Marcus Rezende
Faz tempo que eu não
falo sobre o assunto Exames de Faixas no Brasil, que se configura no
grande negócio de espertalhões que exploram o trabalho alheio
alegando estarem dentro da legalidade e respeitando um regulamento
criado por eles mesmos.
É como se o REI
dissesse assim: “Meus ELEITORES eu criei um regulamento dando todos
os poderes sobre os exames de faixa a vocês. As taxas têm que ser
pagas a vocês. Será que vocês aprovarão este regulamento?” São
27 ELEITORES.
Diga aí ELEITOR se você é contra.
Eu fico
impressionado como não sentem vergonha, estes que se dizem mestres
de taekwondo e mesmo grão-mestres, quando retiram de outros mestres,
que vivem do trabalho de ensinar (mas que não são dirigentes),
percentuais de uma taxa de exame estabelecida pela própria federação
que ele dirige.
Os valores são
publicados nos sites das entidades e o dirigente realiza as
ilegalidades ou imoralidades (como queiram) sem nenhum sentimento de
culpa. A Federação cria a sua casta de mestres examinadores, os
quais são intitulados arautos do conhecimento maior das técnicas do
taekwondo, em detrimento de outros mestres brasileiros que não podem
examinar seus faixas pretas.
Eu fico observando
esta COISA NOJENTA e me dá uma enorme tristeza, pois o discurso
deles é elaborado tão porcamente que somente os tolos se submetem.
A desculpa é sempre a mesma: a federação é responsável pelo bom
nome do taekwondo e existem muitos mestres incompetentes ensinando e
examinando e a federação não pode deixar isso acontecer.
Aí, os que não se
submetem às regras são marginalizados, porém não deixam de
ensinar; apenas param de incentivar que o aluno queira ser
competidor. Quem é que perde? O taekwondo competitivo brasileiro.
Então, diante do
exposto, eu sugiro: por que não mudam a fórmula? Façam o seguinte:
criem suas bancas examinadoras, mas não cobrem nenhuma taxa de
exame; cobrem somente a taxa de registro na federação e deixe que a
taxa de exame seja de responsabilidade do mestre direto daquele aluno
examinado. Se ele quiser cobrar R$ 10 pelo exame de Preta, o
problema é dele, da mesma forma que se quiser cobrar R$ 10 mil. Daí
eu quero ver se os arautos vão fazer questão de formar uma banca
examinadora pelo bom nome do taekwondo.
Os que estão no
poder, hoje, e que não querem mexer no jogo, se arrepiam quando
alguém vem com esse tipo de assunto.
Os dirigentes, na certeza de
que vão permanecer no poder, teimam em atrelar os exames de faixas às
competências administrativas da entidade estadual. Porém não
conseguem deixar a coisa redondinha, pois ela é quadradinha e não
se encaixa à legalidade.
E nessa toada ficamos nesse
joguinho de entidades fracas e chantagistas, todavia com um taekwondo marcial seguindo com vida própria, pois os alunos não largam o
mestre porque ele deixou de participar das atividades da federação.
Tolo mesmo é quem
acredita nisso.