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sábado, 7 de julho de 2012

México troca dois atletas para as Olimpíadas


Marcus Rezende  

Fotos: Fed.Mexicana/eluniversal.com/meiotiempo.com


 Para representar o México nas Olimpíadas de Londres, prevaleceu o critério do atleta mais bem preparado e em melhores condições técnicas no ano do evento. Dessa forma, Damian Villa (até 58 Kg) e Idulio Islas (até 68 kg), que conquistaram a vaga na seletiva panamericana, acabaram perdendo a condição de titulares do posto para Diego Garcia e Erick Osornio, respectivamente.
Segundo a imprensa mexicana, a troca dos atletas deveu-se a uma punição que ambos receberam por mau comportamento. Porem, o presidente da Federação Mexicana, Juan Manuel Lopez, em entrevista ao site Terra, afirmou que isso não existiu. Os dois foram substituídos por questões técnicas.
Bem, a única conclusão que se pode chegar é que no taekwondo do México não há privilégios. A vaga é de quem estiver melhor no momento. Bem diferente do que vem ocorrendo no Brasil há 10 anos, com seleções formadas em ano anterior para disputar todo o calendário do ano seguinte com a segurança de que não perderão a vaga.
Diego Garcia (esquerda) tem 22 anos e venceu este ano o Mundial Estudantil e a Federação Mexicana então resolveu apostar as fichas neste “azarão”. Dos quatro atletas, em minha opinião, só vejo chances de medalha em apenas um deles: Maria Espinoza. Os outros três vão encontrar pela frente adversário muito mais fortes.
Na categoria até 68Kg, a mesma do brasileiro Diogo Silva, quem estará representando o país também não será o vencedor da Seletiva panamericana, Idúlio Islas, mas sim Erick Osórnio (direita) que tentou a classificação na Seletiva Mundial ano passado e não obteve êxito. Ele perdeu para o iraniano Mohammed Bagheri por 4x 1 e disputou a última vaga com o brasileiro Diogo Silva. Diogo o venceu por 5 x 3 e se Erick cair na chave do brasileiro, creio que Diogo o vença de novo.
A mais leve da equipe é Janethe Alegria de 21 anos que vai lutar na categoria até 49 Kg. Iniciou na carreira competitiva em 2007. Foi medalha de ouro no aberto da Alemanha em 2009. No Mundial de 2011, na Coreia, não se saiu bem e o insucesso se repetiu na Seletiva Mundial para as Olimpíadas no mesmo ano. A vaga só ocorreu na classificatória panamericana. Esta atleta gosta de usar a perna da frente (esquerda). Possui boa movimentação, mas carece de domínio de algumas competências técnicas necessárias para se passar por atletas do calibre da chinesa Jingyu Wu, a espanhola Brigitte Yague e a chinesa taipei Chun Shun Yang.
As chances de medalha estão depositadas em Maria Espinoza, acima de 67 Kg. A sagitariana, de 24 anos, nascida em 29 de Novembro de 1988, começou a competir pelo país em 2003, quando venceu o Panamericano juvenil, no Rio de janeiro. Ela foi medalha de Ouro no Mundial de 2007 e nos Jogos Panamericanos do Rio, no mesmo ano, fazendo uma inesquecível final contra a brasileira Natalia Falavigna, vencendo-a na prorrogação, no Golden Point. Nas Olimpíadas de Pequim conquistou o auge da carreira com a Medalha de Ouro. Possui no currículo ainda oito títulos em campeonatos internacionais abertos. É favorita ao pódio e poderá cruzar o caminho de Natalia.
Espinoza não possui preferência quanto a base de posicionamento na hora do combate. Porém, utiliza muito mais a perna da frente em bandais (com uso de semipulos) e escoras.