Deve-se analisar se esta criança continuará matriculada até os 14 anos. Muitas vezes ela é exposta desde os oito anos ou menos e quando chega aos 14 anos, já abandonou faz tempo a modalidade.
Dentre tantos fatores que poderia mencionar e abordar deixo a análise da preservação do jovem matriculado na academia, pois a não exposição da criança à violência dos golpes do taekwondo competitivo o mantém treinando e pagando a mensalidade. Isso é de extrema importancia a quem ganha a vida dando aula de taekwondo.
Atualmente a situação chegou a níveis alarmantes. O que antes começava nos 30 kg e ia subindo gradativamente sem nenhuma forma de estudo científico (e mesmo que existisse seria motivo de críticas acerbas), passou a se subdividir em pesos menores, com os adultos se deleitando, achando isso o mais normal possível. Duas crianças de cinco anos, chutando uma a outra, com técnicos, pais, coleguinhas, enfim, todos gritando: vai...chuta...pega ele.. e, em diversas ocasiões, crianças chorando e professores e pais achando isso normal. O resultado, na maioria das vezes, é a saída da criança da academia.
Por outro lado, há os que defendem a continuidade de tais combates visando à preparação da criança à categoria juvenil. Esquece-se que é na categoria juvenil que começa a preparação, para o objetivo maior: a categoria adulto. A criança com menos de 14 anos pode muito bem ser preparada tecnicamente de forma inteligente e segura e somente começar a ser exposta ao combate olímpico na idade onde as categorias de peso são reconhecidas mundialmente.
Em suma, o taekwondo brasileiro vem perdendo adeptos por conta da insensatez de alguns. Quero deixar claro que estou agindo dessa forma pensando no taekwondo e no professor e contra o interesse dos dirigentes de entidades que somente estão pensando nas inscrições desses rebentos.
Mantenho a convicção de que se as regras para a competição infantil fossem adaptadas, com formas diferenciadas de avaliação, mesmo que os insensatos não pusessem seus atletinhas para disputar, haveria outros professores que o fariam com os seus praticantes pequeninos. Daí sim, no respeito a individualidade de cada um deles, no futuro, torna-los atletas.
terça-feira, 30 de junho de 2009
Morre o primeiro taekwondista do Brasil
Em 1969, Orides Stratis Alves, o “Folgado” (como todos o conheciam) começou a treinar com o mestre Jung Do Lim, em Cruz das Almas, na Bahia. Segundo Carlos Eduardo Loddo, o Caroço, estudioso da história do taekwondo e grande campeão dos anos 80, Folgado talvez tenha sido o primeiro praticante de taekwondo do Brasil, conforme depoimento no site TkdLivre.
Inicialmente essa figura simples e simpática era conhecida por servir de modelo às fotografias tiradas pelo grão-mestre Jung Roul Kim. Fotos estas que foram reproduzidas em pôsteres e publicadas em diversas revistas de artes marciais na década de 70. E nas fotos era sempre ele a observar mais de perto os pontapés do mestre Kim.
Somente nos anos 80 é que Folgado apareceu para o Brasil. Tive a oportunidade de conhece-lo em 1987 na academia do mestre Kim. Treinamos juntos. Ele, com um jeito de lutar, elevando a perna da frente, e totalmente fechado, dificultava muito as entradas e, apesar de uma idade bem mais avançada que a minha, bloqueava com o joelho e estendia a perna em Yop Tchagui com precisão. Às vezes mantinha a distância e fazia movimentos de step precisos. Quem treinou com Folgado também foi Carlos Fernandes, atual presidente da FTKDERJ e que foi um grande vencedor de contendas nacionais na segunda metade da década de 80. Ele disse que em 1987, no treinamento da Seleção Brasileira que se preparava para os Jogos Pan-Americanos, fez uma luta com Folgado e chegou a se irritar com certa dificuldade encontrada por conta da noção de distância e steps precisos demonstrados.
No último dia 19 de junho, um atropelamento ceifou a vida desse andarilho do taekwondo.
Que a história desta arte marcial tenha um pequeno espaço para Folgado ser lembrado.
sábado, 20 de junho de 2009
O forte interior paulista diante do anacronismo do taekwondo brasileiro
Queiram ou não, há uma nova realidade surgindo no país e que vem do interior de São Paulo. E esta nova realidade deve começar a dar a tônica de onde virá o real desenvolvimento do taekwondo brasileiro. Quem não acompanhar esta realidade, vai ficar para trás.
Falo do apoio de prefeituras do interior de São Paulo e empresas à formação de equipes de alto rendimento, como, por exemplo, a Brazilian taekwondo Team, da cidade de Piracicaba.
Da mesma forma o São Caetano e São Bernardo do Campo, entre outras cidades paulistas. Os melhores lutadores do Brasil estão nestas equipes.
Daí é certo afirmar que o Campeonato Brasileiro por federações já perdeu o sentido. Logo, logo, estas equipes vão estar pressionando a CBTKD a mudar o atual sistema. Desde o ano 2000 que venho alertando para o anacronismo de se manter competições nacionais por federações. Isso não acrescenta nada para o taekwondo nacional, a não ser massagear o ego de presidentes de federações e técnicos por eles indicados. Além disso: é financeiramente inviável, quando a federação arca com responsabilidades de transporte, alimentação e estadia. As entidades estaduais teimam em querer treinar as equipes estaduais para representa-las, quando isso cabe, na verdade, ao treinador de cada atleta. A missão de uma federação é outra: fomentar o esporte. O brasileiro por federações (em todos os níveis) parece ser o regozijo somente de dirigentes, que utilizam o evento para se mostrarem importantes nos Congressos Técnicos e nos cerimoniais enfadonhos.
À medida que estas equipes do interior de São Paulo se fortalecem, surge a pressão automática para que essas agremiações não fiquem restritas aos campeonatos de São Paulo. Aqueles que investem nessas equipes querem projeção e status nacionais.
Tal pressão eu senti na pele, em 2001, quando era técnico do Vasco da Gama. Os dirigentes não entendiam o por que de o Vasco não poder disputar nacionalmente e riam do sistema competitivo do taekwondo.
Os Jogos do Interior de São Paulo estão se tornando a principal competição nacional. Por mais que os presidentes de federações façam pressão para que Campeonato Brasileiro por Federações seja seletiva para eventos internacionais, tal anacronismo não se sustenta mais e o taekwondo brasileiro ainda vem sobrevivendo competitivamente perante outros países por conta do trabalho isolado dessas equipes. Mas a falta de política nacional, em torno do alto rendimento, está deixando o Brasil pra trás
quinta-feira, 11 de junho de 2009
CBTKD: nova administração e velhos erros
Ao nos depararmos com as fotos da Seleção Brasileira, em Baku, Azerbaijão, para a disputa da I Copa do Mundo por equipes, verificamos que os atletas continuam a fazer propaganda gratuita da Olympikus, utilizando o uniforme do COB.
Eu fico aqui a pensar: será que com R$ 1 milhão não dá para fazer um uniforme próprio para a equipe? É importante ressaltar que atletas e Comissão técnica nada tem a ver com isso. Eles usam o que lhes é imposto pela entidade. Na Assembléia Geral Ordinária, em março de 2008, pude fazer uso da palavra e criticar essa sistuação bizarra. Expliquei aos presentes o que todos já deveriam estar carecas de saber: uniforme do COB, somente se utiliza em Jogos (Olímpicos, Pan-Americanos, Sul-Americanos, Lusofonia), ocasião em que diversas outras modalidades também estão envolvidas. Fora isso, Campeonato Mundial, Copa do Mundo, Campeonato Pan-Americano e outros torneios internacionais, o uniforme tem que ser próprio, com ou sem patrocinador.
terça-feira, 19 de maio de 2009
COPA DE TAEKWONDO MARCIAL: receita aprovada com gosto de quero mais
Incluir desportivamente a maioria dos praticantes de taekwondo foi o objetivo maior da Copa de Taekwondo Marcial, que ocorreu neste domingo, dia 17 de Maio, no Jacarepaguá Tênis Clube. E pela aceitação, já estamos preparando a segunda edição com muito mais estrutura.
O modelo de seis tipos de competições em um só evento foi muito bem aceito por quem participou ou esteve assistindo, sobretudo pelos mestres que fizeram parte da mesa de juízes ou que foram prestigiar. Veja o vídeo produzido pelo faixa-preta Rodrigo Sant'Anna http://www.youtube.com/watch?v=sdCS3grhT1A&feature=channel_page
Em uma mesma área de luta foram dispostas duas mesas. Uma com 5 juízes e outra com 3. De forma sincronizada, logo após uma sombra (kyurigui de semicontato), avaliados pelos três, entrava o poomsae individual ou em trio julgados pelos 5, cujas notas eram imediatamente levadas a um operador que as digitava em um banco de dados. Das cinco notas, a maior e a menor eram descartadas e o resultado apresentado na hora ao participante, na tela do computador.
Havia quem dissesse por parte do publico presente estar surpreendido com a beleza de uma vertente do taekwondo que ele desconhecia, quando os movimentos de sebon e hambon kiurigui foram apresentados.
O ponto alto da competição, no entanto, foram os saltos de Tio Ap e Tio Yop Tchagui (sobre um sarrafo), quando um primeiro Record foi alcançado por um jovem 8º Gub, Luã Victor, da Equipe ATAC. Ele alcançou a altura de 2,70m e pulou por sobre o sarrafo colocado a 1,50m. Esse foi o ponta-pé inicial para a inclusão de novos praticantes de taekwondo em competições diferentes dentro da modalidade e que podem agregar valor inimaginável àqueles professores que terão, a partir de agora, dentro de seu dojan, um estímulo a mais para um treinamento mais eficaz da arte marcial.
terça-feira, 5 de maio de 2009
Presidente da FTKDERJ fala sobre Copa de Taekwondo Marcial
Carlos Fernandes
Venho parabenizar a atitude do mestre Marcus Rezende em dar início ao resgate da arte marcial no Brasil e contribuir para o esclarecimento do verdadeiro Taekwondo.Essa sua iniciativa desperta o gigante adormecido que é o verdadeiro Taekwondo. Durante décadas o que vimos foi 30% do que é realmente o Taekwondo, ou seja, a competição. Enganam-se aqueles que acham que nesses 30% está o verdadeiro Taekwondo. Devido à expansão do esporte no mundo e à necessidade de se divulgar a modalidade como esporte, deram somente ênfase ao TKD competição.Lembro-me de minha paixão pelo Taekwondo. Comecei a treinar pela arte marcial. Em nossa época, dávamos verdadeiras demonstrações em escolas, clubes, praças públicas, condomínios e tantos outros lugares. Chegávamos até ser desafiados por outros lutadores locais de outras artes marciais, e tínhamos que enfrentar esses adversários. A competição, para mim, foi conseqüência de tudo. Eu treinava sim para competição, mas tinha o dever de treinar a arte marcial, se não apanhava de meus colegas de academia. Ou seja, tinha que estar treinando para competição e em paralelo treinando a arte marcial.Taekwondo arte marcial é o Taekwondo disciplinado, guerreiro, completo, comprometido, humilde e amigo. É o grande caminho para ser um verdadeiro Mestre.
Espero que outros mestres prestigiem a Copa de Taekwondo Marcial e se espelhem nesse evento, promovendo espetáculos como este. De nossa parte terão total apoio.Parabéns, Marquinhos e sucesso!
Carlos Fernandes é presidente da Federação de Taekwondo do Estado do Rio de Janeiro, grão-mestre, 7º dan e vencedor de seis competições nacionais (85, 87, 88, 89, 90 e 91).
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Novo golpe pode selar o começo do fim do taekwondo brasileiro
Nessa sexta-feira, dia 24 de abril, representando a Federação do Estado do Rio de Janeiro, participei da Assembléia que elegeu Yeo Jun Kim vice-presidente da CBTKD. O ex-presidente da Federação de São Paulo teve 17 votos contra 11 de seu oponente, Carlos Fernandes.
Quando li no site TKD Livre desta semana que Yeo Jin, mesmo sendo inimigo do irmão, se empenharia em elege-lo, aliado ao que vi, percebi que alguma coisa estava errada e que mais uma vez o site que discute os bastidores do taekwondo brasileiro tinha acertado na mosca.
Quando cheguei à Assembléia, de pronto verifiquei que tudo estava armado para um novo golpe, o qual já se anunciava pela manhã, quando dois presidentes (que até o dia anterior prometera apoiar Carlos) mudaram o voto e passaram as devidas procurações estaduais ao concorrente. Eram os presidentes do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
Mesmo assim, sem esses dois votos, o presidente do Rio tinha a promessa do apoio de federações ligadas a Yong Min Kim, como as de Pernambuco e a do Amazonas e ainda à crença de que Yeo Jin honraria com a PALAVRA quanto aos quatro votos da LIGA. Tais promessas somadas as 11 procurações confiadas a Carlos Fernandes, daria a ele 17 votos. Mas não foi o que aconteceu. Tais votos foram consagrados para o outro lado. A desculpa de Yeo Jin, para não honrar com a palavra empenhada, foi a de que Carlos Fernandes havia, momentos antes da eleição, defendido o voto de Fábio Ronin (pelo Ceará) em vez de aceitar que quem votasse fosse um representante ligado a Yeo Jin. Ora, se o voto de um ou de outro seria para a mesma pessoa, não havia porque se importar com tal discussão, alegou o presidente da federação do Rio.
Homologado como vice-presidente, Yeo Jun pediu a palavra para solicitar que os presentes votassem pela marcação de uma nova Assembléia na qual entre os assuntos da Ordem do Dia estivesse a destituição do Presidente Jung Roul Kim. Daí por diante não tive mais estômago para continuar presenciando tanta sordidez. Fui embora na certeza de que o taekwondo brasileiro está cada vez mais perdido e em mãos de pessoas sem honra e sem o mínimo de escrúpulos. Pessoas estas que engambelam os incautos e compram os venais, em detrimento de quem está na ponta da cadeia produtiva do taekwondo brasileiro: os professores e mestres.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
I COPA DE TAEKWONDO MARCIAL
A realização do evento é da Associação Rezende de Taekwondo, com o apoio da Federação de Taekwondo do Estado do Rio de Janeiro.
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Mago de atletas de taekwondo inaugura Studio de Preparação Física
Ney tem um currículo espetacular. E dentro do taekwondo ele se sobressai com o que alcançou com diversos atletas, dentre os quais Belmiro Giordani, Carmen Carolina, Karina Couzemenco, Aparecida Santana, Marcio e Marcel Wenceslau, Carlos Costa e Douglas Marcelino. Este último, em 2000, lutava até 72 Kg e foi preparado para a categoria de cima, onde começou a brilhar em todas as competições e ainda alcançar o feito inédito de vencer um coreano no Campeonato Mundial de 2001, na própria Coréia.
Ney e as atletas Carmen Carolina (atleta do Brasil, ao fundo), Karina Couzemenco e Aparecida Santana (atletas de apoio) em Sidney, nas Olimpíadas de 2000.
Ney chegou a trabalhar com a Seleção Brasileira em 2002, quando surgiu a Lei Piva. No entanto, o trabalho não chegou ao quarto mês, pois a CBTKD somente honrou o pagamento do primeiro mês.
Ney segue a filosofia de que o atleta preparado por ele não pode pensar que vai vencer o Campeonato Brasileiro ou ser o primeiro do ranking. Isso deve ser uma obrigação. O trabalho que realiza visa sempre o podium internacional.
A volta de Ney Mauricio ao trabalho personalizado de atletas - depois de anos dedicados ao trabalho acadêmico na UNIMONTE (Universidade de Santos) -, é a chance que taekwondistas brasileiros têm, caso queiram alcançar patamares mais altos dentro da carreira desportiva, de seguirem as diretrizes preceituadas por esse mago da preparação física.
Nas Olimpíadas de Sidney 2000: Karina Couzemenco, Ricardo Andrade, Carmen Carolina, Ney Maurício e Aparecida Santana
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terça-feira, 7 de abril de 2009
Curso obrigatório de técnico é improcedente
Estive dando uma olhada no ofício do I Campeonato Brasileiro Interclubes, que será organizado pela Federação Paulista de Taekwondo, e vi uma coisa curiosa e improcedente: um curso para técnicos no dia 1º de maio de 12 às 15h, ao custo de R$ 70,00, para todos os técnicos que queiram atuar no campeonato.
É totalmente improcedente, primeiro porque está como obrigatório. Segundo porque quem responde por questões técnicas em campeonatos brasileiros é a Diretoria Técnica da CBTKD. Portanto, com a palavra o novo diretor técnico da entidade nacional, Fábio Goulart.
Fábio já anda arrumando a casa e com certeza vai retirar tal absurdo da pauta dessa competição. Se o presidente da Fetesp, sr. Yeo Jun Kim, quer organizar curso para técnicos, isso é muito salutar. Ele só não pode achar que tem o direito de obrigar alguém a participar dessa invencionice. Nem se fosse de graça, ele poderia obrigar.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
INDIGNAÇÃO
Amigos, somente ontem, apesar de ter enviado mensagem "via site" para a confederação, para a federação gaúcha e para o site bang... consegui obter informações sobre a realização do Campeonato Brasileiro Infantil, Juvenil e Master - através do orkut. Neste final de semana, fui checar na internet o valor das passagens aéreas para Porto Alegre e, vendo que estava num excelente preço, iniciei o processo de compra. A data divulgada para a realização do referido evento, tinha sido 24 a 26 de julho. Pois bem, de qualquer forma, fui verificar no site para concretizar a compra. Grande surpresa quando visualizei a informação de que estava marcado para 13 e 14 de junho (!!!).Acabei de receber mensagem do filho do Olzemir Machado (Olzemir Junior), confirmando e me enviando o cartaz (que segue em anexo).Ora, que eu me lembre, desde o primeiro campeonato dessas categorias que participei (1994 - Itabira), nunca ocorreu fora do período de férias escolares, até porque seria óbvio, já que a participação de crianças e adolescentes nos remete à importância da presença nas salas de aula. Agravante maior é o fato de que, nesse período (13 e 14 de junho), será o final do semestre no calendário escolar e época de provas. Dessa forma, a participação dos diversos atletas dessas categorias será inócua, pois conquistarão o direito de representar seus estados, mas não poderão viajar para disputar o campeonato por conta das aulas, a não ser que professores, mestres e pais, totalmente sem noção, respaldem tal absurdo. Lamentável...
Forte abraço,
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Rio ganha novo grão-mestre e academia Kim muda de lugar
No clima de uma academia muito bem montada pelo mestre Renato Ribeiro, o grão-mestre Yong Min Kim (assessorado por outro grão-mestre, Teófanes Alves) realizou o exame.
Milclei, que preside a União Brasileira de Artes Marciais (UBAM), apresentou todos os poomsaes de faixa-preta, além de notável competência em movimentos de defesa pessoal, utilizando-se de uma boa diversidade de saídas, mostrando conhecimento de bases importantes dentro das artes marciais como técnicas de chão.
O Taekwondo Opinião parabeniza o mestre Renato Ribeiro pela nova academia e ao grão-mestre Milclei Matos pelo belo exame.
A nova Academia Kim é mais espaçosa e arejada
terça-feira, 24 de março de 2009
Confederação Brasileira de Judô e seus critérios para a formação de Seleções
O modelo de definição da seleção brasileira de judô aplicado pela CBJ poderia servir de parâmetro para a CBTKD criar algo realmente dentro de um padrão que venha a gerar esperanças a todos os praticantes de taekwondo, para que possam sonhar, no decorrer do ano em que estão treinando, com uma das vagas em algum campeonato internacional. O Correto, logicamente, em minha opinião, é que o representante seja aquele que melhor forma física e técnica apresentar em uma seletiva específica para o evento.
CBJ faz um planejamento de quatro anos, já pensando no ciclo Olímpico. Hoje, pelas regras da Federação Internacional de Judô, segundo Ney Wilson Pereira, Coordenador Técnico Internacional da CBJ, a vaga olímpica passa a ser do atleta e não do país.
A Federação Internacional tem um ranking no qual, até 2011, os 22 atletas no masculino e os 16 no feminino (em cada categoria) irão aos Jogos de Londres.
Para estar no seleto grupo olímpico, a CBJ não trabalha com Equipe Olímpica Permanente. Ela adota o seguinte sistema: os campeões do Brasileiro adulto, do Brasileiro Junior, o titular da equipe sub 23, o titular da seleção no Campeonato Pan-Americano Junior, o titular da Seleção Brasileira no Campeonato Mundial Junior e um atleta indicado pela comissão técnica em cada categoria também, vão estar disputando as vagas.
O atleta de judô, por exemplo, para ser titular da seleção Junior sub 23, precisa vencer seletivas abertas nacionais, uma para cada evento internacional.
Para a definição dos atletas que irão ao Mundial Junior, faz-se seletiva entre o campeão brasileiro Junior e o vencedor da seletiva do Pan-Americano Junior. Se for o mesmo atleta, não há seletiva.
Este ano, para se tornarem representantes brasileiros no campeonato Mundial adulto, os judocas vão precisar dos resultados nas competições internacionais abertas e no Grand Slam, que será no Rio. Os melhores de cada peso em tais competições é que estarão no Mundial.
segunda-feira, 9 de março de 2009
Sai o ranking da Federação do Rio
Elaborado pelo coordenador técnico Jadir Fialho, a concepção da idéia é separar a pontuação das etapas dos estaduais da pontuação do Ranking. Segundo o coordenador, o ranking somente servirá como base na formação das chaves das competições estaduais, enquanto a pontuação das etapas vai servir para classificar os representantes do Estado em competições nacionais. A novidade é que, após as três primeiras etapas estaduais, os dois atletas mais bem colocados de cada categoria estarão se enfrentando em uma etapa fechada numa melhor de três lutas, de onde sairá aquele que vai representar o estado no Campeonato Brasileiro, que vai ocorrer em Cuiabá, MT.
Os atletas que lutaram na primeira etapa na AABB Tijuca e venceram, receberam 7 pontos; os que não lutaram (por conta de sua classificação na seletiva nacional no Open Cidade Maravilhosa), receberam 4 pontos de bonificação; os que lutaram, mesmo classificados para o Open, receberam 1 ponto de bonificação.
Jadir fez questão de ressaltar que a pontuação do ranking, apesar de receber a mesma das etapas, somente terá serventia para definição da posição dos atletas nas chaves e para a premiação de final do ano. O coordenador recebeu total apoio do presidente da Federação, Carlos Fernandes e do Diretor Técnico, Rodney Américo.
Confira todos os detalhes no link da Federação de Taekwondo do Estado do Rio de Janeiro:
http://www.ftkdrio.com.br
domingo, 8 de março de 2009
Novas regras do taekwondo mundial só no segundo semestre
O Secretário Geral da WTF, Jin Suk Yang, em nota aos presidentes das federações mundiais, disse que as novas regras de competição só entrarão em vigor a partir do dia 1º de Junho deste ano. No entanto, para o Mundial Universitário, em Belgrado, Sérvia, no dia 7 de julho, as modificações não vão estar valendo, ainda.
Elas serão aplicadas na "2009 WTF World Cup Taekwondo Team Championships" e na "1st WTF World Para-Taekwondo Championships".
Na opinião do secretário é preciso pelo menos cinco meses para que técnicos e atletas se adaptem perfeitamente às novas regras.
Extra TKD: Gabriel Gonzaga é nocauteado no UFC 96
Quando se trata de luta de pesos pesados, tudo é possível acontecer, ainda mais quando estão em cima de um octogon oponentes com mais de 100 quilos.
Na madrugada de 7 para 8 de março o brasileiro Gabriel Gonzaga, o Napão, enfrentou o invicto Shane Carwin, de 120 kg, no UFC 96, em Ohio, EUA. Napão que vinha de duas vitórias consecutivas foi nocauteado a 1 minuto e 9 segundos do primeiro round.
A luta teve um início eletrizante. Logo no primeiro momento, o brasileiro acertou um cruzado de direita, que balançou o americano. Em seguida, outro cruzado que o fez dobrar os joelhos. Gonzaga então, aproveitou-se e partiu para cima, levando-o para as grades e o derrubando. Por cima, deu seqüência a socos e duas cotoveladas certeiras. Shane, no entanto, muito forte, conseguiu levantar-se e a luta ganhou distanciamento novamente. Nesse momento, Napão encaixou outro direto de direita, mas deixou a guarda baixa e recebeu um direto de direita na ponta do queixo que o levou à lona desacordado.
Na principal luta da noite, Rampage Jackson derrotou Keith Jardine por pontos e se credenciou a lutar pelo cinturão dos meios-pesados, no dia 13 de junho, contra o campeão da categoria, Rashad Evans. A disputa seria contra o brasileiro Lyoto Machida se a vitória tivesse sido de Jardine.No dia 18 de abril, uma grande luta pelo cinturão dois médios vai acontecer no UFC 97. Será entre dois brasileiros: o espetacular Anderson Silva e a revelação Thales Leites.
segunda-feira, 2 de março de 2009
Jung Roul Kim vence uma eleição marcada pela traição
Mas tudo começou a mudar quando o ex-presidente Yong Min Kim retirou sua candidatura da disputa em favor de Yeo Jun Kim, dando a ele a maioria.
Nesse momento, passou-se a negociar com o atual presidente Jung Roul Kim, para que ele abrisse mão da candidatura em favor de Carlos Fernandes. O atual presidente não considerou os pedidos feitos e manteve-se na disputa. Não restou outra saída a Carlos Fernandes - que foi convencido por companheiros de chapa e presidentes de federações – a abrir mão da candidatura, para que a CBTKD não fosse parar nas mãos de Yeo Jun Kim. O placar foi de 13 x 12 e dois votos nulos.
Curiosidade: votaram com Yeo Jun os cariocas Reinaldo Luiz Evangelista -Pelé (procuração do Acre), Evandro César (procuração do Amazonas) e Pasquale Santone (procuração do Maranhão).
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Estamos com cara de palhaço
Quando o senhor Yong Min Kim, no apagar das luzes, aparece como candidato à presidência da CBTKD, escondendo a candidatura, mas armando por trás, para não chamar a atenção, realmente entendemos por que nossa elite taekwondista é tão exígua.
Depois de 22 anos no cargo, sem ao menos fazer com que o número de praticantes aumentasse no país, sem fazer com que as federações brasileiras fossem verdadeiros centros de fomento da modalidade, sem fazer com que tenhamos pelo menos um único brasileiro nato como árbitro internacional; ou seja, sem fazer nada de novo no taekwondo brasileiro, eis que quer mais 4 anos para fazer a mesma coisa; ou seja: nada. E aí, procura se escorar nos atletas: nos campeonatos da Natália, do Diogo, do Márcio e Marcel e Cia. (lutadores que são vencedores por méritos próprios).
O pior de tudo é que a volta, de quem deveria largar o posto para cuidar do seu legado marcial e de seus alunos, acaba recebendo apoio de gente que se diz na vanguarda esportiva. Fico decepcionado quando vejo certas pessoas fazendo parte de uma chapa que não representa mudança nenhuma.
Respeito o grão-mestre Yong Min Kim. Gosto dele como pessoa. Mas já lhe disse mais de uma vez que não confundo o mestre com o presidente. Minhas críticas acerbas são contra o presidente Kim: um dirigente que mantém o taekwondo brasileiro em um atraso marcial retumbante e monumental. Triste daqueles que acham que o taekwondo brasileiro se desenvolveu.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
EXTRA TKD: Brasileiros detonam no UFC 95 e Demian Maia vence mais uma
Marcus Rezende
Outra vitória brasileira inesperada foi a de Paulo Thiago. Paulo estreou no octogon contra um dos três melhores lutadores de MMA, dos pesos médios, Josh Koscheck.
No início da luta, muito confiante, Kosheck dominava o combate com um bom controle de distância, aplicando cruzados e chutes. No entanto, na primeira troca franca, o brasileiro conseguiu acertar um appercut certeiro no queixo do americano (o desacordando em pé), seguido de um cruzado que o jogou ao solo. Diferentemente do que normalmente fazem os lutadores de MMA em oportunidades como esta, Paulo não se projetou para cima do adversário para encerrar o combate com seqüência de socos em um oponente já batido. Fez apenas a menção de que poderia fazê-lo. O árbitro, então, de imediato, intercedeu, exatamente no momento em que Kosheck parecia retomar a consciência. A atitude do árbitro deixou o americano revoltado e esbravejando. Uma curiosidade: Kosheck, que era o grande favorito, dissera antes da luta que nunca ouvira falar no brasileiro e nem procurou saber como lutava.
Outro brazuca a vencer foi Júnior dos Santos. Ele encarou o holandês Stefan Struve e o bateu com um nocaute técnico.
A derrota brasileira foi de Wilson Gouveia, que não conseguiu passar pela pedreira americana Nate Marquardt (que provavelmente encare de novo o campeão da categoria, o brasileiro Anderson Silva). Wilson até que conseguiu acertar alguns diretos de direita, mas não suportou o volume de luta de Marquardt.
Na luta principal da noite, entre os pesos leves Diego Sanches e Joe Stevenson, a vitória por pontos foi dada a Sanches.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Após o Carnaval o taekwondo terá novo presidente
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Fábio Goulart será vice na chapa de Carlos Fernandes
que se unem para mudar o taekwondo do Brasil
Publicado com exclusividade pelo site TKDLivre, o candidato a presidência da CBTKD, Carlos Fernandes, fechou a dobradinha com o medalhista de Ouro dos Jogos Pan-Americanos de 1991, em Cuba, Fábio Goulart. A eleição acontece em março.
Segundo o site, o encontro entre os dois campeões da década de 80 ocorreu nesta terça-feira, dia 10 de fevereiro em São Paulo.
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Programa Brasil Olímpico desnuda o esporte brasileiro
O programa Brasil Olímpico – Uma candidatura passada a limpo, apresentado pelo jornalista João Palomino, no ESPN, deve abalar as estruturas das entidades de administração que cuidam do esporte amador brasileiro. Com depoimentos de diversos expoentes do esporte nacional como Magic Paula e Djan Madruga, o esporte brasileiro foi passado a limpo e colocado em xeque.
O Secretário do TCU, Osvaldo Perrout, está finalizando um relatório de 116 páginas sobre os mais de R$ 4 bilhões gastos na realização dos Jogos Pan-Americanos. Perrout disse que o Ministério dos Esportes só tinha uma pessoa para fiscalizar todo os contratos firmados para as obras do Pan e que o relatório aponta para graves indícios de superfaturamento.
A partir deste relatório, é provável que uma CPI mista seja aberta no Congresso Nacional. E quem está à frente disso é o deputado Federal Miro Teixeira.
Um dos momentos mais interessantes do programa foi quando o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, pediu para se retirar no meio de uma audiência pública do Senado, quando era sabatinado por ex-atletas, dirigentes e um de seus maiores opositores, o advogado Alberto Murray Neto, membro do COB. Nuzman alegou diversos compromissos agendados para aquele dia.
A atitude do Presidente do COB, retirando-se de uma Audiência Pública, com diversos Senadores presentes, causou mal estar e constrangimento.
O Senador Álvaro Dias fez o seu diagnóstico. Para ele, a gestão do esporte no Brasil está muito atrasada, amadora, incompetente e desonesta. Outros senadores, como Cristóvão Buarque, Marisa Serrano e Flávio Arns, também estão na expectativa do que dirá o relatório final do TCU.
O programa mostrou como está a vida de atletas como Ketley Quadros, judoca medalhista de bronze em Pequim e do boxeador Paulinho Carvalho, 5º colocado nas Olimpíadas, que até bem pouco tempo ainda trabalhava como faxineiro para sustentar a mulher e o filho pequeno.
O ex-nadador Djan Madruga, Secretário Nacional de Esportes fez uma reflexão sintomática. Ele disse que o Brasil investe no esporte U$ 140 milhões por ano, enquanto a Austrália U$ 400 milhões; o Japão 510 milhões; a Inglaterra 660 milhões e a China, mais de um bilhão de dólares.
Um outro assunto abordado pelo programa foi quanto ao estado de conservação das instalações construídas para o Pan. Mostrou que a Arena Multiuso foi alugada para uma empresa, que, em vez de esportes, realiza espetáculos de toda a natureza.
O Estádio do Engenhão, alugado ao Clube do Botafogo, também está com suas pistas de atletismo abandonadas. O Parque Aquático Maria Lenk mantém-se sem nenhuma atividade, da mesma forma as outras instalações que deveriam estar servindo como fomentadoras de modalidades olímpicas.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Clinica de Arbitragem abre calendário da FTKDERJ
Os que participaram já se credenciam para a primeira etapa do Campeonato Estadual, que será nos dias 14 e 15 de fevereiro, na AABB Tijuca. O ofício da competição já está disponível no site http://www.ftkdrio.com.br/ . As inscrições para a I Etapa se encerram no dia 10 de fevereiro.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Vamos ver se agora a CBTKD finalmente cria o ranking nacional
A decisão da WTF de criar um ranking mundial individual, visando dar maior visibilidade de mídia ao esporte, vem paa o taekwondo com um monumental atraso. Mas ainda bem que chegou.
Por aqui, o ranking já teve o seu momento. Foi criado na CBTKD no final de 2001 para 2002, mas inexplicavelmente largado de lado pelos que por lá passaram depois.
Isso ocorreu em 2001, quando o presidente, Grão Mestre Yong Min Kim, me convidou para assessorá-lo. Com o apoio do mestre Ricardo Andrade criei um ranking nacional. Não foi tarefa difícil. Utilizamos como parâmetro as competições ocorridas nos anos de 2000 e 2001 e entramos 2002 com um ranking nacional prontinho, o qual serviu para a balizar todas as etapas abertas e fechadas e a formação da primeira EOP, a qual tive a honra de ser o primeiro Coordenador Nacional.
Nessa ocasião, lembro-me que tinhamos um ranking de oito categorias, o qual se fundia em quatro, quando os eventos eram nas categorias Olímpicas, a exemplo das etapas do Circuito Brasil Olímpico, organizado pelo COB.
O mais interessante (o que na verdade não tem nada de interessante, pois isso é feito em qualquer lugar do mundo, é só olhar os outros esportes individuais), é que os ranqueados não se enfrentavam logo de cara. Nas competições abertas, por exemplo, cada qual se posicionava na chave de luta, de acordo com o seu lugar no ranking. Os que não eram ranqueados, estes sim, tinham suas posições sorteadas. Tudo muito simples e totalmente coerente.
Muita gente confunde o ranking com o direito adquirido à vaga em competições internacionais. O ranking simplesmente define a posição dos atletas nas chaves em qualquer competição nacional que ele esteja presente, sejam abertas, fechadas ou por federações.
No caso da EOP, por exemplo, a seletiva que vai definir quem fará parte desse grupo pode trazer surpresas e deixar de fora alguns ranqueados. Não há nenhuma ligação entre uma coisa e outra; um ranqueado pode perder a seletiva de formação da EOP. Ele continua ranqueado, no entanto perdeu a vaga na EOP. Qual o problema?
Torço para que a Comissão Técnica da CBTKD, dirigida atualmente pelo mestre Mauro Hideki, não inicie mais um ano sem o ranking nacional.
domingo, 1 de fevereiro de 2009
EXTRA TKD: Lyoto Machida nocauteia Thiago Silva no UFC 94
Marcus Rezende
Na madrugada de 31 de janeiro para 1º de fevereiro dois lutadores brasileiros, Lyoto Machida e Thiago Silva, invictos (cada um com 13 lutas e 13 vitórias), se enfrentaram para decidir quem iria garantir a vaga para disputar o cinturão do Ultimate Fighting Championships na categoria peso meio-pesado com o detentor do título, o norte americano Rashad Evans.
E quem levou a melhor foi o carateca amazonense Lyoto Machida. No MGM Grand Arena, em Las Vegas, no UFC 94, Lyoto não deu a mínima chance para o paulista Thiago Silva que tentava encontra-lo no octagon, mas não conseguia. Com steps perfeitos e socos precisos, Lyoto foi deixando o oponente desnorteando, repetindo o mesmo desempenho de sua ultima luta contra o norte-americano Tito Ortiz, no UFC 84.
No último segundo do 1º round, após jogar Thiago ao solo, Lyoto desferiu um direto no queixo do paulista que o fez perder os sentidos, ao mesmo tempo em que o sinal de final de round soava. Ainda, em reflexo condicionado, Lyoto acertou mais um soco, mas o oponente já estava desfalecido. Também, no mesmo evento, na disputa pelo Cinturão dos meio-médios, o canadense Georges ST-Pierre manteve o título da categoria ao derrotar o norte-americano BJ Penn. O canadense massacrou o americano que não conseguiu voltar para o quinto e último round.
domingo, 25 de janeiro de 2009
Exame de faixa deveria ser uma “Corrente do Bem”
A cobrança da taxa de exame de faixa tem um propósito, o qual se justifica. No entanto, no Brasil esse propósito nunca foi posto em prática e sempre serviu a poucos e foi uma instituição esdrúxula e sem sentido prático. Vejamos o que diz o professor ou mestre quando convoca o aluno para fazer exame e é questionado por ele ou pelos pais sobre o motivo da cobrança de tal taxa. As respostas são tão vagas que não sustentam qualquer tipo de indagação um pouco mais inteligível. Os professores ou mestres, simplesmente, dizem que é um taxa obrigatória, deixando no ar o objetivo real dessa cobrança: que é simplesmente um honorário ao mestre que aplica o exame. Todavia, se o pai do aluno perguntar: “por que temos que pagar esse honorário?” Aí, a coisa se complica para o professor e mestre que vai ter de sofismar e dizer que sempre foi assim...”.Logicamente que, na maioria absoluta dos casos, por medo e um respeito imposto, alunos e pais não falam nada. Eles pagam a taxa e pronto.
Agora vejamos se essa instituição chamada EXAME DE FAIXA seguisse o propósito para o qual realmente foi criado. E qual é esse propósito? O propósito de servir como uma espécie de pecúlio previdenciário ao mestre, o qual ao se tornar idoso, não terá a mesma saúde para ensinar. Mas como assim?
Os coreanos que chegaram ao Brasil na década de 70, em plena saúde física, e que hoje beiram a casa dos 70 anos, deveriam ter seguido um modelo que contemplasse a todos os professores desde o início da década de 70. Antes que os instrutores brasileiros surgissem, todos eram alunos e pagavam as taxas de exame de forma integral ao seu mestre. Quando surgiram os primeiros professores, as taxas de exame dos alunos desses professores continuaram a ser repassadas para o mestre coreano em sua integridade, sem que recebessem um tostão sequer. E assim foi por cerca de 15 anos, até o momento em que, de forma não linear, os mestres coreanos começaram a dispensar percentuais aos professores. Nesse momento, para que não houvesse uma perda de receita, os exames foram aumentados drasticamente. No entanto o que poderia ser uma conquista não seguia uma coerência, pois todos os faixas-pretas formados por brasileiros passavam (do momento em que se graduavam 1º dan) a ser alunos diretos do mestre coreano. O professor brasileiro só detinha o poder sobre o aluno até o 1º Gub. E aí, os percentuais das taxas de exames desses novos faixas-pretas (que passavam também a ser professores) iam diretamente para o mestre coreano, os quais nunca se preocuparam em manter a corrente: a “Corrente do Bem”.
É justamente esta corrente (QUANDO APLICADA) que deixa qualquer professor ou mestre sem medo de ter de justificar para alunos e pais o porquê da cobrança das taxas, pois tal cobrança tem uma finalidade nobre, na qual todos participam, mesmo aquele que está pagando o seu primeiro exame, pois ele também (quando chegar à faixa-preta) fará parte dessa corrente, quando começar a ensinar. Portanto, por essa ótica, o que menos importa é o valor que se cobra pelo exame, pois a taxa honorária paga, é repassada a mãos diversas, seguindo uma “CORRENTE DO BEM” na qual em sua extremidade está o grão-mestre (já idoso) recebendo um pequeno percentual de uma base imensa de mestres e professores, ou seja, um pouquinho de muitos.
Aos mestres brasileiros, que desenvolvem um trabalho independente com seus alunos, fica a mensagem de não cometerem o mesmo erro, pois a idade chega para TODOS.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Mestre Renato Ribeiro fala sobre sua participação no Mundial de Poomsae
TKD Opinião - Verificamos que dessa vez a Coréia não conseguiu levar todas as medalhas de ouro. Como você avalia o nível de evolução de países como Iran, Espanha e Turquia?
Renato Ribeiro - Verdade. A Coréia não levou todos os ouros, mas também não levou toda a equipe. Os países que estão no topo acreditam bastante no taekwondo em um aspecto geral (kiorugui, poomsae e moodô) e treinam com seriedade e responsabilidade com sua pátria, a qual está representando é bem claro o entusiasmo das equipes durante os treinos. Da para ver a preocupação com os detalhes; um corrigindo o outro, enquanto o técnico, no congresso, briga pelos seus direitos; questionam o tempo todo e não saem do congresso sem dúvidas. Este é o ponto forte do crescimento dos países que se destacam, independentemente do técnico ser coreano ou não... da Coréia estar com a equipe completa ou não. Nosso Brasil não está muito longe de estar no topo. Isso se depender dos atletas. Infelizmente os dirigentes não estão a fim de investir nesta nova categoria de competição, não sei por quê!!!
TO - Em sua avaliação o que falta ao poomsae brasileiro, para que os atletas brasileiros possam competir em igualdade de condições?
RR - A principio temos que nos policiar em relação à unificação. Temos que tentar colocar na cabeça dos professores que é preciso mudar e acompanhar o mundo do taekwondo e tentar unificar nossa metodologia de ensino em relação à aplicação das técnicas. Nada adianta se eu disser que: a maneira do meu mestre é a melhor e é desta maneira que eu vou seguir e, definitivamente, não vou mudar, e sim seguirei meu mestre fielmente. Em seguida devemos ser mais humildes e aceitar a opinião dos amigos mais atualizados, independentemente da graduação. Aí seremos competidores de grande nível técnico de poomsae, kiorugui ou moodo, lembrando que material humano nos temos; precisamos é de apoio financeiro ou de um dirigente com projeto de excelente elaboração e confiança para apresentar às grandes ou até mesmo às médias e pequenas empresas.
TO - Fazendo uma auto-análise técnica de sua participação, você acha que foi justa a sua colocação e que realmente há uma diferença técnica muito grande entre os brasileiros como você e o Fabiano Morciani, para coreanos, espanhóis e outros atletas?
TO -E quanto ao aspecto político. Até que ponto você acha que o fato de o Brasil não ter força política internacional prejudicou o resultado de vocês e ainda poderá prejudicar outros bons atletas brasileiros?
TO - Conte alguma coisa que você viu e que, em seu modo de ver, influiu positivamente a algum país por ter influência política?
TO - Qual foi o apoio financeiro que você, o Morciani e o Rodrigo receberam da CBTKD? Vocês tiveram os custos de viagem, estadia e alimentação pagos pela entidade?
TO - Quais as coisas mais interessantes que você vivenciou e importante a ressaltar sobre esta competição?
TO - Faça as considerações finais sobre algo que eu não tenha lhe perguntado.
RR - Meu amigo e mestre Marcus, eu não tenho muito o que dizer. E você é muito mais conhecedor do que eu. Acho que não faltou nada e me desculpa se não fui claro às respostas. Eu agradeço a Deus por estar me dando oportunidade de participar destas jornadas e poder trazer o mínimo e fazer o Máximo, para que os profissionais do taekwondo se atualizem, mas não desrespeitando seus respectivos grão-mestres ou mestres, mas sim interagindo com outros que sejam mais graduados ou não, coreanos ou não. Não importa a nacionalidade, o que importa é que o taekwondo é único. Desejo a todos os taekwondistas um belo e vitorioso 2009. Grande abraço para todos.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Mestre Ricardo Andrade cria biblioteca dentro de seu Centro de Artes Marciais
Sempre na vanguarda de ações transformadoras e inéditas, o mestre Ricardo Andrade criou uma biblioteca nas dependências do centro de artes marciais do qual é proprietário, em Niterói. O acervo estará à disposição dos alunos para consulta ou empréstimo domiciliar.
“Há muito venho pensando nisso e nunca havia destinado um tempo para formalizar essa idéia, que, com certeza, vai ao encontro a tudo aquilo que penso sobre o real propósito da prática de artes marciais, a educação”, ressaltou o mestre.